Conheça JP Bigg: rapper de Praia Grande que retrata suas vivências nas músicas

João Paulo B. da Silva, 30, mais conhecido como JP Bigg, é um rapper criado nos “3S” Sítio São Sebastião, em Praia Grande. Ele gravou sua primeira música em 2015, mas já rabiscava uns versos no caderno um tempo antes, sempre imaginando que escutava sua música em um carro. Mas ele não tinha coragem de gravar, pois achava que as composições nunca estavam boas. Foi só com o incentivo de sua então namorada, e hoje esposa, que tomou essa coragem. Essa primeira música lançada se chama Cortina de Fumaça e teve a colaboração do rapper de Itanhaém Petutino. “Aquilo pra mim foi mágico, só reforçou o amor que eu já sentia pela música. Sou muito grato ao Rap por isso”, afirma. Neste ano, Bigg lançou a mixtape Mafia Caiçara, que já atingiu 10 mil visualizações “na raça”, como ele mesmo diz. Bigg ainda lançou o EP Linhas de Um Caderno (2017), o álbum Oásis (2018) e Empresa Viva (2019), além de singles e parcerias. O artista Bigg em suas produções preza pela musicalidade, variação no flow e uma letra que o representa. “Busco sempre passar minhas vivências, não consigo ser diferente disso. Não consigo cantar algo que não seja real da minha vivência ou história, independente da vertente que eu esteja compondo”. JP BIGG Ele afirma que não levanta nenhuma bandeira no rap, mas como suas vivências estão sempre presentes nas letras, acaba abordando a questão de ser negro e pobre, o racismo, a desigualdade social, dentre outros. Momento marcante Um dos momentos mais marcantes da carreira do artista foi quando participou do show do grupo de rap Ao Cubo, em Guarujá, em 2016. Ele ainda colaborou na criação artística na capa do disco Fôlego do grupo, lançado no mesmo ano. É que além de rapper, Bigg é cartunista. No início dos anos 200 ele expos suas artes para o público e ganhou certa notoriedade na cidade pelos cartoons que fez de artistas e celebridades. “Grafitei muitos bonés em intervenções culturais e casa de show pela Baixada Santista e São Paulo. Nesse ano completa 20 aninhos que exponho minha arte nas ruas, lógico que de 2015 pra cá priorizei minha música, mas nunca deixei de rabiscar”. Bigg também ressalta a parceria que ele fez com o Seu Coxinha, de Praia Grande, que rendeu o combo Big. “Isso aconteceu esse ano, foi além do rap”. Máfia Caiçara JP Bigg também fundou a marca Máfia Caiçara em 2015, que ganhou uma certa notoriedade e acabou virando um coletivo. “Em 2016 tirei do papel a ideia da selo independente Máfia Caiçara Records, época em que eu tinha um homer estudio. Muita coisa rolou de lá pra cá, acredito que consegui dar minha parcela para o movimento da cena do rap aqui na cidade, mas em meio aos problemas pessoais no qual passei tive que reorganizar ‘a casa’ “. Atualmente, a Máfia Caiçara é um coletivo formado por oito membros. Bigg tem planos de futuramente voltar com a marca de roupa Máfia Caiçara Clothes e com o selo Máfia Caiçara Records. Próximos trabalhos O lançamento mais recente de Bigg foi o single Bagunceira, um funk com a produção do Dj Rodjhay. E ele afirma que vários lançamentos estão por vir, em especial um trap que gravou com o Dj Ramos. “Já estou agilizando a gravação do videoclipe para Setembro, vocês vão curtir”. O trabalho do JP Bigg pode ser acompanhado pelo Youtube, Spotify, Instagram, Facebook.
Natalie Imbruglia revela terceiro single do novo álbum; ouça On My Way

A cantora Natalie Imbruglia revelou mais um single do seu próximo álbum, Firebird, que será lançado em 24 de setembro. A bola da vez é On My Way. Continuando com uma trilha sonora perfeita para este inverno, a chiclete e alegre On My Way foi escrita com o colaborador regular EG White, com quem ela escreveu o hit de 2005, Shiver, de seu terceiro álbum, Counting Down the Days. “On My Way é tão fácil que posso me imaginar ouvindo no carro com a janela aberta”, diz Natalie sobre a música. Anteriormente, dando início ao projeto, a artista disponibilizou o single Build It Better. Em resumo, se trata de um single atemporal e que te faz sentir bem. Natalie participou na composição e na produção da faixa. Aliás, a faixa veio acompanhada de um videoclipe eletrizante, que mostra com bastante cor e beleza a temática da canção. Ademais, Natalie falou sobre a faixa. “Rendendo-se ao caos e vendo o que há do outro lado é uma ótima lição de vida. Deixar algo desmoronar e ficar bem com isso é algo que eu tive que fazer na minha vida, e várias vezes”. Por fim, outra faixa que também estará presente no novo disco de Natalie Imbruglia é Maybe It’s Great. Você pode ouvir as três no player acima.
Stratego, segundo som do novo álbum do Iron Maiden, está entre nós

Stratego, a segunda faixa do álbum Senjutsu, 17º de estúdio do Iron Maiden, enfim, chegou às plataformas digitais. O disco completo será lançado em 3 de setembro. Faixa dez do álbum que soma 82 minutos, Stratego foi escrita pelo guitarrista Janick Gers e pelo baixista Steve Harriss. Gravada no Guillaume Tell Studios, a música foi produzida por Kevin “Caveman” Shirley e co-produzida por Steve Harris. Senjutsu é o primeiro registro de estúdio da banda em seis anos. Gravado em Paris, seu anúncio de estreia aconteceu com o lançamento do clipe de animação de seu primeiro single, The Writing On The Wall, em julho. Para Senjutsu – numa tradução simplificada, algo como técnicas sábias – a banda mais uma vez alistou os serviços de Mark Wilkinson para criar o espetacular Samurai, mote da arte da capa, baseado na ideia de Steve Harris. Como seu álbum anterior The Book Of Souls, Senjutsu será um CD duplo/vinil triplo. Steve Harris justificou a escolha pelo Guillaume Tell Studio, na França, por considerar que é um lugar que tem uma vibração muito descontraída. “As instalações ali são perfeitas para as nossas necessidades; a construção já foi um cinema e tem um pé direito super alto, então tem uma ótima acústica. Nós gravamos esse álbum da mesma forma que fizemos em The Book Of Souls, no qual nós escrevíamos uma canção, a ensaiávamos e então a escrevíamos exatamente do jeito que fizemos, enquanto estava fresca em nossas mentes”. Bruce Dickinson está animado com Stratego Aliás, o cantor e líder da banda, Bruce Dickinson, completou a linha de raciocínio de Steve Harris, relembrando o processo de gravação. “Nós todos estamos realmente muito empolgados com esse álbum. Nós o gravamos no início de 2019, durante uma pausa na turnê Legacy, então nós pudemos maximizar nossa turnê, porque ainda tínhamos um grande período para a preparação de arte para a capa e de vídeos especiais. Claro que a pandemia postergou mais as coisas – mais até do que planejamos – ou seriam essas estratégias?”.
Rolling Stones anuncia pacotão completo para os 40 anos de Tattoo You

O Rolling Stones anunciou hoje o lançamento, via Universal Music, de Tattoo You (40th Anniversary Edition), uma edição deluxe expandida do álbum Tattoo You, em celebração ao seu 40º aniversário. O recém-remasterizado álbum, que será lançado em 22 de outubro, será acompanhado por nada menos que nove faixas inéditas da época. A primeira delas, o irresistível rock Living In The Heart Of Love, já está disponível em todos os serviços digitais. O anúncio de hoje chega 40 anos depois que o célebre álbum foi lançado, em 24 de agosto de 1981, enquanto as lendas do rock’n’roll se preparam para voltar à estrada com 13 novas datas na turnê No Filter nos Estados Unidos. A nova turnê começa dia 26 de setembro, em St. Louis, e se estende até novembro. A expectativa para a nova edição de Tattoo You será alta entre os devotos dos Stones e de seus novos admiradores. A remasterização do 40º aniversário do álbum original de 11 faixas inclui favoritas como Hang Fire, Waiting On A Friend (mostrando o gigante do saxofone de jazz Sonny Rollins) e, claro, a faixa de abertura Start Me Up, que tem sido uma assinatura da banda desde então. Mais novidades com Tattoo You Os formatos deluxe também incluirão Lost & Found: Rarities e Still Life: Wembley Stadium 1982. O disco Lost & Found, assim como Tattoo You, contém nove músicas do período do lançamento original do álbum, recentemente completadas e aprimoradas com vocais adicionais e guitarras da banda. Entre estas, Living In The Heart Of Love, um exercício aprimorado de rock dos Stones com todo o grupo em sua melhor forma, solos improvisados de guitarra e detalhes refinados de piano. Outros destaques de Lost & Found incluem uma versão impressionante de Shame, Shame, Shame, gravada pela primeira vez em 1963 por um dos heróis do blues da banda, Jimmy Reed; sua leitura de Drift Away, originalmente interpretada pela pérola do soul Dobie Gray; e uma fascinante versão com tons de reggae de Start Me Up. Still Life: Wembley Stadium 1982 é uma lembrança imperdível do show da banda em Londres, em junho daquele ano, na turnê Tattoo You. O poderoso conjunto de 26 faixas está repleto de mega-hits do Stones, incluindo a abertura, com Under My Thumb, e as grandes de todos os tempos, como Let’s Spend The Night Together, Honky Tonk Women e Brown Sugar. O show de Wembley tem covers de Just My Imagination, dos Temptations; Twenty Flight Rock, de Eddie Cochran; Going To A Go Go, do The Miracles; e o rock’n’roll Chantilly Lace, de Big Bopper. Também apresenta testes antecipados ao vivo para as faixas do então novo Tattoo You, como Start Me Up, Neighbours, Little T&A e Hang Fire. Tattoo You (40th Anniversary Edition), via Universal Music, segue a reedição em 2020 do marco histórico de 1973 dos Stones, Goats Head Soup, que levou o álbum de volta ao Nº 1 no Reino Unido. Notavelmente, esta marcou a segunda vez que seu catálogo inigualável chegou ao topo da parada no Reino Unido duas vezes, após a edição deluxe de 2010 de seu álbum Exile On Main St., de 1972. No primeiro lançamento, Tattoo You, produzido pelos Glimmer Twins com o produtor associado Chris Kimsey, liderou as paradas nos Estados Unidos (onde foi quatro vezes platina), Canadá, Austrália e em grande parte da Europa, recebendo Certificados de Ouro e Platina em todo o mundo.
Crítica | Ninho de Rato – Surra

E o Surra, trio mais veloz da Baixada Santista, retorna com seu novo EP, Ninho de Rato, justamente quando já estávamos sentindo falta do furioso crossover que o grupo despeja sem dó em nossos ouvidos. Leeo Mesquita (voz, guitarra), Victor Miranda (bateria) e Guilherme Elias (baixo, voz) formam essa verdadeira máquina de destruição. Se você curtiu os ótimos Tamo na Merda (2016), Escorrendo Pelo Ralo (2019) e Ainda Somos Culpados (2018), Ninho de Rato é audição obrigatória. A tradição de sons curtos e diretos se faz presente mais uma vez aqui, e o EP espreme 12 músicas em apenas nove minutos de duração. Parece pouco, mas para adeptos de um bom crossover thrash é um verdadeiro paraíso. Também pudemos notar que o material do Surra recebeu um interessante toque grindcore, lembrando um pouco os também brasileiros do Facada e lendas como Cripple Bastards. Isso posto, é acionar play e se preparar para verdadeiras usinas atômicas como No Lixo, Motor da História, Caso Perdido, Trabalhe Até Morre, Roendo o Osso e o fantástico cover para Hang The Pope, do Nuclear Assault, que são números mais do que suficientes para entendermos a estética do Surra. E se na parte instrumental temos essa explosão de adrenalina, é impossível não mencionar o conteúdo lírico aqui presente, que traz inúmeras análises sociais e políticas, colocando luz na mente do ouvinte e o fazendo pensar por alguns minutos, como dizia o velho Napalm Death. Ouça agora! Ninho de RatoAno de Lançamento: 2021Gravadora: IndependenteGênero: Crossover/Thrash Metal/Grindcore Faixas:1 – No Lixo2 – Motor da História3 – Guerra Suja, Bolso Cheio4 – Acreditam em Tudo5 – Ninho de Rato6 – Hang The Pope (Nuclear Assault)7 – Caso Perdido8 – Trabalhe Até Morrer9 – Roendo o Osso10 – Brasileiro, Otário e Triste11 – Ódio S/A12 – Convivência (Cruel Face)
Johnny Monster e Bianca Jhordão, do Leela, se juntam em “Pra Lembrar de Você”

Dando continuidade aos lançamentos que antecedem seu novo disco, Futuro Perplexo, Johnny Monster convida a vocalista e guitarrista da banda Leela, Bianca Jhordão, para dançar com ele e com o mundo no single Pra Lembrar de Você, que chegou nesta quinta (19), via ForMusic Records. O clipe da canção, dirigido por Eduardo Menin, será lançado em breve. Com referências ao som contagiante dos anos 1980, a faixa traz como inspirações sonoridades de bandas como Blondie, Human League, ABBA, e trazendo para os dias de hoje, nomes como Future Islands e The Big Moon. A dupla, amigos e companheiros de música desde os anos 1990, quando já estavam nos palcos com suas respectivas bandas Rip Monsters, de Johnny, e Polux, de Bianca Jhordão, cantam sobre o amor e a liberdade, numa canção leve, divertida e contagiante. Sobre o lançamento do próximo projeto, Johnny promete compartilhar com o público o álbum mais diversificado de sua carreira até agora, mostrando sua versatilidade e convidando colaborações de peso para ajudá-lo nesta jornada. “Teremos o ator Eriberto Leão cantando comigo em uma faixa sobre discos voadores. Além disso, tem grandes músicos envolvidos no projeto e alguns parceiros na autoria de algumas canções.” Com a experiência de uma carreira consolidada, mas atento para discussões e ritmos dos dias de hoje, Johnny Monster inicia um novo momento de sua carreira celebrando o passado, mas retratando o presente com maestria e de maneira inédita.
Em Londres, Yungblud celebra retomada dos shows com público

Creio que antes de falarmos sobre o Yungblud, devo exaltar que os shows estão voltando a acontecer em Londres. Aliás, isso nos dá uma grande motivação e alegria, pois aos poucos estamos conseguindo virar essa página. Bem, foi quase um ano e meio sem atividades musicais por aqui, diversos cancelamentos, alterações de datas, prejuízos, trabalhos perdidos e uma série de coisas nesse tempo. Gradativamente, as coisas estão se encaminhando para a normalidade. Porém, algumas regras são claras e básicas a serem seguidas. A principal delas é a vacina: se foi vacinado, entra no show. Caso contrário, vai ficar de fora. Bem, com quatro noites de sold out no O2 Forum Kentish Town, em Londres, ficou muito fácil de entender todo o buzz em cima do Yungblud. Dominic Richard Harrison, nome de batismo desse britânico de 24 anos, é um artista com uma abordagem muito peculiar. Ele mescla diversas referências e isso o torna muito especial. Em resumo, sua música passeia entre o rock, levadas de ska, pitadas de hip hop, tudo isso somado com um visual forte, além de um carisma único. Com uma produção impecável, fãs levados na palma da mão, além de hit atrás de hit, ficou fácil entender a popularidade e o sucesso por trás da persona Yungblud. Sinergia perfeita de Yungblud com os fãs A interação entre o artista e o público é linda, emocionante. Em diversos momentos fica nítida a felicidade de Yungblud em estar em cima do palco, com os refrões cantados a todo pulmão pela plateia inúmeras vezes. Aliás, os músicos esboçavam sorrisos e olhares felizes entre eles. Com uma fanbase jovem, o discurso é super forte por parte do frontman. Temas como racismo e sexismo são abordados nos intervalos das músicas. Contudo, todos os elementos do show promovem uma linda estética, deixando diversas atmosferas diferentes em um único espaço. Como já falado anteriormente, os hits estavam lá: I Love You, Will You Marry Me, Anarchist, Weird!, além também da inclusão de um single novo, Fleabag. Por fim, um releitura de I Think I’m Okay, de Machine Gun Kelly. Enfim, um grande show de um artista de uma expressão artística enorme, uma cara nova em um período onde é necessário a reciclagem.
Entrevista | Val Santos – “O heavy metal nunca saiu de mim”

Recentemente, o guitarrista e produtor Val Santos lançou o primeiro álbum solo da carreira. Conhecido pelo trabalho de anos dentro do Viper, Vodu e Volkana, ele diz que o disco 1986 foi feito especialmente para traduzir o amor pelo heavy metal. Claro, de maneira muito pessoal e com parcerias especiais. O projeto é mais do que uma homenagem para a década que firmou os maiores artistas do gênero. Metallica, Megadeth e Iron Maiden foram inspirações para as letras e melodias datadas. Uma verdadeira viagem no tempo para os apaixonados que vivenciaram esse período de revolução musical, mas um meio também de conquistar os mais jovens que acabaram de entrar neste universo. Projeto antigo Todo o processo de criação começou há nove anos, quando o músico baiano passou a compor músicas de heavy metal e decidiu guardar em seu portfólio de canções. O guitarrista é o principal compositor da banda de rock alternativo Toyshop, mas confessa que sentia falta do estilo histórico que o conquistou ainda na adolescência. “Crio para minha banda também que é mais pop punk e pop rock. Mas o heavy metal nunca saiu de mim, foi onde comecei. De lá para cá fiquei compondo e guardando. Foi em 2015 então que pensei em fazer um disco com essas músicas. Fui separando as que achava mais legais e notei uma cara dos anos 1980. Aí veio a ideia de fazer uma homenagem, já que foi onde comecei”. Neste longo processo de composição, 20 músicas foram concebidas, mas ao final apenas dez foram para o disco. Três delas, releituras de criações antigas do disco All My Life, do Viper, lançado em 2007. Cross the Line, Miracle e Dreamer foram repaginadas e regravadas, ganhando acordes ainda mais trabalhados. O álbum ainda conta com o cover Allied Forces da banda canadense Triumph, que fez parte da juventude do músico. Homenagem aos anos 1980 Por curiosidade, a ideia do nome do disco foi uma sugestão do amigo de longa data Felipe Machado, guitarrista e fundador da Viper, onde Val começou como baterista na década de 1980. E não era para menos, 1986 foi um ano icônico para a música e também para a carreira de Val. Discos como Master of Puppets, do Metallica, Reign in Blood, do Slayer, Somewhere in Time, do Iron Maiden, e Peace Sells… but Who’s Buying, do Megadeth, foram lançados neste ano. Além disso, foi a data em que Cliff Burton, baixista do Metallica, faleceu em um acidente durante uma turnê da banda na Europa, fato que marcou a adolescência de Val. 365 dias de altos e baixos para o heavy metal, mas a principal lembrança para o músico foi o ponta pé com a primeira música composta por ele, cheia de significados e finalizando o álbum de maneira épica. “Eu tinha 16 anos na época, quando compus a Warriors of Metals, canção que fecha esse disco. É claro que eu dei uma repaginada, me baseando em uma música do Helloween, Walls of Jericho. Se você pegar ela tem certa semelhança. Com tanta coisa, tinha tudo a ver colocar 1986 no nome do disco. O Felipe sacou muito bem essa ideia”, comenta. Álbum dos sonhos de Val Santos Apesar de o disco ser todo inspirado na década do heavy metal e em um ano tão especial quanto 1986, o álbum ainda conta com um estilo diferenciado, mesclando trash metal e hard rock também. Por isso, o guitarrista tomou cuidado ao escolher quem participaria. Cada música pedia uma atmosfera diferente e assim, colaborações distintas de quem conhece cada melodia. No single de abertura Fire, Val convidou Yohan Kisser para o segundo solo da faixa. Inspirada no som pesado de Battery, do Metallica, o guitarrista da banda Sioux 66 não poderia ter ficado de fora e entregou um resultado excepcional junto do músico Alexandre Grunheidt, da Ancestral, aprimorando a agressividade do vocal. Felipe Machado também não deixaria de participar, já que tem uma amizade forte com o guitarrista desde 1984, em uma longa trajetória musical compartilhada. Ele aparece em Dead Words, uma das músicas mais pesadas do projeto, ao lado de Leandro Caçoilo, vocalista do Viper. E um convite especial que não chegou a ser realizado foi à parceria com André Matos, amigo de infância de Val. O músico participaria da música Miracle, mas faleceu em 2019 devido a um infarto agudo do miocárdio. Como homenagem, o guitarrista chamou Bruno Sutter, vocalista da banda Massacration, que era um grande fã de André. Convidados especiais Nomes como Fabiano Carelli, guitarrista da Capital Inicial, e Marcos Kleine, do Ultraje a Rigor, estão no disco. Além disso, Rob Gutierrez, do Hollowmind, Pompeu, da Korzus, o guitarrista Thiago Oliveira, o vocalista Brunno Mariante, Marcos Naza, da Skyscraper, o baterista da Vodu, Sérgio Facci, o músico e produtor de Santos, Rodrigo Alves, o baixista Rodrigo Ferrari e vocalista Mauro Coelho, também deixaram uma marca registrada no projeto, contribuindo para o resultado final tão esperado por Val. “Por causa deles esse disco ficou muito bom. Cada um ia me mandando suas partes pela internet e eu ficava ‘cara, olha esse solo’ ou ‘olha como esse cara cantou’, então as músicas iam ganhando mais vida com a participação de cada um. Fiquei feliz da vida. Foi o disco dos sonhos para mim”, revela o músico. Paixão por filmes e universo geek Tanta emoção na produção, criação e concepção do álbum de uma vida, que Val não deixaria de colocar a mão na massa até nos mínimos detalhes. Das composições aos convites, o músico revela que teve o prazer de idealizar tudo, dentro e fora do disco. E o principal, inspirado por um filme de 1983. Novamente, a década que o marcou. “A capa foi feita por mim. Sabe Scarface? Tem o DVD assim. Preto, branco e com o vermelho representando sangue. Fiz me baseando nisso. O mais engraçado é que eu tenho amigos que são fotógrafos que fazem trabalhos excelentes e me criticaram por não estar tão boa. Eu sei disso, mas a intenção é que
Markão II afirma que Realidade Cruel lançará álbum “frenético”

Com previsão de lançamento para o começo de novembro, o novo álbum do Realidade Cruel terá entre 16 e 18 faixas e contará com os versos do mais novo membro do grupo, Markão II, que também é integrante de outro clássica grupo de rap, o aclamado DMN. Markão garante que A História Continua será um álbum frenético, já que todos os participantes do grupo seguem com muita sina e uma vontade enorme de produzir música como nunca tiveram antes. “Vem sendo muito gratificante fazer parte deste projeto, e como sempre fui muito ativo na música, estou conseguindo dar vazão para essa minha energia musical ao lado do DJ bola 8, do TM e da Tuca Lellis que são as almas do Realidade Cruel”, falou Markão. Clipes novos e convite Para aliviar a ansiedade dos fãs, o Realidade Cruel já revelou quatro singles que estarão presentes neste álbum através do lançamento de videoclipes. As quatro tracks apresentadas foram Produto Descartável, Filhos do Feminicídio, 4ª Divisão e Como Funciona. De acordo com Markão II, o clipe de A História Continua está em processo de edição e deverá ser revelado para todos antes do lançamento dos CDs físicos. A confecção do projeto está em andamento há cerca de um ano e com a chegada de Markão às atividades começaram a fluir com mais rapidez. “O Realidade Cruel abriu as portas para mim no momento certo já que o Elly (DMN) está produzindo vários artistas e o DJ Slick está com a hamburgueria dele. Sempre precisei estar envolvido diretamente com o rap. Então, este convite surgiu no momento perfeito e inesperado, em churrasco na casa do DJ Bola 8. Está sendo fantástico”, concluiu Markão. Carreira solo de Markão II Não satisfeito em fazer parte de dois dos principais grupos de rap do Brasil, Markão II ainda arruma tempo para se dedicar à carreira solo dele, além de alguns projetos sociais que possuem o viés de combate ao racismo e a igualdade racial. Com o propósito de fomentar a carreira solo, o rapper anunciou com exclusividade a nossa reportagem que irá lançar uma canção com um amigo e antigo membro do DMN, Xis. Segundo Markão, o canção já está masterizada e as gravações do conteúdo audiovisual também. “Aguardem que deve estar no ar, provavelmente, no mês de setembro ou começo de outubro essa track com participação do meu parceiro Xis. Antes de lançar o meu primeiro álbum solo, Prosperidade & Seguimento, já havia disponibilizado algumas outras músicas, sempre testando a minha capacidade e experiência de produzir, mixar e masterizar”, explicou o rapper.