Som na Vitrola #22 – 3 discos com Kid Vinil

Foto: Izzy Massei / Divulgação

Desta vez não foi o Twitter que me ajudou nesta empreitada, e sim o Facebook.

Um breve resumo – o que é pouco – sobre Kid Vinil Quando é que tu vai gravar CD ?

Antônio Senefonte pode ser um nome pouco conhecido aos ouvidos de quem viveu a década de 1980, mas Kid Vinil já nos faz cantarolar Sou Boy, Tic Tic Nervoso e Glub-Glub no Clube. O Magazine faz parte da história do rock nacional com as suas letras bem humoradas e chicletérrimas de boas!

Kid, além de ser uma das imagens marcantes do famoso “Música Pra Pular Brasileira”, é um dos maiores entendedores de discos desse país. Quer falar sobre rock, pop, punk ou descobrir alguma banda? FALA COM O CARA!

Dono de uma coleção gigantesca de CDs e vinis, ele acaba dando o ar da graça no Som na Vitrola de hoje, a pedidos deste fã que cresceu indo para escola com o fone de ouvido escondido ouvindo Fuscão Preto na versão do Magazine, indicando três discos regados de psicodelismo e um “lisérgismo” potente.

• The Psychedelic Sounds of the 13th Floor Elevators – 13th Floor Elevators (1966)

The Psychedelic Sounds é o primeiro álbum do 13th Floor Elevators, banda originada em em 1965 em Austin, Texas.

O termo “13th Floor Elevators” foi inventado por um psiquiatra em 1957, para descrever alterações mentais provocadas pela ingestão de alucinógenos, e foi popularizado anos depois por Aldous Huxley e Timothy Leary. A banda acabou sendo pioneira no assunto música psicodélica.

Sendo considerado um dos 1001 álbuns que você deve ouvir antes de morrer, este clássico, que seria o primeiro registro da palavra “psicodelismo” na música, acabou superando as minhas expectativas.

Na escala de 0-10 gotas de LSD, pode pingar dez na boca e aproveitar a viagem.

• Moby Grape (1967)

Em São Francisco, o Moby Grape apareceu com seu primeiro álbum e alcançou um sucesso enorme. Gravado de 11 de março a 25 de abril, sendo psicodélico, mas nem tanto quanto o álbum do 13th Floor Elevators.

Nas palavras de Kid Vinil:

Outro marco do rock psicodélico, tão importante quanto Jefferson Airplane e Gratefull Dead, mas menos famoso e com uma carreira inconsistente, mas esse primeiro disco é considerado uma obra prima.

Com um rockzão sensacional em Fall On You, Mr. Blues, este disco acabou virando um dos meus preferidos e certeza que vou ouvir durante o mês de fevereiro inteiro.

Dá umas oito gotas na escala 0-10 e me deixem livre pra dançar.

• The Blues Magoos – Psychedelic Lollipop (1966)

Lollipop acaba entrando na batalha com o 13th Floor Elevators sobre quem usou a palavra “psychedelic” pela primeira vez. A banda, originada de Nova Iorque, alcançou com este disco a parada de número 21 e o quinto lugar nos Top 10 com sua música mais famosa (We Ain’t Got) Nothin’ Yet. 

Mesmo o disco não soando como uma “Masterpiece” de uma grande banda, o cover de Tobacco Road, Nothin’ Yet faz com que o álbum se torne um clássico e uma das maiores indicações para quem procura algo sobre o estilo.

Me dê oito gotas, e me deixa olhando para o teto ouvindo esse disco, que o órgão tocado neste disco faria até o Jon Lord, do Deep Purple, bater palmas.

https://www.youtube.com/watch?v=R-PhK4RnvZ4