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Som na Vitrola - Victor Persico

Som na Vitrola #93 – Dictator, a volta de Daron Malakian e o Scars On Broadway

Já são 13 anos de espera para o lançamento de um material inédito do System Of a Down. O efeito colateral dessa novela entre os integrantes da banda é que Daron Malakian teve o primeiro álbum do Scars On Broadway, de 2008, esquecido por algumas pessoas. Agora, após dez anos, o guitarrista remonta o SOB e lança Dictator, um trabalho de inéditas onde Malakian esteve sentado no projeto, sem vontade alguma de mexer neste devido à confusão que gira em torno do System Of a Down, deixando não só ele, mas todos nós confusos e pensando: “então, System Of a Down? QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO?”

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E, deem as mãos e agradeçam, pois o guitarrista se mostra decidido a libertar o álbum que ele tem mantido escondido na última década, reacendendo o que é uma lembrança do que o mundo está esquecendo.

Lembrando que Daron sempre teve grande participação nas composições do System Of a Down, não é surpresa de que o novo álbum não se afaste de sua antiga banda. A primeira faixa, Lives, entra cambaleando com um riff de pernas bambas que soa como se estivesse prestes a desmoronar sob o próprio peso, onde subitamente decola, inesperadamente. “Nos somos as pessoas que foram expulsas da história”, canta Daron como um toque para a cultura armênia e o genocídio que diz muito sobre o trabalho do SOAD.

Angry Guru, possui o mesmo espírito independente, com implacáveis ataques dando lugar a um ritmo desequilibrado. O álbum desde a segunda música se mostra mais do que um nocaute no SOAD, já que Daron não é estúpido para tentar questionar os falatórios proféticos de Serj Tankian, e nem preguiçoso ao ponto de apenas reciclar os maiores sucessos.

Os momentos mais empolgantes do álbum acontecem quando é deixado de lado o modelo de 20 anos e tremula sua própria bandeira sonora. Till The End é uma explosão difusa que – pasmem- soa como o Weezer plugado por um pedal de distorção na potência máxima. 

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Gie Mou, surpreende pelo instrumental emocionante de uma canção grega, cujo título se traduz como My Son (Meu Filho), como se fosse um vislumbre à parte da herança multicultural de Malakian. Assimilate, a mais pesada do álbum, é a sua resposta de não estar aberto a se entregar ao world music. 

Claro que não é difícil olhar o álbum como um tremendo FOD#-$! de Malakian para seus colegas do SOAD, ou talvez para o que estão segurando a chance de fazer um grande álbum em potencial. Já começa com o nome da banda: Daron Malakian & Scars On Broadway, uma resposta definitiva para a pergunta “Quem precisa de vocês, afinal?”

Uma perda para o System Of a Down. Um ponto alto para a carreira de Daron.

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