Com vocalista doido, The Used faz um dos melhores shows do Wanna Be Tour

Sem deixar a energia cair após o show pesado do Asking Alexandria, o The Used entregou uma das melhores apresentações do I Wanna Be Tour. Muito disso é mérito do vocalista Bert McCracken, que é completamente maluco no palco, lembrando um pouco o Mike Patton, do Faith no More e outras mil bandas. Apesar de ser uma banda ativa desde 2002, tendo lançado nove álbuns nesse período, o The Used fez um show calcado em cima dos três primeiros álbuns, The Used (2002), In Love and Death (2004) e Lies for the Liars (2007), que foram responsáveis por nove das 12 canções do set. Funcionou muito bem, o apoio do público foi incondicional do início ao fim. Com Bert distribuindo ‘fuck you’ a cada término de música, o The Used iniciou o show com Pretty Handsome Awkward, faixa que tem um refrão chiclete e melódico.O The Used anda sempre muito bem acompanhado em seus álbuns. Nos mais recentes contou com participações de Mark Hoppus e Travis Barker (blink-182), Jason Aalon Butler (Fever 333), além de John Feldmann (Goldfinger), que vem produzindo os discos mais recentes. É nítido que isso vem contribuindo demais para o amadurecimento sonoro do grupo. Uma das novidades do repertório foi Giving Up, faixa que encerra o último álbum da banda, Toxic Positivity (2023). Senti falta de um pouco do Heartwork (2020), que foi totalmente ignorado no show. The Taste of Ink, maior sucesso comercial da banda, veio já na reta final. Contagiou o público, que cantou o som na íntegra, garantindo um bonito sing-along. Mas Bert ainda guardou uma surpresa para o fim. Encerrou o show com A Box Full of Sharp Objects, que teve a participação de Lucas Silveira, vocalista da Fresno. O mais bacana foi ter o gaúcho no palco para um público maior, já que quase ninguém conseguiu ver o show da Fresno por conta da má logística na abertura dos portões. O medley deles contou ainda com um trecho de Smell Like Teen Spirit, do Nirvana.

Boys Like Girls relembra Love Drunk, mas mostra veia pop da nova fase em SP

Na sequência de Pitty, no palco vizinho, o Boys Like Girls mostrou suas credenciais com muita melodia, refrões fáceis e disposição, apesar do vocalista, Martin Johnson, estar com um dos braços engessado, após fazer uma cirurgia no ombro há duas semanas. O Boys Like Girls é um cruzamento do Good Charlotte (banda que eles sempre citam como referência) e nomes do rock alternativo dos anos 1990, como o Goo Goo Dolls e Eve 6. Já se passaram 18 anos desde o primeiro álbum, mas o Boys Like Girls não chega a ter tanta força no Brasil, como nos EUA e Inglaterra. Isso pode começar a mudar após a apresentação no Allianz Parque. Martin Johnson, que pouco falou durante o show, relembrou que não vinha ao Brasil desde 2011, época de maior alcance comercial por aqui, com o segundo álbum, Love Drunk (2009). Aliás, Love Drunk teve quatro faixas tocadas na apresentação, mesma quantidade destinada para Boys Like Girls (2006) e Sunday at Foxwoods (2023), o primeiro em 11 anos, que traz a banda com uma veia mais pop do que nos discos anteriores. Muito bem relacionado no meio artístico, Johnson usa muito isso a seu favor. Se no álbum Love Drunk, ele teve a participação da amiga Taylor Swift em Two is Better Than One, mais recentemente, no fim do ano passado, fez feat com o grupo de k-pop Twice na canção I Can’t Stop Me, que ficou mais pesada no show de São Paulo. Não ter barreiras para outros gêneros musicais pode catapultar o crescimento comercial do Boys Like Girls, que já experimentou isso na época de Love Drunk. No show vale destacar as presenças de palco do guitarrista Jamel Hawke e do baixista Gregory James, que entraram na banda mais recentemente, antes da gravação de Sunday at Foxwoods.

I Wanna Be Tour: Fresno abre programação, Simple Plan fecha

A I Wanna Be Tour divulgou os horários dos shows que acontecem no sábado (2), no Allianz Parque, em São Paulo. A mesma programação é válida para Curitiba, Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O evento, que reúne expoentes do pop punk, emo, metalcore e post-hardcore, tem em seu lineup nomes como Simple Plan, A Day To Remember, The All-American Rejects, All Time Low, The Used, Asking Alexandria, NX Zero, Pitty, Boys Like Girls, Mayday Parade, Plain White T’s e Fresno. As doze atrações estarão presentes em todas as cidades pelas quais a I Wanna Be Tour passar: São Paulo (2 de março, no Allianz Parque), Curitiba (3 de março, no Estádio do Couto Pereira), Recife (6 de março, na Área Externa do Centro de Convenções Pernambuco), Rio de Janeiro (9 de março, em novo local, no Riocentro) e Belo Horizonte (10 de março, na Arena da Independência). Os ingressos estão à venda na Eventim. HORÁRIOS 11h – Fresno 11h53 – Plain White T’s 12h46 – Mayday Parade 13h49 – Pitty 14h52 – Boys Like Girls 15h55 – Asking Alexandria 16h58 – The Used 18h01 – All Time Low 19h04 – The All American Rejects 20h07 – NX Zero 21h10 – A Day To Remember 22h13 – Simple Plan DATAS E LOCAIS 2 de Março – São Paulo – Allianz Parque 3 de Março – Curitiba – Estádio do Couto Pereira 6 de Março – Recife – Area Externa do Centro de Convenções Pernambuco 9 de Março – Rio de Janeiro – Riocentro 10 de Março – Belo Horizonte – Arena da Independência SIDE SHOW | I WANNA BE TOUR @São Paulo Atrações: Simple Plan e NX Zero Data: 1 de março (sexta-feira) Local: Vibra São Paulo – Av. das Nações Unidas, 17955 – Vila Almeida – São Paulo/SP Ingressos Classificação: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.

Twice inflama ‘vozes calorosas’ em primeiro show no Brasil

De forma apoteótica, o grupo de k-pop Twice realizou, na última terça-feira (6), seu primeiro show no Brasil. A apresentação da turnê Ready To Be lotou o Allianz Parque, em São Paulo. Como não podia ser diferente, o público cantou estridentemente todas as 27 músicas da setlist, surpreendendo Nayeon, Jeongyeon, Momo, Sana, Jihyo, Mina, Dahyun, Chaeyoung e Tzuyu, com uma recepção, segundo as próprias integrantes, muito calorosa.  O primeiro ato do espetáculo teve a versão inglesa de Set Me Free, faixa-título do último mini-álbum do grupo, que dá nome a tour. Ainda na primeira apresentação, Jihyo teve problemas com o microfone de rosto. No entanto, a líder logo o substituiu por um microfone casual, mostrando seu poderoso vocal. Logo após, veio as dançantes Can’t Stop Me, Go Hard e Moonlight Sunrise. Entre as performances, as membros se apresentaram em português. Dahyun ainda se arriscou em mais palavras. “Oi, eu sou Dahyun. Brasil, tudo bem? Bom! Te amo”, se comunicou a simpática coreana, em meio aos gritos brasileiros.  Enquanto as outras integrantes se preparavam para suas apresentações solo, Jihyo, Chaeyoung e Nayeon ficaram no palco conversando com o público. Aliás, Jihyo disse que essa foi a primeira vez que a voz dos fãs ultrapassam o som do retorno dos microfones. Em meio a conversa, a ‘Juliana Paes coreana’, como é carinhosamente apelidada, precisou pedir silêncio para elas explicaram a dinâmica do show. Primeiras apresentações solo Passada a conversa com o trio, chegou a hora dis covers de Dahyun, com Try, de Colbie Caillat; Tzuyu, com Done For Me, de Charlie Puth; Sana, com New Rules, de Dua Lipa; Momo, com Move, de Beyoncé; e Mina, com 7 Rings, de Ariana Grande.  Como bem explicado por Dahyun, a Ready To Be Tour permite que as integrantes estejam prontas para serem elas mesmas e as partes solo ressaltam a singularidade de cada uma. Inclusive, Dahyun emocionou com sua performance calma, acompanhada de seu piano, que contrastou com o lado irreverente e agitado de sua personalidade. Já as quatro estrangeiras do grupo protagonizaram um combo dançante. Tzuyu, como de costume, distribuiu elegância ao lado de dançarinos. Enquanto as japonesas entregaram sensualidade, seja com Sana dançando no chão e encarando o público, com a Momo subindo no pole dance ou com a Mina rebolando como se fosse uma verdadeira latina. Momento especial do Twice Na abertura do segundo ato, os fãs que aguardaram quase nove anos para assistir o Twice presencialmente receberam o melhor que o grupo pode oferecer, uma performance ao vivo de Feel Special. Em um raro momento, o estádio se calou, permitindo que Jihyo cantasse o pré-refrão da canção, que é como um hino para os onces, à capella. Com banda ao fundo, a música contagiou os fãs até o tradicional fanchant no dance brake. A sequência de hits seguiu com Cry For Me. Fancy, com um arranjo diferenciado, e The Feels, com direito a explosão de fogos, levantaram não só o público, mas também as membros com uma grande estrutura móvel na passarela.  Após a catarse, as integrantes que haviam se apresentado solo anteriormente conversaram com o público, voltando a elogiar a energia brasileira. Dahyun adicionou uma nova palavra no vocabulário. “Nossa”, disse ela enquanto mandava um sinal de positivo para os brasileiros. “Eu amo todos vocês”, completou Tzuyu meigamente.  Em coreano, o trio japonês agradeceu o apoio dos onces, cantando e dançando nos covers. Sana revelou que o público de São Paulo foi o mais energético entre os mais de 40 shows do tour. “Quando a gente pensa no Brasil, a primeira imagem que vem na cabeça é que vocês são muito calorosos. Fiquei pensando quanto os brasileiros seriam calorosos se a gente estivesse aqui de verdade. E agora, percebi que realmente as vozes são muito, muito calorosas. Me diverti muito no palco”.  Solos autorais A segunda parte de solos contou com as músicas autorais de Chaeyoung, com My Guitar; Jihyo, com Closer; e Nayeon, com Pop!. Além do cover da Jeongyeon de Can´t Stop The Feeling, de Justin Timberlake. A música sentimental da rapper do grupo, sobre “Meu primeiro violão”, como ela descreveu em português, contrastou com as outras apresentações vibrantes. Jihyo optou por não apresentar sua faixa título de estreia, Killin Me Good. Pode se dizer que a escolha foi um acerto. Closer é dançante, com batidas tipicamente latinas, casando perfeitamente com a artista. Já a despojada Jeongyeon viu o público cantando junto a música que a mesma escolheu no lugar de Juice, da Lizzo, que costumava cantar no início da turnê. A integrante ainda deixou a entender que sua aguardada estreia solo está por vir. Por fim, a contagem regressiva de Pop!, icônico debut de Nayeon, antecedeu o coro ‘seollemi’ e a explosão de papel picado.  Viagem pela carreira do Twice A emoção tomou conta do terceiro ato com a performance da recém-lançada I Got You. Se a música é como uma viagem pela carreira das artistas, as lanternas dos fãs atuaram como sinalizadores no mar, enquanto todos cantavam trechos da música como “Nós nunca vamos nos separar. Mesmo a um milhão de quilômetros de distância”.  As fanbases também entregaram barbantes na cor vermelho para os onces amarrarem no dedo mínimo, sinalizando a união incondicional entre o grupo e os fãs. Logo após, Queen of Hearts precedeu o medley das nostálgicas Yes or Yes, What is Love?, Cheer Up, Likey, Knock Knock, Scientist e Heart Shaker. Com excessão de Scientist, as músicas são do início da trajetória do grupo, quando o conceito era fortemente marcado pelas coreografias e por músicas fofas. Mesmo já na fase adulta, as membros reservaram esse momento como uma espécie de fan service, resgatando memórias dos onces.  No ato, ainda havia espaço para mais duas faixas título. “Once, tenho sede. Acho que vou tomar uma tequila. Levantem seus copos”, brincou Jihyo antes de Alcohol-free e Talk That Talk. Fim de festa do Twice Quem pensou que não teria Like OOH-AHH e TT no show estava enganado. Os flagrados pela dance cam exibiram

Multishow e Globoplay transmitem Jão – Superturnê Ao Vivo no domingo

Neste domingo (21), a partir das 20h, o Multishow e o Globoplay vão transmitir a Superturnê, de Jão, que promete arrebatar os corações dos fãs. A transmissão ao vivo, que também estará disponível para não-assinantes do Globoplay, será comandada por Laura Vicente, direto do Allianz Parque, em São Paulo. A apresentação contará com canções dos quatro discos já lançados e inspirados nos elementos da natureza – Terra, no álbum Lobos (2018); Ar, em Anti-Herói (2019); Água, em Pirata (2021); e Fogo, em Super (2023) –, e se propõe a levar os espectadores a uma viagem mais que especial nos palcos, junto ao realismo fantástico das canções de Jão. A exibição da Superturnê, de Jão, é uma parceria da Universal Music Brasil, Multishow e 30e.