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Som na Vitrola - Victor Persico

Som na Vitrola #20 – Três Discos com Boy George

Estamos em 2017, e falar sobre o Twitter faz com que algumas pessoas torçam o nariz. Ainda acho uma ferramenta sensacional, SE SOUBER USAR. Milhares de famosos ainda o utilizam, o que facilita a interação com eles: David Coverdale, Sean Ono Lennon, Yoko Ono, Roger do Ultraje, Léo Jaime, Lobão, David Crosby, respondendo aos fãs e colocando seus pensamentos, e Boy George!!!

No dia 26, percebi que o vocalista e imagem icônica do Culture Club estava respondendo perguntas de fãs, e eu com o “Tietando Mode On!” enviei a pergunta “Poderia me indicar três álbuns ?”. Perguntei em um inglês pé de chinelo de arrancar os cabelos e enferrujado no maior estilo Google Tradutor, 0% de preocupação em arrumar a pergunta, e sem a esperança que fosse receber a atenção de Boy George. Em menos de dois minutos me vem uma resposta:

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Para quem me conhece, imagina a cena: Eu na frente do computador, fazendo festa, cantarolando Karma Chameleon e achando graça que um cara do gabarito de Boy George fosse responder.

Hoje, o Som na Vitrola vai falar destes três álbuns, que de conhecido há apenas dois nessa biblioteca musical dentro da minha cabeça.

  • David Bowie – Hunky Dory

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Hunky Dory, um clássico e quarto álbum da carreira de Bowie, foi lançado no dia 17 de dezembro de 1971.

O álbum abre com: Changes, que foca na natureza da reinveção artística, Oh! You Pretty Things!, uma faixa popzona com letras inspiradas em Nietzsche, predizendo a substituição do homem moderno para o “Homo Superior” e Life on Mars (minha favorita), música que a BBC Radio definiu como “mistura de musical da Broadway com uma pintura de Salvador Dali”, com Rick Wakeman no piano e uma das melodias mais sensacionais na guitarra de Mick Ronson.

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O clip de Life on Mars foi gravado por Mick Rock, mostrando um David Bowie extremamente maquiado, batom, um terno azul escarlate e um fundo branco. Um dos vídeos mais icônicos da carreira e da década de 1970.

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O disco seria um experimento sobre o que viria no próximo ano, já que a transformação de Bowie para Ziggy Stardust estava entrando em “trabalho de parto”.

  • T. Rex – Electric Warrior

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O sexto álbum do T. Rex, lançado em 24 de setembro de 1971, é considerado até hoje um dos marcos mais importantes do movimento glam rock. A capa, feita pelo grupo de design britânico Hipgnosis, resume o poderoso som que este álbum tem: Um Marc Bolan empunhando a guitarra como se fosse uma arma, e um arsenal amplificado ao fundo.

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Com as duas músicas famosas, Get It On (Bang a Gong) Jeepster, o álbum entrega exatamente o que Marc Bolan, falecido cinco anos após o lançamento do álbum, queria:

“Eu só quero me comunicar com a garotada. É isso que importa, meu contato com a plateia.”

https://www.youtube.com/watch?v=s3bRl5fx8Eo

  • Joni Mitchell – Court and Spark

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Court and Spark, lançado no primeiro dia de 1974, acabou sendo um presente para mim. Sempre tive um pouco de receio de ouvir Joni Mitchell. Minhas experiências com a mulher nunca foram das melhores, até esse momento.

Para uma canadense radicada na Califórnia, Mitchell era a típica cantora-compositora  do início dos anos 1970, uma favorita das almas perdidas, de violão em punho e coração partido. Até o lançamento do single Raised On Robbery – um boogie levado pelas mãos da guitarra de Robbie Robertson. O álbum acaba sendo o menos preferido, relacionado com o clássico Blue de 1971.

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Free Man in Paris, terceira faixa, é uma homenagem disfarçada ao dono da gravadora, David Geffen, “stoking the starmaker machinery behind the popular song” (“alimentando as máquinas que fazem estrelas por trás da canção popular).

A faixa título virou a minha favorita, pois esperava realmente aquele folkzinho, mas entrou um piano com a voz de Joni fazendo amor com meus ouvidos e de repente um chimbal e uma linha de baixo fenomenal. Acabo até considerando esse álbum um soft rock, e não um folk tradiça. Mas, cada um com seus ouvidos e opiniões, estou aqui para mostrar essas pérolas.

Curiosidade do álbum: a faixa Twisted, a mais bem humorada do disco, traz a participação de Cheech and Chong.

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1 Comment

1 Comment

  1. Mauro

    4 de abril de 2017 at 10:14

    Interessante.

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