O sexto álbum do Maroon 5 mal havia sido lançado quando se envolveu em polêmica. Infelizmente, não pela sua sonoridade, que não trouxe nada de novidade para ser tão convidativo. O grupo, na verdade, recebeu crítica por trazer em seu título, um termo utilizado por um grupo conservador que defende os “direitos dos homens.” Em uma época de feminismo em alta, o grupo se encontrou no meio de um tiroteio, mesmo antes de ter lançado o novo trabalho. Segundo a banda, o título é uma referência às pílulas do filme Matrix e nada a ver com o grupo anti-feminista.
O álbum, com um pop mais dançante possível e com alguns destaques, traz pouca emoção. O grupo segue a mesma linha de seu segundo álbum, It Won’t Be Soon Before Long, e mais ainda de Overexposed, lançado em 2012.
Mesmo sem inovações, no geral, o álbum traz destaques com o single bubblegum What Loves Do, em parceria com SZA, um pop cativante que chega falando “não vou sair da sua cabeça”. Acredite, da minha não saiu.
Bet My Heart sai da linha de batidas e vai atrás de melodias mais calmas e amorosas, dando um clima diferente ao álbum, com um Adam Levine mais vulnerável.
Com a ajuda de Julia Michaels, Help Me Out é marcada pelo vocal de Levine. A versão standard do álbum termina com Closure, uma faixa de 11 minutos, que chega a ser cansativa em alguns pontos, mas que demonstra o poder de criação de grooves e batidas R&B. Importante ressaltar a faixa Denim Jacket, uma canção romântica e com bons backing vocals, que lembra até um Ed Sheeran.
A banda está na fase de “para que mexer em time que está ganhando?” E parece que continuará assim, fazendo mais do mesmo, com hits atrás de hits.