Requiem, novo álbum do Korn, já está entre nós; ouça!

O Korn lançou seu tão esperado álbum de estúdio Requiem, via Loma Vista Recordings. O disco de nove faixas apresenta o single de sucesso Start the Healing, além das faixas lançadas anteriormente: Forgotten e Lost In The Grandeur, que saiu apenas alguns dias antes do lançamento de Requiem como prévia final do disco. Requiem é produzido por Korn e Chris Collier. Energizada por um novo processo criativo livre de restrições de tempo, a banda foi capaz de fazer coisas com Requiem que as últimas duas décadas nem sempre lhes proporcionaram, como reservar um tempo adicional para experimentar juntos ou gravar em fita analógica – processos que revelaram dimensão sonora recém-descoberta e textura em sua música. Korn inicia sua turnê de arena de 2022, produzida pela Live Nation, em 4 de março e será acompanhada pelos convidados muito especiais Chevelle e Code Orange na viagem de 19 datas. Ingressos à venda no Ticketmaster.

Com homenagens a clássicos do cinema, Bastille divulga Give Me The Future

Depois de criar um grande burburinho para sua chegada, o Bastille divulgou nesta sexta-feira (4) seu tão aguardado novo álbum, Give Me The Future. A banda preparou a chegada do álbum com seu último single, Shut Off The Lights, que já acumula quase cinco milhões de streams globais no Spotify em poucas semanas. Para celebrar o álbum, Bastille embarcará na Give Me The Future Tour nesta primavera/verão, realizando shows pelo Reino Unido e Estados Unidos. Em setembro, a banda retorna ao Brasil para se apresentar no Palco Mundo do Rock In Rio. Os ingressos da turnê já estão à venda no site. Repleto de referências a filmes de ficção científica e literatura, videogames e VR, o novo álbum de Bastille, Give Me The Future, explora um país das maravilhas futurista livre de restrições — cada canção traz uma diferente paisagem de sonhos, um lugar onde você pode viajar no tempo, para o passado e para o futuro, para ser qualquer pessoa, fazer qualquer coisa e abraçar uma nova onda de tecnologia, o que nos permite nos perder dentro de nossa imaginação. É um registro que leva a ideia das possibilidades ilimitadas do futuro e viagens por toda parte, desde um passeio no edificante Thelma + Louise – uma homenagem ao icônico filme feminista em seu 20º aniversário – até a Nova York dos anos 80, com o artista Keith Haring no brilhante e magnifico Club 57, até uma cama de hospital na Austrália para o devastador, mas esperançoso, No Bad Days. Aliás, você ouvirá basslines de discotecas, orquestras de sintetizadores, guitarras, gospel futurista, sons de naves espaciais, cordas eufóricas, vocoders, talk boxes, um coro de roadies e diferentes beats. A faixa-título, Give Me The Future, é um tributo a Phil Collins e The Police, Shut Off The Lights é uma carta de amor sônica para Graceland, de Paul Simon, e Stay Awake é uma homenagem a Daft Punk e Quincy Jones. Tendo coescrito músicas para outros artistas nos últimos anos, pela primeira vez em um álbum da Bastille, a banda abriu a porta para colaboradores. Embora produzida principalmente por Dan Smith e pelo parceiro de produção de longo tempo Mark Crew, a banda também trabalhou com um punhado de compositores e produtores para expandir seu universo musical. Distorted Light Beam foi coescrita e produzida com Ryan Tedder (Adele, Paul McCartney, Taylor Swift), que também ajudou na acústica e como produtor executivo do álbum. Thelma + Louise, Stay Awake e Back To The Future foram coescritos com o lendário compositor Rami Yacoub. Eles também trabalharam com os compositores britânicos Jonny Coffer, Plested e Dan Priddy para dar mais vida ao álbum. Também é possível ouvir a voz do premiado ator, músico, escritor, criador, produtor, diretor e ativista Riz Ahmed em uma peça de palavras faladas evocativa e encantadora chamada Promises. A peça de Riz é uma reação ao álbum e traz seu tema abrangente em um foco acentuado.

Larissa Luz ressignifica deusa Afrodite no EP Deusa Dulov Vol. 1

Desconstruir e reconstruir Afrodite sob o olhar de uma mulher preta é a proposta principal de Larissa Luz em Deusa Dulov Vol. 1, EP que chegou às plataformas digitais nesta sexta (28). Junto dele, serão disponibilizados visualizers exclusivos no dia 4 de fevereiro, no canal de YouTube da cantora. Com pitadas de deboche e combinando ritmos que vão desde o pagodão baiano, de sua terra natal, Salvador, até o dancehall e o dub, estilos musicais jamaicanos, Larissa joga luz em uma faceta sua que é pouco conhecida pelo público. “Um traço forte de minha personalidade que as pessoas veem pouco, mas que tenho tentando trazer mais à tona, é o humor. Costumo fazer graça com a vida, acho que é uma forma de encarar com um tanto mais de leveza as adversidades que ela nos impõe”, explica a artista, que também reforça a sua participação na criação visual da obra, tanto na capa quanto no videoclipe. “A construção dessa narrativa perpassa pelo entendimento de que fortalecer a autoestima e cultuar o amor próprio é essencial para que a gente se disponha a viver uma relação saudável com outra pessoa. Pretendo repensar por onde passa a nossa construção do amor próprio para que a gente possa achar caminhos de fortalecimento da nossa autoestima”, conta a cantora. Músicas que versam sobre situações corriqueiras, recorrentes no enredo de quem está tentando estabelecer vínculos afetivos são vestidas em uma roupagem divertida e leve. Na sensual Afrodate (Dreadlov), lançada previamente como single, Larissa canta um romance afrocentrado. Cupido Erê, por sua vez, faz um paralelo entre um anjo e um erê, figura das religiões de matriz africana conhecida por ser brincalhona, em uma sátira bem humorada dos desafios enfrentados durante a busca por um relacionamento amoroso. TBT fala, de forma bem-humorada, sobre “recaídas” de um relacionamento. A faixa Montanha Russa apresenta uma letra sensual em que a artista versa sobre uma paixão intensa. Por fim, encerrando o EP, em Brinco Só, Larissa canta o autoconhecimento embutido na busca individual pelo prazer. O EP conta com produção de Tropkillaz, canções feitas em parceria com Coruja BC1 e duas das faixas também foram compostas por Bruno Zambelli, multiartista que assina a direção visual do trabalho. Com essa equipe de peso, Larissa aglutina diferentes referências musicais cuja combinação valoriza o trabalho em grupo. “Gosto de trabalhar assim, como um time mesmo, que se envolve mais inteiramente na criação”, comenta Larissa.

Quadrinista Camilo Solano revela EP Canções Cansadas

Quadrinista de destaque no cenário nacional, Camilo Solano mostrou o seu lado musical nas duas faixas que integram o EP Canções Cansadas. Em resumo, o projeto reúne músicos de renome – como integrantes da banda Caramelows – e combina um instrumental refinado guiado pelos produtores Eder Araujo e Eduardo Chuffa com letras que vão da melancolia ao êxtase, da indiferença à esperança. Camilo Solano transforma em música as inseguranças e incertezas dos tempos atuais. A crise sanitária trouxe à tona sentimentos conflitantes para muitos, e o artista escolheu dar vazão a esses anseios ao revelar ao público seu lado menos conhecido até então: o de músico. “Em horas assim / Me sinto desolado / Quase no fundo do poço / O corpo sua um suor gelado de nervoso”, canta em Tanto Faz. No lado B do EP, surge o otimismo: “Antes de chover / O vento me faz perceber / Que o tempo vai mudar / E tudo vai passar”, ele entoa em Vento Venta. “Compus essas músicas durante a pandemia de covid-19 e elas são o reflexo desse cansaço, dessa exaustão que foi e está sendo viver esse momento. Principalmente se você for brasileiro. O Brasil era o país mais ansioso do mundo antes da pandemia. Tenho certeza que agora, nem vale mais a pena contar. Temos que lutar a todo instante e fazer um esforço enorme para tentar se movimentar, por menor que seja esse deslocamento, temos que tentar nos mover pra frente. Pra frente do que queremos, pra cima de quem te desrespeita ou desrespeita o próximo. Escrever e tocar essas músicas são uma espécie de celebração. São músicas sobre essa ansiedade. Às vezes melancólica, às vezes frenética. Agora tanto faz, vento venta novos ventos. E vamos à luta!”, convida. Estreia musical de Camilo Solano Este é o primeiro lançamento musical de Camilo Solano após uma série de canções compostas para sua HQ Semilunar, lançada em 2017. Mas a música está presente em sua vida desde o início. Filho de pai músico e radialista e mãe que cantava Caetano Veloso para a barriga em sua gestação, Camilo cresceu cercado de arte, cultura e histórias. A trilha sonora da casa ia de sambas antigos a Beatles, Jovem Guarda e música negra americana, sem deixar de lado os maiores nomes da MPB. Posteriormente, na adolescência, veio a paixão pelo punk dos Ramones, misturando com Frankie Valli & the Four Seasons até chegar nas interseções do blues com o samba. Formado em Design, seu trabalho de conclusão de curso foi a primeira HQ: Inspiração – Deixa entrar Sol nesse porão lhe rendeu duas indicações ao Troféu HQ MIX como Novo Talento Desenhista e Novo Talento Roteirista. Lançou independentemente o gibi Desengano, que teve o prefácio escrito por Robert Crumb, o maior autor dos quadrinhos underground dos EUA, que também é músico e fez a capa do disco Cheap Thrills, de Janis Joplin. Seu primeiro trabalho com editora foi Semilunar, que saiu pela Balão Editorial e com esta obra foi finalista do Prêmio Jabuti. Publicou o Fio do Vento pela editora Veneta e depois foi convidado a criar sua própria versão do personagem Cascão, da Maurício de Sousa Produções. Aliás, disso nasceu Temporal, HQ escrita e desenhada pelo autor, oferecendo seu olhar sobre o menino que não gosta de banho da Turma da Mônica. Com esse título, ganhou o Troféu HQ MIX. Elogiado por Emicida Lançou a pequena e poderosa HQ Solzinho – que, pelas palavras de Emicida, “é uma das coisas mais lindas que já li na minha vida”. No final de 2021 lançou Cidade Pequenina pela editora Pipoca & Nanquim. Aliás, nela, ao lado do seu irmão Aldo Solano, reuniram várias histórias sobre cidades do interior, causos e contos que ouviram ou vivenciaram. Este, mais uma vez, teve o prefácio escrito por Robert Crumb, que é seu padrinho na nona arte. Também em 2020 e 2021, lançou algumas músicas em suas redes sociais e canal do YouTube, sempre com um tom intimista e sincero. Dessa incursão sonora surgiu Canções Cansadas, composições sobre uma ansiedade e esgotamento emocional que se ancoram na arte para seguir em frente. Com o trabalho, Camilo busca unir forças e se reerguer, se reconhecer e enfrentar. Procura sempre ser otimista e intenso. Essa candura e sinceridade são o fio condutor do trabalho de Camilo Solano até aqui – seja na música, seja nos quadrinhos. Em forma de gibi ou de canção, suas criações são frutos de um processo de encontro do artista consigo mesmo. E desse mergulho e exposição, surge uma relação forte com as inseguranças e ansiedades de quem está do outro lado da tela ou da página. Da conexão, faz-se a arte. Por fim, o EP Canções Cansadas foi viabilizado pelo edital da Lei Aldir Blanc de São Manuel – 2021, e já está disponível nas principais plataformas de música.

Miles Kane lança álbum Change The Show; ouça!

O roqueiro Miles Kane lançou, na última sexta-feira (21), o álbum Change The Show, que inclui o single Nothing’s Ever Gonna Be Good Enough em parceria com Corinne Bailey Rae. A faixa-título Change The Show, inspirada em Diamond Dogs (de David Bowie), foi escrita por Miles enquanto ele assistia ao noticiário numa certa manhã. “Eu não sou uma pessoa política, mas há tanta injustiça por aí agora”, ele diz. “Tantas notícias ruins e negatividade. Eu estava com raiva. Eu capturei aquele momento. Pela primeira vez, não é sobre mim”.

Produzido por Paulo Novaes, Lucas Caram lança disco Dia Infinito

Mais de dois anos depois de lançar seu disco de estreia Alguém me Ouve (2019), o cancioneiro, compositor e violonista Lucas Caram apresenta seu segundo álbum, Dia Infinito, produzido por Paulo Novaes. Em resumo, a obra é um fruto da novíssima MPB e conta com a participação do violonista João Camarero (atual violonista da cantora Maria Bethânia) e do cantor Juca Novaes, do grupo Trovadores Urbanos. Aliás, a estreia será marcada por show presencial no Bona Casa de Música, em Pinheiros, São Paulo, na próxima sexta-feira (28), às 21 horas, com entrada à R$ 60,00 e participações de Paulo Novaes, João Camarero e Juca Novaes. Com banda formada por Pedro Gongom (bateria), Igor Pimenta (baixo), Bruno Piazza (pianos e rhodes) e Lucas Caram e Paulo Novaes nos violões, Dia Infinito contempla cinco faixas, sendo duas delas instrumentais: incluindo a faixa-título Dia Infinito, além de Forster, com participação de João Camarero. Conta ainda com três canções: Leve, Nossa Cidade – em parceria com Bruna Caram, com participação de Juca Novaes e com Tomás Novaes nas guitarras – e Dentro de Mim, com sopros de Gah Setúbal e Marcos Ferraz. “As canções instrumentais nasceram assim, de longos períodos de reflexão, da necessidade que eu tive de lidar com a perda de um amigo muito importante, da incompreensão quase total com o que estava acontecendo com o mundo, do encantamento e esgotamento dos relacionamentos, entre outras questões que ainda estão bem vivas pra mim. As canções que estão no disco também pintam um pouco desse panorama do que foi a minha vida enquanto nossa vida coletiva estava temporariamente suspensa, necessitando de intenso trabalho interior para suportar o que estava à volta”, reflete Lucas. Pensando em tais questões, a artista plástica Carolina Semiatzh foi convidada a compor a capa e as artes do disco, com a série Possíveis Paisagens, sob direção de arte de Bruno Pucci. Além da carreira solo, Lucas Caram também é membro do Projeto PRIMO, ao lado de sua irmã Bruna Caram e de Paulo Novaes, e é apresentador do podcast O Poder da Criação, lançado em dezembro de 2021, em que convida músicos para falarem sobre composição e criação artística. No programa, Lucas já recebeu nomes como Pedro Altério, Vanessa Moreno, Caio Prado, Aíla, Marina Lima e Dani Black.

Dany Romano libera álbum de estúdio; ouça O Sexto Filho

Ao longo do ano de 2021, Dany Romano lançou dez músicas, uma em cada mês, a partir de fevereiro. Contudo, em dezembro, o disco, intitulado O Sexto Filho, foi lançado cheio, junto a uma música inédita. O disco traz esse nome por Romano ser o sexto filho da família, e além disso, o álbum é o sexto que ele está lançando. Produzido durante a pandemia e de forma inteiramente remota, junto aos produtores Tadeu Patola, de São Paulo, e Flávio Medeiros, de Lisboa, as canções contam sobre as vivências de Romano durante a pandemia. “Esse trabalho eu gravei na minha casa, fiz as bases de violão, cantei e meio que pré-produzi. Fui o meu próprio produtor aqui em casa, aí eu mandava todos esses arquivos para o produtor mesmo. Ele gravava a bateria, o baixo, guitarras, mixava e masterizava. Eu nunca tinha feito sozinho, gravando aqui em casa e mandando os arquivos para o produtor, as ideias todas vieram durante a pandemia”, explicou o cantor. Dany Romano, conhecido por encher bares e restaurantes na Baixada Santista, pela primeira vez fez um lançamento somente no digital. “Eu tinha os CDs para vender quando eu estava tocando na noite. Esse é o primeiro que foi direto para o digital. Eu estou sentindo falta de ter. Lançar uma coisa que eu não tenho em mãos para ver, é bem diferente. Mas é a tecnologia, o mundo digital está aí, então vamos aproveitar”. Divulgação do O Sexto Filho Por conta da pandemia, a divulgação também está sendo feita pela internet. Portanto, Dany Romano pretende esperar as coisas melhorarem um pouco mais para fazer uma grande apresentação do seu novo disco. “Eu pretendo fazer um show em algum teatro, eu sempre gosto de fazer o show de divulgação em um teatro. Ou no Teatro Guarany, Municipal, Coliseu, vou escolher ainda, ou de repente no do Sesc, quem sabe”, contou. Além disso, o cantor pretende levar a sua música para outros lugares. Como já fez em 2016, na sua turnê pela Califórnia, nos Estados Unidos, onde também teve a oportunidade de abrir dois shows do Lulu Santos. Confira o novo disco de Dany Romano abaixo:

Urias lança álbum Fúria com show no Cine Joia

A cantora Urias fará seu retorno aos palcos agora em janeiro. Em resumo, ela, que irá lançar o seu álbum Fúria com oito músicas inéditas no dia 13, estará já no dia seguinte no palco do Cine Joia, em São Paulo, para comemorar seu lançamento ao lado dos fãs e amigos. Aliás, cantando para o público as músicas do projeto como Foi Mal, Peligrosa e Cadela, além das inéditas, Urias revela que não vê a hora de subir aos palcos. “Estou me preparando muito para voltar em turnê. Estou muito ansiosa e feliz de voltar a me movimentar e super animada com o show do Cine Joia. Já fui em vários shows na casa e agora pretendo dar o meu melhor pra entregar um show de qualidade. Estou contando os dias”, afirma. Ademais, os ingressos, que já estão no 2º lote, estão disponíveis e podem ser adquiridos pelo site oficial do Cine Joia. Para os optantes pela “Meia Social”, o acesso ao evento será feito com o ingresso junto à doação de 1kg de alimento não perecível. A apresentação possui autorização da prefeitura local e seguirá os protocolos de segurança exigidos. O público deverá apresentar o comprovante de vacinação completo contra a Covid-19 de forma física ou através do aplicativo da prefeitura. Por fim, para celebrar o anúncio, Urias anunciou a capa oficial do álbum Fúria. Serviço – Urias | Show Cine Joia (Lançamento Fúria) Quando: 14/01, sexta-feira Horário: Abertura do local às 21h00. Show às 23h00. Onde: Cine Joia – Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade, São Paulo (SP), 01501-040 Site: Urias – Cine Joia

Mineira Yasmin Umbelino estreia com Antares; ouça!

Uma exploração sobre o que nos aguarda no fim do universo é o que move Antares, álbum de estreia da multi artista mineira Yasmin Umbelino. Mesclando sua experiência como atriz com um ousado mergulho musical e poético, ela propõe faixas onde inspirações do indie e do pop, do rock e da música brasileira guiam canções climáticas com um pé no passado e outro no futuro. O lançamento é do selo MUSA LAB – Laboratório de Ideias Musicais, fundado por Umbelino e o produtor musical Thiago Guedes para dar maior visibilidade a artistas em quem acreditam. Antares assume suas contradições e constrói sobre elas. A duração curta para um disco – abaixo dos 17 minutos – não impede que Yasmin veja o trabalho com a mesma complexidade de um álbum completo que vai além, inclusive, das suas canções. O disco chega acompanhado de um livro digital homônimo, disponível para leitura e download no site oficial. Dramaturgia poética de Antares Escrito ao mesmo tempo que as canções, o desdobramento literário de Antares deu vazão à verve de dramaturgia poética do trabalho, reunindo ainda as poesias e letras das músicas. “Eu poderia ter chamado de EP, mas isso iria contra a ideia que tenho de um disco. O Antares, mesmo pequeno, conta uma história com início, meio e fim (que, para a experiência completa, deve acompanhar a leitura do livro que está no site). Outra ideia que dialoga com o conceito futurista e com minha reflexão sobre as relações contemporâneas, foi a ideia de um disco podcast. Queria jogar de forma irônica com a ideia da escuta rápida. Hoje, tudo é rápido. A tendência é que, cada vez mais, os sons passem a ser desconexos e curtos. Mas e quando as informações são complexas? E quando há uma história muito maior envolvida? Como agimos? Em 16:50 o Antares narra minhas angústias, mas não só isso. Ele está todo amarrado aos clipes, às artes e ao livro. Ele funciona sozinho? Sim. Mas há muitas outras camadas”, resume Umbelino. Antares nasceu de uma necessidade em dialogar com conceitos sobre o caos pós-moderno por meio de metáforas. Por isso, a estrela que nomeia o disco ganha conotações de uma Pasárgada pessoal para a artista – um lugar onde tudo é possível, tão real quanto imaginária. O álbum se desenrola ao longo de seis faixas – sendo duas delas audiopoemas acompanhados de uma sonoridade retrofuturista com pegadas de rock progressivo -, onde Yasmin narra esse desbravar de universos inteiros, apenas para encontrar a si própria. Visão artística Além de reunir em um só trabalho as muitas vertentes de seu trabalho musical, poético e teatral, Yasmin Umbelino descobriu com Antares uma outra potência: a de dar forma visual à sua visão artística. Foi assim que a artista acabou cuidando pessoalmente de cada uma das artes que envolvem o disco, seus clipes e singles lançados. Usando técnicas de colagem, ela traduziu em imagens o conceito presente tanto nos textos de Antares quanto nos seus sons. Por fim, o resultado foi uma série de autorretratos trabalhados com imagens e texturas que dialogam com as sensações que Umbelino queria provocar com a obra. “Antares é um não-lugar. Rota e ponto de fuga. É pra onde ir quando não há mais espaço nem ar para respirar fundo, quando há o sufoco na poeira dos dias. Mais que uma estrela distante, é um delírio. O disco é uma mistura poética analógica e digital que busca em narrativas sonoras a construção de uma visão sobre o fim do mundo”, resume.