Fala galera ! O #SomNaVitrola dessa semana vai sair um pouco do roteiro de álbuns que fazem aniversário ou serão lançados. Durante a última semana, pude fazer aquilo que mais me dá prazer, me relaxa, libera os demônios: ouvir música com calma, sem a famosa encheção de saco.
Durante essa odisseia musical, quatro álbuns ficaram marcados e eu não poderia deixar de passar. Se liga!
- Barão Vermelho – Barão Pra Sempre
Vocês devem já ter tido aquela sensação estranha, de quando aquela voz que tanto fez parte daquela banda, resolve sair. Isso foi o que aconteceu com o Barão Vermelho.
Lembro que o primeiro CD que comprei foi o Melhores Momentos Barão Vermelho e Cazuza. Essa coletânea abriu uma porta para o rock nacional. E assim foi, de Cazuza para Frejat.
Agora, de Frejat fomos para o Suricato.
Sendo sincero, por um momento eu achei estranho a ideia. Podemos dizer que não concordei, achei que seria um tiro no pé. E me enganei.
Suricato, além de ter uma voz no mesmo timbre de Roberto Frejat, trouxe o rock de volta. Com o Frejat à frente, o grupo era mais levado ao lado blues pop.
O álbum Barão Pra Sempre tem apenas nove faixas, duas acústicas. Entre elas, Eu queria ter uma bomba, Pense e Dance, Brasil e, para a minha alegria, Billy Negão, faixa do primeiro álbum, de 1982, sobre um bandido ficcional do Leblon, Rio de Janeiro.
Barão Vermelho continua vivo!!!
- Blur – Leisure
Queria deixar por escrito este momento: pela primeira vez escutei Blur. Podem me julgar.
Não foi por preconceito ou qualquer coisa do tipo, mas pela falta de interesse.
E sobre a palavra Leisure? Leisure é uma palavra em inglês que traz o significado de liberdade, de aproveitar o tempo livre, fora dos trabalhos e deveres, livre de compromissos. É tirar um tempo para si.
Não teve um álbum que descreveu melhor a última semana. Não sou de ferro, também quero meu tempo.
Obrigado, Blur!
- Skank – Calango
Um dos melhores álbuns nacionais lançado na década de 1990, um dos mais marcantes da minha infância.
Começando por essa capa, que mostra o baixista do Skank, Lelo Zaneti, usando uma fantasia para a comemoração da Copa do Mundo de 1994.
O álbum abre com Amolação, seguindo por Jackie Tequila e Esmola. Sem esquecer de Te Ver e Pacato Cidadão.
E além de ter me jogado de peito ouvindo esse álbum, o Skank vai fazer show em Santos dia 12.
Quem vai comigo?
- Velhas Virgens – Todos Os Dias A Cerveja Salva A Minha Vida
Mais uma banda que é figurinha carimbada na cidade de Santos, a Velhas Virgens continua sendo uma das mais sensacionais independentes que já passou pela caixa de som daqui de casa.
Primeira vez foi com o álbum Sr. Sucesso, com a faixa-título sobre um empresário que vai pegar pessoas pra formar algumas bandas de vários gêneros só pra ganhar dinheiro. Uma bela crítica em cima de uma terrível verdade na indústria fonográfica atual.
O Todos os dias… é o último trabalho da banda, e traz uma das minhas músicas favoritas: O que seria do rock? A banda coloca em pauta a questão de que “O que seria do rock sem a viadagem?”.
O que seria de nós sem David Bowie, Elton John, Cornélius Lucifer, Rob Halford?