Crítica | Churches Without Saints – Desaster

Os alemães do Desaster não são conhecidos exatamente por lançarem material a todo momento. Em seus trinta anos de estrada, Church Without Saints é apenas o seu nono álbum de estúdio, que vem suceder o ótimo The Oath Of An Iron Ritual (2016). Sendo o vocalista e guitarrista Infernal seu único membro original, o grupo permanece fiel às suas raízes, para a alegria dos seguidores. Para quem não conhece, o Desaster executa um blackned thrash metal totalmente oitentista, sem a menor intenção de inovar ou inventar um estilo novo. O que ouvimos em Churches Without Saints em nada difere dos oito álbuns anteriores. E está bom assim! Vocais guturais (porém totalmente inteligíveis), guitarras que cospem riffs que vão do thrash metal à Destruction e ao black metal à Mayhem e uma cozinha correta, que não abusa das firulas, porém totalmente eficaz. O já citado Destruction com certeza exerce influência aqui, assim como Kreator, Slayer (antigo), Aura Noir e até uma ou outra coisa de Judas Priest. Junta tudo isso num caldeirão e temos faixas realmente convincentes como Learn to love The Void, Exile is Imninent, Hellputa, Primordial Obscurity e Endless Awakening. A velocidade e a violência do thrash metal fundem-se ao obscuro clima do black metal, formando a receita perfeita para o banger sedento por podreira que, é certo, tem o Desaster em sua playlist infernal. Ouça! Churches Without SaintsAno de Lançamento: 2021Gravadora: Metal Blade RecordsGênero: Black/Thrash Metal Faixas:1-The Grace of Sin (intro)2-Learn To Love The Void3-Failing Trinity4-Exile Is Imninent5-Churches Without Saints6-Hellputa7-Sadistic Salvation8-Armed Architects of Anihhilation9-Primordial Obscurity10-Endless Awakening11-Aus Asche (outro)