Barão Vermelho anuncia nova turnê “Do Tamanho da Vida”; veja datas

O Barão Vermelho vai apresentar seu novo show Do Tamanho da Vida, título da música inédita de Cazuza e Barão Vermelho. A nova turnê, que foi lançada juntamente com a canção durante o Rock in Rio 2024, inclui sucessos como Bete Balanço, Exagerado, Maior Abandonado, O Tempo Não Para, Pro Dia Nascer Feliz e a música Do tamanho da vida, que ganhou o prêmio Multishow de melhor rock em 2024. A turnê vai passar pelas principais capitais do Brasil e várias outras cidades. Para estes shows a formação do Barão Vermelho será Guto Goffi (bateria), Maurício Barros (teclados e vocais), Fernando Magalhães (guitarra, violão e vocais) e Rodrigo Suricato (voz) e ainda contará com as participações de Marcio Alencar no baixo e Cesinha, irmão do Peninha, na percussão. “O show do Barão e a sua turnê Do Tamanho da Vida, me pegam, por mil motivos. Parece que tudo que já fizemos tem relevância. O repertório é “matador”, a banda está voando alto, performances incríveis e muita vontade de agradar aos fãs. São 43 anos de estrada, tudo DO TAMANHO DA VIDA, como o prometido, como merecido. Viva caralho, morrer jamais!”, exclama um empolgado Guto Goffi, baterista do Barão. Há oito anos, o quarteto carioca, é composto por dois de seus fundadores: Guto Goffi e Maurício Barros (teclados e vocais), Fernando Magalhães (guitarra, violão e vocais), desde 1985 no grupo e por Rodrigo Suricato (voz, guitarra e violões). “Adoramos tocar ao vivo, o Barão é uma banda de estrada, e estamos muito felizes com o lançamento do nosso novo single. Amamos prestigiar o nosso passado, mas estamos sempre olhando para frente, e do que se trata a nossa vida e esta nova tour”, diz Fernando Magalhães. A história do Barão Vermelho se confunde com a própria história do rock nacional. Banda que desfila sucessos, com repertório que passeia por quatro décadas. Para Maurício Barros, “é uma alegria estar voltando para a estrada, nessa tour na qual celebramos a passagem do tempo. Estivemos lá, nos anos 80, e agora estamos em 2024 com a mesma pegada”. E o tempo não para mesmo, como bem diz Rodrigo Suricato: “esse tema maior do tempo e suas contradições e celebrações é o que levamos de mais importante com essa turnê. Nós damos uma cutucada no tempo trazendo assuntos como o etarismo, já que alguns membros da banda passaram dos 60 anos. Queremos que isso sirva como inspiração para as pessoas.” A nova programação visual e direção do show são de Batman Zavareze. “O show do Barão é uma explosão de sucessos. Tenho as melhores memórias como fã e hoje, colaborar na direção visual dessa nova turnê, me engrandece como profissional. Showzaço imperdível!”, afirma Zavareze. A turnê anterior do Barão foi a vitoriosa tour BARÃO40, celebrando os 40 anos do grupo. Os shows convidaram os fãs a cantarem juntos, suas músicas mais conhecidas, do início ao fim dos concertos. Datas confirmadas 16/05 – Curitiba, Teatro Guaíra 25/05 – Brasília, Funn Fest 07/06 – Rio de Janeiro, Morro da Urca 08/06 – São Paulo, Best of Blues and Rock 14/06 – Ribeirão Preto, João Rock 12/07 – Belo Horizonte, Fest Prime

Guto Goffi revela quarto álbum solo; ouça “Respirar”

Respirar é o novo álbum solo do baterista, cantor e compositor carioca, Guto Goffi, fundador do Barão Vermelho, que agora apresenta seu quarto disco solo. As composições novas dão sequência ao estilo pessoal do autor, que valoriza bastante o texto nas canções. Nesta obra ainda aparecem outros letristas, como Cazuza e Frejat (Bilhetinho Azul) e Rodrigo Pinto/Luís Brasil/Guto Goffi (Duas Estrelas Caindo). Aliás, nesta segunda faixa, Guto conta com o feat de Armandinho Macedo na guitarra baiana, Daúde no vocal e Luís Brasil, o arranjador da faixa. Respirar ainda tem uma bela homenagem ao poeta Mauro Santa Cecília/Guto Goffi, na faixa Fôlego. O novo trabalho conta com as participações especiais de alguns músicos do Bando do Bem, que acompanha Guto desde 2016, além de Arnaldo Brandão (baixo), como participação na faixa que abre o álbum. O fato do disco ter sido gravado no período pandêmico, obrigou Guto Goffi a dar soluções caseiras para as novas músicas. Ele usou e abusou dos instrumentos virtuais, tocando teclados, metais, cordas, programando ritmos e percussões, MÍDI. “Foi um bom desafio, embora prefira trabalhar sempre com banda. De certa forma, esse jeito de fazer música barateou bastante a empreitada sonora”. Ouça Respirar, de Guto Goffi

Entrevista | Barão Vermelho – “A saída do Cazuza foi um baque muito grande”

*Em uma nova formação e com promessas para o futuro, o tecladista e um dos fundadores do Barão Vermelho, Maurício Barros, conversou sobre grandes momentos da banda, projetos e a turnê comemorativa dos 40 anos de carreira. Em decorrência do marco alcançado, projetos do grupo já estão em curso e outros já possuem lançamento programado. Barão 40 é o título que leva ao menos três das produções em comemoração dessa data, que incluem EPs, turnê nacional e série no Canal Bis. Em todos os projetos, a banda buscou trazer as grandes composições de sua trajetória, hits e demonstrar o potencial que a nova formação pode proporcionar. De acordo com Maurício, a música sempre teve grande influência em sua vida, e a sua ideia de montar uma banda se deu ainda muito cedo, devido a influência cultural que os Beatles tiveram em outros meios de cultura, como os desenhos. “A minha leitura é que talvez o sucesso dos Beatles na época em que eu era criança, e tudo que aquilo representou na cultura pop. Em todo desenho animado tinha uma banda que tocava. E acredito que isso de certa forma tenha chegado a mim”. E com isso, a banda nasceu a partir da articulação de quatro amigos: Roberto Frejat, Maurício Barros, Dé Palmeira e Guto Goffi, com a indicação de um vocalista que, posteriormente, se tornaria um dos maiores nomes da música brasileira, Cazuza. Cazuza fez parte do Barão Vermelho do primeiro lançamento (1981) até 1985, quando decidiu deixar a banda e seguir carreira solo. Foi nesse momento que o grupo sofreu com a perda do primeiro membro fundador da banda. Maurício destacou a importância que Cazuza tinha para o grupo, em suas composições, e para o público. Saídas no Barão Vermelho “A saída do Cazuza foi um baque muito grande na época, porque ele representava muito para a banda. Ele era o letrista principal, quer dizer, ele era o letrista. Super carismático e era a cara e a identidade da Barão para o público, veja bem, para o público”. Com essa saída, a banda se viu sem um importante pilar na sustentação de suas letras e público. O tecladista afirma que passaram por um período de “vacas magras”, se reestabelecendo somente anos depois, com Frejat como vocalista. Contudo, a banda continuaria a ser assolada pela perda de integrantes. Anos depois, Frejat também decidiria seguir carreira solo. O processo de separação dele foi mais demorado, interpolando entre o Barão Vermelho e seus projetos. Aliás, deixou a banda em períodos de hiato, entre reuniões e datas comemorativas. O vocalista saiu definitivamente em 2017. Atualmente, Rodrigo Suricato ocupa os vocais, a convite de Maurício. Sua entrada foi motivo de estranhamento pelo público, mas dado o histórico de mudanças, Barros explica que a simpatia dos fãs já foi conquistada. Seguindo em frente, mesmo com idas e vindas, Barros diz que não existe fórmula para todo o sucesso da banda, e que o Barão sempre buscou se reinventar para o próximo passo. “Como o Guto diz: Barão enche o saco da sua própria cara antes do público encher“. A banda chega com sua turnê a São Paulo na última semana de outubro e início de novembro, com promessas do próprio Maurício Barros para um retorno a Santos, local do último show de Cazuza como integrante da banda. *TEXTO POR RENAN PABLO (SANTA PORTAL)