E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante apresenta “Bruce Willis”

Bruce Willis é a nova música da banda instrumental E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante. O quarteto paulista, que comemora dez anos de seu primeiro lançamento, esteve em estúdio nos últimos meses finalizando seu próximo trabalho, o EP Linguagem. Após o hiato causado pela pandemia, a banda volta a ativa e, pela primeira vez, assina a produção de todas as faixas. Em um longo processo, onde a preocupação foi apenas cumprir com as próprias expectativas, o grupo tomou seu tempo para criar novos caminhos sonoros e amadurecê-los. Produzindo com muito diálogo entre os membros e explorando novas ideias, a banda trabalhou as músicas entre ensaios na capital e também em retiros no interior do estado. “Foi o processo mais longo e compartilhado que tivemos para produzir quatro músicas. Não havia mais a pressa de lançar um disco ou de estar constantemente fazendo shows, e isso permitiu olhar para as músicas de maneiras que nem sempre foi possível.”, complementa Luden Viana. As baterias foram gravadas no Estúdio Sítio Romã, do guitarrista Lucas Theodoro, que fez a engenharia da gravação juntamente de Rafael Carvalho (Audio Fusion Bureau). Já em São Paulo, o produtor dos últimos trabalhos e companheiro de longa data, Gabriel Arbex, foi responsável pelas gravações das guitarras, baixos e sintetizadores no Estúdio Costella. Arbex, além de contribuir na faixa introdutória do EP, também mixou Linguagem, que foi masterizado por Fernando Sanches no Estúdio El Rocha.
Crítica | Meia-Noite no Swithgrass

Engenharia do Cinema Após o diagnóstico de Afasia do ator Bruce Wilis, algumas de suas últimas produções começaram a chamar a minha atenção nas plataformas de streaming. Ciente que seriam filmes onde ele possui apenas personagens breves, que sempre aparecem em tomadas aleatórias, “Meia-Noite no Swithgrass” é praticamente um dos títulos que se enquadram neste padrão. A história gira em torno da policial Rebecca (Megan Fox) e do agente do FBI Karl (Bruce Willis), que são parceiros de longa data e se deparam com um caso de homicídio misterioso para ser investigado. Simultaneamente, eles contam com o apoio do investigador Byron (Emile Hirsch), que tem de enfrentar dilemas pessoais para continuar no caso. Imagem: EFO Films (Divulgação) Certamente este foi um dos casos onde o roteiro foi totalmente alterado para se enquadrar ao problema de Willis. A começar que o arco de Hirsch parece que foi incluído depois do desenvolvimento da trama (porque realmente não consegue casar com o timing, mas não por culpa dele), devido ao fato do veterano não poder estar presente na maioria das cenas. Curiosamente, algumas cenas são perceptíveis que ele estava com uma escuta para replicar as falas (já que o enquadramento sempre o pegava apenas de um lado, na maioria das vezes, como na cena acima). Mas, esta não é uma crítica que vai girar em torno apenas de Willis, pois há várias outras coisas interessantes para serem comentadas. Como o fato de Megan Fox ter conseguido mostrar que nesta nova fase da carreira, está realmente dedicada a se tornar uma nova atriz do gênero de ação e aqui não muda isso (já que ela luta, atira e paga de durona). Só que ela se prejudica totalmente aqui, por conta do fraco e previsível roteiro de Alan Horsnail. “Meia-Noite no Swithgrass” termina sendo um esquecível filme B, que realmente só se garante pelas presenças de Bruce Willis e Megan Fox no poster.