Caio navega entre ceticismo e fé no single Olho Mágico
Essa eterna busca por respostas que nos acompanha ao longo da vida foi o que inspirou o cantor e compositor Caio a incluir a música Olho Mágico em seu álbum Passageiro. Seu segundo single da nova era chegou às plataformas digitais e promete uma viagem psicodélica por questões como misticismo, fé e descrença. A versão original de Olho Mágico cruzou o caminho do artista em 2012 por meio de uma amiga e, imediatamente, Caio sentiu vontade de tê-la no repertório de um futuro trabalho seu. “Em cada detalhe há um propósito de se viver, por mais amedrontadora que a situação pareça. Então, se você abrir seu Olho Mágico, você pode sair de uma posição interna de vítima e compreender que a vida flui como deve fluir. As coisas são muito maiores do que nossa existência. Enquanto estivermos nesse plano, nesse corpo, vale lembrar que a vida é como é. Se aceitarmos isso, a gente gasta menos energia buscando desculpas e vive o que está ao nosso alcance, nos auto acolhendo e tendo mais tolerância com os demais. A beleza está em tudo. Basta pararmos e de fato enxergarmos.” Caio afirma que, assim como na canção, experimentou a oscilação entre estar entregue a uma crença e refutar tudo em que se acredita, e que esse é um dos caminhos naturais que percorremos no anseio de dar um sentido à vida. Em Olho Mágico, encontrou uma forma de expressar todas essas dúvidas e reflexões através da arte. O cantor trabalhou em parceria com Nave na produção do single e mergulhou na ideia de dar vida a um Samba Mântrico, inspirado pela aura psicodélica dos anos 70 como em Vou danado pra Catende de Alceu Valença. Também flertou com um clima etéreo na sua versão da música de Luiz Clímaco e Ary Rosa. Para isso, teve a ajuda de Helder Araújo, multi instrumentista de música indiana que deu um toque especial gravando a cítara que abre a melodia, além de flautas e diversos instrumentos percussivos. A mistura com um beat de samba cria o clima de brasilidade idealizado por Caio. Gita, de Raul Seixas, foi uma grande inspiração na hora de criar a linguagem do clipe. “O Olho de Hórus, que simboliza essa onisciência do universo, também é usado como elemento. O chapéu de palha de mago, fazendo alusão a um alquimista de si mesmo, é um signo que fez muito sentido explorarmos na narrativa também. E o roxo, cor associada à espiritualidade, permanece presente em toda construção dessa era.”