Boom Boom Kid confirma dois shows em São Paulo; veja local e datas

A banda argentina de punk Boom Boom Kid, com mais de 20 anos de carreira e conhecida por um dos shows mais incendiários e divertidos do cenário latino-americano, retorna a São Paulo em janeiro de 2024 para dois shows exclusivos no Sesc Paulista, nos dias 18 e 19, ambos às 19h. A realização é da Powerline Music & Books. Boom Boom Kid é o nome artístico do argentino Carlos Rodríguez, também conhecido como Nekro. O carismático BBK é um ícone do punk rock no país vizinho – uma figura buena onda também muito respeitado e admirado pelo público brasileiro desde os tempos de sua primeira banda, a Fun People. A banda ganhou holofotes, público e elogios na mídia sul-americana pela sua sonoridade única, rápida e divertida: são músicas que misturam uma grande variedade de estilos que vão do hardcore bruto às baladas, do punk ao pop e até boleros, cantadas ora em inglês, ora espanhol. As letras trazem temas como vegetarianismo, igualdade de gênero, ação não-violenta, celebração da alegria infantil, ética DIY, canções de amor nostálgicos etc. Um dos discos mais icônicos do BBK é Okey Dokey, de 2001, que foi alvo de concorridos shows especiais da banda no Brasil, em meados de 2022, e também com realização da Powerline Music & Books. É um registro com 22 músicas que carregam um peculiar senso de humor com tamanha sinceridade, recheadas de distorções e com a urgência sonora do punk rock/hardcore. Em uma recente entrevista ao jornal argentino La Nación, BBK falou sobre a importância de Okey Dokey à sua trajetória artística e ao rock sul-americano. “Foi um novo começo, um ‘vamos lá’, após o fim de um ciclo. E ao mesmo tempo foi uma continuação dessa bela loucura em que vivo, de colocar cor onde não há. Okey Dokey significava ‘deixe-o saber que está tudo bem’, para mim: Okey Dokey, seja você, simplesmente isso”. Serviço Boom Boom Kid dia 18/01 no Sesc Paulista Data: 18 de janeiro de 2024 Horário: 19h Local: Sesc Paulista Endereço: Av. Paulista, 119 – Bela Vista, São Paulo Classificação etária: 16 anos Boom Boom Kid dia 19/01 no Sesc Paulista Data: 19 de janeiro de 2024 Horário: 19hLocal: Sesc Paulista Endereço: Av. Paulista, 119 – Bela Vista, São Paulo Classificação etária: 16 anos
Críticas | Arctic Monkeys, Goldfinger, Boom Boom Kid, Smashing Pumpkins, Billie Joe…

Arctic Monkeys – Arctic Monkeys Live At The Royal Albert Hall O show desta mesma turnê do Arctic Monkeys foi apresentado aqui no Brasil, no Lollapalooza 2019, com um set bem parecido. Portanto, não é surpresa aos fãs dos Monkeys a relação de ‘morde-assopra’. Em resumo, canções recentes mais climáticas dividem espaço com os rock indie barulhentos de outrora. Embaixo do manto do hype, o Arctic Monkeys é uma banda eficiente. Ao vivo não inova, mas entrega uma execução fiel e bem trabalhada de suas músicas. Goldfinger – Never Look Back Acompanhado de um time de estrelas – Mike Herrera (MxPx), Travis Barker (Blink-182), entre outros – John Feldman retorna seu Goldfinger com mais um disco super bem produzido. Ele mantém as bases punk-pop e ska-punk, mas com uma produção e refrões que têm muito a ver com a sonoridade de 2020. A busca pelo pop perfeito talvez tire um pouco da displicência e do charme que a banda carregava nos anos 1990, mas ainda é um belo trabalho. Boom Boom Kid – Bienvenido: Zona de Descanzo Primeiro disco acústico de estúdio do Boom Boom Kid. O ex-Fun People recria uma porção de suas canções em versões unplugged low-profile, por vezes usando e abusando de efeitos/reverb, ou na voz, ou no violão. Além dos resgates, ainda temos faixas inéditas e versões na seleção final. Prolífico como poucos, Nekro é um dos maiores artistas do cenário alternativo sul-americano e se acostumou a fazer muito com pouco. Radkey – Green Room Os irmãos Dee, Isaiah e Solomon Radke formam uma das bandas punk mais interessantes dos últimos anos. Power trio de canções simples e refrões ótimos, chegaram a seu quarto disco, lançado de forma independente e com ajuda de uma campanha de crowdfunding. Aqui a banda apresenta uma coleção de canções punk com viés pop, resgatando melodias dos Ramones circa anos 1980 e também algo de Misfits. Vale a pena. Smashing Pumpkins – CYR O Smashing Pumpkins sempre operou em três instâncias musicais: canções baseadas em riffs pesados de guitarra, baladas épicas e mais recentemente, músicas calçadas em synths. Este é praticamente todo baseado nesta terceira opção. Olhando pra trás, CYR dialoga principalmente com a fase Monuments to an Elegy. É um álbum difícil na discografia do grupo, apesar de soar pop na maior parte do tempo. Billie Joe Armstrong – No Fun Mondays No começo da quarentena, o vocalista do Green Day anunciou que lançaria um cover por semana, até ‘o mundo retornar ao normal’. As semanas passaram e Billie lançou 14 covers no projeto No Fun Mondays. Agora, porém, as reuniu neste LP. Apesar das diversas fontes originais, aqui as canções ficaram todas com aquele jeitão power-pop. Guitarra, vocais melódicos e refrões ganchudos. É o músico fazendo o que faz de melhor. The Network – Trans Am O Network surgiu em 2003 como uma banda new wave secreta cujos integrantes “pareciam demais” com os caras do Green Day. Na época o grupo sustentou a brincadeira de identidade secreta e soltou um disco tão excelente quanto descompromissado. Pra quem se decepcionou com o último disco do Green Day, o Network vem para restaurar sua fé no trio de Oakland, soltando aqui neste EP quatro faixa novas super divertidas. New Model Army – Carnival (Redux) “Carnival foi o único álbum em que a gravação, mixagem e masterização não trouxeram o resultado perto do que era pretendido originalmente“. A declaração é do vocalista Justin Sullivan sobre seu CD de 2005. Contudo, neste 2020, onde a banda comemora aniversário de 40 anos e teve seus planos abortados, este álbum está sendo relançado e ‘reimaginado’. Com o resgate, recebeu nova mixagem e faixas inéditas. Para redescobrir. Refused – The Malignant Fire O Refused tem o costume de sempre lançar um EP pouco antes ou pouco depois de um novo álbum full. No caso, The Malignant Fire é sucessor do disco War Music, lançado ano passado. Se no conteúdo o Refused continua pregando para convertidos, no som o grupo tenta sempre dar alguns passos fora da fórmula. O óbvio seria a morte artística desta banda que já ousou moldar ‘a forma que o punk virá’. Hardcore fora da caixa. Killer Be Killed – Reluctant Hero O novo do Killer Be Killed, formado por Max Cavalera (Soulfly, Cavalera Conspiracy); Greg Puciato (The Dillinger Escape Plan); Troy Sanders (Mastodon); e Ben Koller (Converge), vem com uma unidade muito maior do que no álbum de 2014. Aqui as canções se conversam muito mais, são inclusive mais palatáveis que as do primeiro disco, com muitos vocais melódicos e ótimos refrões. Metal inteligente, agressivo e criativo. Nick Cave – Idiot Prayer – Nick Cave Alone At Alexandra Palace Em junho, durante o período de lockdown no Reino Unido, Nick Cave fez uma live no Alexandra Palace, em Londres. Somente acompanhado de seu vozeirão e seu piano, Cave transmitiu a classuda apresentação em live paga que agora virou CD. O clima intimista e de solidão fazem a cama para as 22 faixas que preenchem o setlist lembrando a fase Grinderman, dos Bad Seeds e faixas de seu trabalho mais recente. Obra de arte! Joan Jett & The Blackhearts – Playin’ With Fire (Live In Long Island, NY ’81) Em 1981, Joan estava voando baixo ao lado de seus Blackhearts, divulgando o excelente Bad Reputation. Aqui temos o registro de um show transmitido via rádio e lançado via bootleg diversas vezes nos últimos 30 anos. O setlist de 21 músicas é divertido, tem as faixas do disco da época e covers, tocado por uma banda afiadíssima, em seu melhor momento comercial e criativo. Excelente!
Bombando no Foninho #23 – Os hermanos Baby Scream, Attaque 77 e Boom Boom Kid
