Crítica | A Casa do Dragão (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema Quando foi anunciado pela HBO Max, o spin-off/prequela de “Game of Thrones”, rotulado como “A Casa do Dragão”, muitos ficaram com medo de que fosse se tornar uma bomba por conta da desastrosa última temporada daquela. Com forte inspiração no conto de George R.R. Martin (que se envolveu totalmente no processo de desenvolvimento da mesma), temos aqui um dos fortes candidatos a uma das melhores séries de 2022 por diversos fatores. Seja por intermédio das atuações, efeitos visuais, design de produção (uma vez que é nítido que os cenários foram realmente construídos, sem abusar do CGI) e até mesmo roteiro (embora aconteçam alguns descuidos). A história se passa há cerca de 127 anos dos eventos mostrados em “Game of Thrones“, e vemos como a verdadeira guerra na família Targaryen começou. Mesmo com o Rei Viserys I Targaryen (Paddy Considine) tentando fazer o máximo para que a mesma não caia em conflitos, principalmente vindo da parte de sua filha a Princesa Rhaenyra Targaryen (vivida na adolescência por Milly Alcock e Emma D’Arcy na fase adulta) e atual esposa, a Rainha Alicent Hightower (vivida na adolescência por Emily Carey e Olivia Cooke na fase adulta). Imagem: HBO (Divulgação) Começo enfatizando a enorme preocupação da HBO em deixar claro o andamento da arvore genealógica mostrada na série, quase que semanalmente em suas redes sociais. Assim como em “Game of Thrones” onde eles disponibilizavam os mapas (que era crucial, datada a quantidade de viagens mostradas), a medida que a trama ia juntando mais personagens, outros nasciam, sempre havia este cuidado em sanar o espectador (uma vez que o próprio seriado não deixava isso explicito, adaptando o famoso “o público já sabe, não precisamos ficar falando). Mas entrando neste contexto histórico, um dos grandes descuidos desta temporada, é que a mesma é dividida em duas fases, onde há um salto temporal de em torno 30 anos. Em ambas, temos a ligeira impressão de que muita coisa foi delatada, e até mesmo resumida para conseguir caber na metragem dos capítulos (que são 10, com uma metragem de 60 minutos). Embora o enredo consiga nos fazer ter uma empatia enorme pelas situações mostradas, onde à medida que o mesmo avança, ocorrem várias desconstruções e construções dos protagonistas. Enquanto Rhaenyra aos poucos vai transitando de uma garota para uma mulher com sangue nos olhos (quem viu o desfecho da temporada, entendeu), Alicent vai aos poucos se mostrando como a verdadeira psicótica da série (inclusive Cooke consegue ser um ótimo contra ponto para D’Arcy, que também está excelente como Rhaenyra). O mesmo pode se dizer dos irmãos Daemon Targaryen (Matt Smith, em ótima atuação como o antagonista que amamos odiar) e o Rei Viserys I Targaryen (Paddy Considine, que realmente vai vencer o Emmy e todos os prêmios possíveis). Em meio ao caos que se tornou “Game of Thrones“, a primeira temporada de “A Casa do Dragão” reacende a chama do universo que havia sido apagada, por conta de um desastroso desfecho. Que venham mais tretas da família Targaryen.
A Guerra dos Tronos – A Casa do Dragão tem teaser revelado

A série A Guerra dos Tronos – A Casa do Dragão, que estreia em 21 de agosto na HBO Max e na HBO, teve um teaser revelado nesta quinta-feira (5). Baseada em Fogo & Sangue, de George R.R. Martin, a série ambientada 200 anos antes dos eventos de Game of Thrones conta a história da Casa Targaryen. O elenco principal reúne Paddy Considine, Matt Smith, Olivia Cooke, Emma D’Arcy, Steve Toussaint, Eve Best, Sonoya Mizuno, Fabien Frankel e Rhys Ifans. Confira os principais personagens de A Guerra dos Tronos – A Casa do Dragão Paddy Considine como Rei Viserys Targaryen, escolhido pelos senhores de Westeros para suceder o Velho Rei, Jaehaerys Targaryen, no Grande Conselho em Harrenhal. Um homem caloroso, gentil e decente, Viserys deseja apenas levar adiante o legado de seu avô. Mas os bons homens não são necessariamente grandes reis. Matt Smith como Príncipe Daemon Targaryen, irmão mais novo do Rei Viserys e herdeiro do trono. Um guerreiro incomparável e um domador de dragões. Daemon possui o verdadeiro sangue do dragão, mas dizem que sempre que um Targaryen nasce, os deuses jogam uma moeda para o alto. Olivia Cooke como Alicent Hightower, filha de Otto Hightower, a Mão do Rei, e a mulher mais bela dos Sete Reinos. Ela foi criada na Fortaleza Vermelha, perto do rei e de seu círculo mais interno; ela possui uma graça cortês e uma aguçada perspicácia política. Emma D’Arcy como Princesa Rhaenyra Targaryen, a primogênita do rei carrega o puro sangue Valiriano, e é uma domadora de dragões. Muitos diriam que Rhaenyra nasceu com tudo… mas ela só não nasceu um homem. Steve Toussaint como Lorde Corlys Velaryon, “A Serpente Marinha”. Lorde da Casa Velaryon, uma linhagem Valiriana tão antiga quanto a Casa Targaryen. Como o mais famoso aventureiro náutico da história de Westeros, Lorde Corlys transformou sua casa em uma sede poderosa que é ainda mais rica que os Lannisters, e afirma ter a maior estrutura marinha do mundo. Eve Best como Princesa Rhaenys Targaryen, domadora de dragões e esposa do Lorde Corlys Velaryon, “A Rainha que nunca foi” (“The Queen Who Never Was”) foi preterida como herdeira do trono no Grande Conselho porque o reino favoreceu seu primo, Viserys, simplesmente por ser homem. Fabien Frankel como Sr Criston Cole, descendente de Dornish e filho do mordomo do Senhor de Blackhaven. Cole não tem direito a terras ou títulos; tudo o que ele tem em seu nome é sua honra e sua habilidade excepcional com a espada. Sonoya Mizuno como Mysaria, que chegou a Westeros sem nada, vendeu mais vezes do que pode se lembrar. Ela poderia ter desistido, mas ao invés disso, se ergueu para se tornar a aliada mais confiável – e mais improvável – do Príncipe Daemon Targaryen, o herdeiro do trono. Rhys Ifans como Otto Hightower, que como “A Mão do Rei” serve fielmente tanto a seu rei como a seu reino. Para a Mão, a maior ameaça ao reino é o irmão do rei, Daemon, e sua posição como herdeiro ao trono.