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Som na Vitrola #131 – “Wilderness Road”, a intimidade e emoção de Gino Vannelli em seu novo álbum

Quem está à procura de uma continuação jazzística de Kissing A Fool, de George Michael, já pode dar o play no novo álbum de Gino Vannelli.

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Para quem recorda-se de Gino Vannelli como um italiano de gigantesco cabelo cacheado, cantando baladas românticas que fazia até Elis Regina bater palma, se espantará com o visual atual. Deixando de lado o cabelo, as roupas justas e as botas, Gino Vannelli, hoje com 66 anos, envelheceu, aquietou-se e ficou mais calmo, se comparado com os álbuns Powerful People  (1974) e Nightwalker(1981).

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Desde seus sucessos da década de 1970, como I Just Wanna Stop, Vannelli preencheu seus álbuns com diversos estilos musicais, usando suas magníficas cordas vocais, que passavam pelo pop jazz, e uma fase de trilhas sintetizadas como Black Cars Wild Horses.

Após 46 anos do seu primeiro álbum, o músico lança Wilderness Road. Com um jazz contemporâneo, o italiano mostra que ainda consegue se destacar em canções escritas em violões acústicos e arranjos apoiados em pianos e baterias marcantes.

Com Gimme Back My Life baseia-se na história de um amante de saudosismo precoce, lamentando a partida e pedindo uma nova chance. “Eu arrumei minhas malas com tanta pressa, eu esqueci de embalar a minha felicidade”.

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Wayward Loverrecebe uma nova releitura. A música apareceu em 2003 no álbum Canto, em uma versão mais pop. Desta vez, a performance de Vannelli tem uma intimidade, sem perder o poder vocal.

O álbum também é marcado por The Woman Upstairs, uma trágica história de abuso doméstico do vizinho, baseada nas memórias de infância, enquanto A Long Dry Season tem um estilo parecido ao da clássica Summertime,  gravada por Janis Joplin.

Houve longas pausas na carreira de Gino Vannelli, tanto de estúdio quando de palco, mas Wilderness Road é ao mesmo tempo inesperado, familiar, evolucionário, porém caseiro. Com Vannelli tocando a maioria dos instrumentos, segue sendo um trabalho poderoso, intimista, sentimental, provando que os seus talentos estão intactos.

 

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