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Som na Vitrola - Victor Persico

Som na Vitrola #27 – 70 anos de Elton John

Neste sábado (25), Sir Elton John completará 70 anos. Capaz dos meus amigos verem esta publicação e pensar “Pronto, o Persico resolveu falar do Elton John… Este post não terá mais fim”. Bom, por incrível que pareça o post não será uma bíblia-eltoniana. Vou indicar sete álbuns –  eu não gosto de indicar apenas 5 – OBRIGATÓRIOS da década de 1970 dessa pessoa que ouço desde os tempos na barriga da minha mãe, que foi a trilha sonora de muitos momentos da minha vida, e que considero ó… “maió brou”!

  • Elton John (1970)

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NÃO, MEU BROTHER! Este não é o primeiro álbum da carreira dele. É o segundaço, que abre com Your Song, uma das mais conhecidas e “de lei” de estarem no set list de todos os seus shows, além de ser a música mais pé no saco para ele. Imagina: “Estou desde 1970 cantando esta música, em todos os shows…“. Uma hora o cara vai pirar.

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O Álbum Preto, como é conhecido pelos fãs, é um clássico não apenas por Your Song, mas por Border Song, Take Me To The Pilot e The Cage. Vai ser aquele álbum que você vai ouvir e ESQUECER DE QUE ELTON JOHN É SÓ A MÚSICA DO REI LEÃO. (Sim, existem pessoas assim).

https://www.youtube.com/watch?v=RwzdVHTNpXs

  • Tumbleweed Connection (1971)

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Resumão do álbum: Elton John e Bernie Taupin resolveram sair da Europa e deram de cara com a cultura norte-americana, com uma temática mais velho oeste americano. O disco já chega a ser um tapa na cara com Ballad Of A Well-Know Gun, Son Of Your Father, My Father’s Gun, Amoreena Burn Down The Mission. 

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  • Don’t Shoot Me I’m Only a Piano Player (1973)

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Podemos falar que este foi o disco que causou a Eltonmania? Em partes. Imagina que você está ouvindo Your Song, aquela música de amorzinho e, de repente, entra Crocodile Rock naquele ritmo frenético?

Um dos maiores clássicos dos anos 1970, o álbum vem com Daniel, que foi lançado como single junto com Skyline Pigeon – uma repaginada, já que a versão do primeiro álbum Empty Sky é meio BLERGH! – , Crocodile Rock, a belíssima High Flying Bird, Have a Mercy On The Criminal e a pouco conhecida e uma das minhas favoritas, Midnight Creeper.

https://www.youtube.com/watch?v=iL3mYAsEp9g

  • Goodbye Yellow Brick Road (1973)

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Considerado por muitos como a obra-prima da carreira, por trazer vários clássicos que são incluídos em todos os Greatest Hits lançados por Elton John, GYBR se tornou uma peça fundamental para todos que querem conhecer todas as vertentes do rock. O soco na orelha de Funeral For a Friend/Loves Lives Bleeding, a doce Candle In The Wind na época feita para Marilyn Monroe, a própria faixa título. O álbum tem 17 faixas que vão te fazer ouvi-lo incansavelmente. Acredite, estou há 20 anos ouvindo.

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Já deixo indicado esta música com tema lésbico, para vocês esquecerem da melodia agradável da trilha sonora do Rei Leão novamente.

  • Captain Fantastic and The Brown Dirt Cowboy (1975)

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MEU FAVORITO. Sim, esta bolacha que mais esteve presente na minha vida, eu sei as músicas de cabo a rabo e que se tocar, saio cantando como se não houvesse amanhã.

Captain Fantastic pode ser comparado ao Goodbye Yellow Brick Road, mas com uma diferença: Enquanto GYBR é um álbum cinematográfico, falando sobre cowboys, lésbicas, vinhos e artistas de cinema, Captain Fantastic é  biográfico.

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Elton John faz o papel do Captain Fantastic, enquanto Brown Dirt Cowboy fica ao cargo de Bernie Taupin. O álbum conta desde a época em que Elton gastava os dedos nos pubs de Londres, cansados dos Tra-la-las e Lari-las (Bitter Fingers), até o momento de sua vida em que ele iria se casar a muito contragosto com uma mulher e teve a ideia mudada por Long John Baldry, famoso cantor da época em Londres – na faixa Someone Saved My Life Tonight, Long John Baldry recebe o apelido de Sugar Bear.

Para quem me conhece e já chegou com o pedido de “Me indica um álbum“, eu sempre acabo com esse. É sensacional.

  • Rock Of The Westies (1975)

Elton John 1 - Front

AIN, ELTON JOHN NÃO É ROCK.

Meu caro amigo, não defeque pela boca e OUÇA ESSE ÁLBUM. Sem a formação clássica que o acompanhava desde os primórdios, Nigel Olsson na bateria e Dee Murray no baixo, só Davey Johnstone continuou e entrou um outro time para segurar o som da banda. E, pela primeira vez, Elton se sentiu inteiramente numa banda de rock. 

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O álbum acaba sendo tão bem trabalhado que dá gosto de ouvir e jogar na cara de todos que dizem que o cara não é rock.

  • Blue Moves (1976)

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Como posso denominar este álbum? Tá em depressão? Acha que a vida anda injusta? Ouça esse! Ele é baseado nas letras melancólicas e pra baixo de Bernie Taupin. Diz a lenda que em uma delas, Elton disse que não iria cantar por ser puro desgosto. Entendeu qual o nível do álbum?

Bernie Taupin, recém separado de Maxine (inspiração para a música Tiny Dancer) havia sido trocado por James Newton Howard, um dos integrantes da banda, e estava no auge do alcoolismo. Assim como o pianista, que estava cheirando e bebendo como se não houvesse amanhã.

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Mas o disco acaba sendo um clássico de sua carreira, com faixas com arranjos belíssimos, mesmo com letras tão depressivas.

Nota: Foi uma tarefa extremamente difícil ter que escolher sete discos. Minha vontade era colocar a discografia completa da década de 1970 dele. Faltou o Empty Sky, Honky Chateau, Madman Across The Water, Caribou, A Single Man e Victim Of Love. 

Posso até estar enganado, mas no meu ponto de vista, Elton John foi um dos poucos artistas que soube como aproveitar toda a cultura que rondou pela década de 1960 até os dias atuais.

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Espero que estas indicações os faça ouvir, conhecer a obra e sair do Rei Leão e Princesa Diana. E também que vocês se sintam exatamente como me senti quando ouvi cada um deles pela primeira vez, e ainda sinto.

Dodger Stadium, 25/10/1975

Dodger Stadium, 25/10/1975

2 Comments

2 Comments

  1. Ricardo Amaral

    20 de março de 2017 at 17:48

    Ansioso, li rapidamente a coluna pra encontrar Capitain Fantastic, para mim o ícone do cara!
    Ainda me lembro das tardes a escutá-lo no três em um, viajando na capa dupla!!! Parabéns, o texto ficou excelente. Me roubou uma coluna!!!!!! Rs

  2. LUIZ CARLOS LOPES

    20 de março de 2017 at 19:32

    Eu que comecei a gostar de Elton John desde a primeira vez que ouvi Rocket Man e depois fui gostando mais ainda à medida que novos albums fui conhecendo, não me canso de admirar as legiões de fans que ele foi acumulando desde o início de sua carreira. Lembro de ter falado com o Victor Persico quando ele era ainda adolescente e já um fanático por Elton John. Ao longo da vida, fui vendo novos artistas aparecerem, atingirem o ápice e logo depois se apagarem quase que completamente. Ao contrário, Elton John atravessa quase cinco décadas e o número de fans está sempre aumentando. Quando vou nos shows, encontro sessentões e teenagers misturados… e os teenagers sabem cantar as músicas, vibram com ele no palco, compram seus albums e ouvem Elton John com o mesmo entusiasmo que ouvem seus novos ídolos. Isso é um feito que só quem tem talento pode fazer acontecer. Salve Elton John, meu artista favorito!

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