O Grito lança poderoso blues em “Coração Miserável”

O Grito, trio de rock e MPB formado em 2015 e com seis anos de estrada nas costas, conquista imaginários e vibes ao som de Coração Miserável. Ano passado já havia lançado seu debute, Telas Vivas, além dos oitos singles e dois EPs antes da estreia. Com influências – fortíssimas – de rhythm and blues, rockabilly, afrobeat e blues (estilos que também podem ser notados no debut), O Grito chega a ser notável no single com o quanto conseguem afundar o pé na sonoridade soturna. Além disso, somam com a poesia em uma vibe que te envolve na melancolia profunda. Confira o primeiro álbum da banda.

Saudade: UELO aborda nostalgia e mistura indie e música pop em novo single

“Um aperto no peito somado à vontade de reviver algum momento especial”. É sobre isso que a UELO canta no single Saudade. A faixa mistura o pop, o rock e o indie com a musicalidade brasileira e antecipa o segundo disco da banda santista, homônimo e previsto para o segundo semestre de 2021.  O lançamento chega às plataformas digitais acompanhado de um videoclipe. No roteiro, a UELO aborda a nostalgia e a importância das amizades e das paixões no início da vida adulta.  O videoclipe é uma realização da produtora Berry. Na ocasião, a obra foi dirigida pelo vocalista Gabriel Lobo em parceria com a cineasta Thayná Vergara. A música, por sua vez, foi concebida no próprio estúdio da banda, que se inspirou principalmente em nomes como Lagum e The Neighborhood durante as sessões de gravação.  O cantor e compositor relata o teor sentimental da letra da faixa.  “Quando as coisas não vão bem, o universo e a vida tratam de encaixar a pessoa ideal na nossa vida.  Uma amizade, um amor. É aquele alguém com quem podemos contar nos momentos mais difíceis. Nesta música, falamos justamente sobre sentir ‘Saudade’ dessa pessoa”, frisou Gabriel Lobo. Além de Gabriel, a UELO é formada pelos músicos Raphael Ueda  (guitarra e backing vocals), Gabriel Nunes (guitarra), Luiz Kaneda (bateria) e Vitor Bueno (baixo e backing vocals).  Anteriormente, o quinteto lançou o álbum Maior Que O Mundo (2019) e os singles Frio (2020) e Aonde Você For (2018), entre outras canções autorais.  

Elogiado por Eddie Vedder, carioca Black Circle estreia com Mercury

Quando vejo uma banda cover deixar a homenagem de lado e apostar em um trabalho autoral de alto nível, a recepção não pode ser melhor. A carioca Black Circle ganhou notoriedade por tocar clássicos do Pearl Jam pelo Brasil todo. Agora, no entanto, investe pesado no álbum próprio, Mercury, o primeiro da carreira. São dez faixas que comprovam a qualidade dos integrantes, que já foram elogiados por Eddie Vedder, a esposa Jill e Mike McCready (guitarrista do Pearl Jam). “Vivemos um momento de experimentação. Fomos introduzindo música por música, temperando o show do tributo com as nossas composições. Fazíamos uma hora de Pearl Jam e, quando a plateia estava dentraço, tocávamos uma nossa. Nisso, percebemos que muitas pessoas desenvolveram um interesse genuíno pelos novos sons que mostrávamos”, rebobina o guitarrista Luiz Caetano. Black Circle na gringa Um pouco antes da pandemia, finalizar este disco virou a prioridade da banda. A nova realidade (que acomoda o virtual como nunca antes na história) fez com que eles gravassem as duas últimas faixas com cada músico de sua casa o que, de certa forma, abriu os horizontes. “Sempre pensávamos em direcionar o trabalho pra fora do Brasil, tanto que optamos por escrever em inglês. Durante a pandemia, nossa interação com fãs de outros países aumentou consideravelmente. Foi quando tivemos a certeza que a obra precisava ser universal”, conta o vocalista Lenny Prado. O álbum foi masterizado por Chris Hanszek, que já trabalhou com Soundgarden e Mudhoney e foi uma figura importante da cena grunge de Seattle dos anos 1980 e 1990. Dentre as autorais do Black Circle também há um cover de Love, reign o’er me, do The Who que, em 2008, ganhou uma releitura do Pearl Jam. “Decidimos fazer essa versão de um clássico de uma banda dos anos 1960 e 1970 porque também bebemos nessas fontes”, pontua Sérgio Filho. Aos fãs do tributo ao Pearl Jam, o Black Circle promete manter a homenagem nos shows. No entanto, as apresentações terão um plus do trabalho autoral dos cariocas. Que estreia incrível!