Escombro traz peso e fúria no single Mundo Cão

Entrevista | Guilherme Schwab – “O artista é uma ponte, a função é muito importante”

O cantor e multi-instrumentista Guilherme Schwab tem um rosto conhecido. Quem acompanhou a primeira temporada do SuperStar, na Rede Globo, em 2014, certamente lembrará de Guilherme no grupo Suricato, um dos finalistas do programa. Mas a carreira solo do carioca é tão empolgante quanto. Antes mesmo do programa colocar luz em cima do Suricato, Guilherme já possuía uma carreira em andamento. Pangea, o primeiro álbum, quase não teve divulgação, justamente por conta da seleção pelo SuperStar. Agora, ele chega com o EP Tempo dos Sonhos, com cinco faixas. “Acabei divulgando pouco (Pangea). Fiz uma mini-turnê no Sul, em janeiro de 2104. Depois fiz shows em Portugal. Mas aí, logo na chegada aqui, já pintou o SuperStar. Enfim, aí por um combinado da banda, na época, todo mundo deu prioridade. Mas ainda penso em disponibilizar sim. Ele foi lançado só em formato físico. Pretendo colocar (no streaming), talvez, não um disco inteiro, mas acho que algumas faixas sim”, comenta o músico. Sol-te Vencedor do Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro, em 2015, pela gravação do disco Sol-te com a Suricato, Guilherme Schwab trouxe uma bagagem ainda maior para o novo EP. Além do Suricato, ele também acompanhou músicos de renome como Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Luan Santana, entre outros. “É muito bacana observar. Estar ali não tendo uma carga de responsabilidade tão grande, muito diferente do posicionamento do músico e do artista, né? Então, como músico, você não tem uma responsabilidade tão grande. Você acaba tendo um pouco mais de distanciamento também. Então, você consegue observar mais, você é colocado em situações com artistas muito grandes, encara grandes papéis, em palcos enormes. Isso tudo te dá experiência”, argumenta Guilherme. Pesquisa Musical Em Tempo dos Sonhos, o violão é a pedra fundamental da obra. Mas o que não falta é pesquisa musical. Guilherme é um pesquisador nato de música. É inquieto e busca sempre uma sonoridade inovadora para acompanhar sua veia comercial. “São coisas que já venho trazendo na minha sonoridade há muitos anos. Muitas pesquisas musicais minhas, com didgeridoo, viola caipira, guitarra, como meu instrumento principal. Como instrumento é à ela que recorro quando tenho alguma dúvida”. Mas em faixas como Vem, Hora e Lugar, Seu Pra Sempre, Vamo Embora Viver, além da versão de Tocando em Frente, Guilherme Schwab desfila uma infinidade de instrumentos como weissenborn (violão havaiano), o hang drum (percussão original da Suíça) e o didgeridoo (instrumento musical oriundo dos aborígenes australianos). “O processo de gravação foi muito cauteloso. O Juliano (Cortuah), que é o produtor do disco, teve grande mérito. Muito de ter chamado ele foi justamente para conduzir esse processo. Às vezes tocar muitos instrumentos te deixa um pouco sem direção, talvez. E a gente combinou isso. O fato de tocar não pode atrapalhar, tem que ser uma ferramenta para ser utilizada com sabedoria. Acho que ele tem um papel fundamental”. Uma das gratas surpresas do EP é a versão de Tocando em Frente, de Almir Sater e Renato Teixeira. “É uma música que fala comigo muito profundamente, acho que não só comigo, mas com muitas pessoas, né? Acho que ela é quase unanimidade, então quando fiz a versão, nem pensei muito. Acho sempre arriscado fazer versões assim, ainda mais um clássico como esse. A Bethânia gravou essa música. Considero Tocando em Frente um hino, quase uma oração”. Juntos Pela Vila Gilda Guilherme Schwab é uma das atrações do Juntos Pela Vila Gilda, ação social do Blog n’ Roll em parceria com o Instituto Arte no Dique, que reunirá mais de 120 artistas em prol do Dique da Vila Gilda. No dia 25 de julho, os artistas farão pequenas apresentações e pedirão doações para a compra de cestas básicas para os moradores da Vila Gilda. “Cada um de nós é um elo dessa corrente. Eu não tenho nem palavras para definir o que a gente vê nos jornais sobre pessoas ricas, que não precisam, mas recebem o auxílio, enquanto algumas pessoas que passam fome não estão conseguindo receber. O artista é uma ponte, a função é muito importante. Escolhemos Alagados, do Paralamas, que tem tudo a ver com o Dique da Vila Gilda, além de outra canção do disco, Vem, para que mais pessoas possam conhecer meu trabalho autoral”.
Conheça Os Texugos, grupo punk rock bubblegum formado na quarentena

O grupo Os Texugos, traz um punk rock bem interessante em suas canções. Em síntese, a banda trouxe cinco singles nos últimos dias. Todos eles já podem ser ouvidos nas plataformas digitais. Ademais, o conjunto é formado pelos amigos Diogo Clock (vocal e guitarra), Conra Hirt (baixo), Cezar Iensen (bateria) e Marcelo Vieira (guitarra). Todos eles vivem a experiência de montar uma nova banda à distância, já que estamos passando por uma pandemia. As cinco canções lançadas por eles integram o primeiro EP dos Texugos, intitulado Quarentena em Hill Valley, que será lançado em julho. Contudo, embora foquem na diversão, as faixas também abordam temas sensíveis. Vale muito a pena conferir!
Dall apresenta videoclipe da canção Sobre Viver; confira

A banda gaúcha Dall divulgou o clipe para a canção Sobre Viver. Em resumo, a faixa integra o novo EP da banda, Três Vidas, que será lançado em breve. “O clipe mostra uma protagonista feminina que vive uma vida amena, burguesa e good vibes, mas que ao mesmo tempo busca um sentido maior que isso tudo”, disse Rodolfo Deon, integrante do grupo. Vale lembrar que a banda vem consolidando sua sonoridade desde o lançamento de seu trabalho de estreia. Ademais, Três Vidas terá três canções, cada uma de um membro do conjunto. O EP será acompanhado de um trabalho audiovisual em forma de curta-metragem.
Day estreia EP novo e lança videoclipe de Jurei Que Não Ia Falar de Amor

Entrevista | Gustavito – “Estaremos cada vez mais fortes e conscientes”

Autoconhecimento, reflexão e acolhimento são os principais elementos do novo single de Gustavito. Composto em parceria com Luiz Gabriel Lopes e Chicó do Céu, Lembrete é uma carta entre amigos que promove esperança. Ao mesmo tempo a música faz uma imersão no passado e no futuro, tornando-se potente no momento em que atravessamos. Em resumo, o single foi gravado por Chico Neves no Estúdio 304 e conta com a participação dos músicos Rafael Martini (teclados), Paulim Sartori (baixo elétrico) e Yuri Vellasco (bateria). Ademais, Lembrete é composta por mixagem e a masterização de Rafael Dutra, do Estúdio Motor, que está localizado na região de Belo Horizonte (MG). Já o videoclipe foi gravado em São Paulo, com produção da Boralá e fotografia de Nadja Kouchi. Com uma pegada minimalista, o trabalho transmite leveza, tranquilidade e afeto. Completando dez anos de carreira, Gustavo Amaral, conhecido como Gustavito, estava em São Paulo para produzir o seu quinto álbum. No entanto, com a pandemia do novo coronavírus, o músico retornou a sua terra natal, Minas Gerais. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Gustavito fala sobre Lembrete, futuros projetos e mundo pós pandemia. Como foi o processo de composição de Lembrete? Ao todo, quanto tempo durou? Foi um processo bem interessante. A composição foi feita por três cabeças: eu, Luiz Gabriel Lopes e Chicó do Céu. Ela foi sendo criada por partes, durante alguns dias que passamos juntos. A cada vez íamos tendo novas ideias de letra e harmonia e a mensagem da letra foi se formando a medida em que ia sendo escrita, não foi algo pré-determinado. Sabíamos desde o início que era uma espécie de carta, mensagem direcionada a um amigo imaginário que poderia ser nós mesmos no futuro. Quanto ao clipe, da onde surgiu a inspiração? Como foi o processo criativo? Inicialmente nasceu da vontade de inaugurar um novo momento em minha carreira onde eu esteja me expressando mais através da linguagem audiovisual. Apesar de já ter quatro álbuns solo lançados, antes de Lembrete apenas duas faixas minhas tinham ganhado videoclipe. Quando conheci a fotógrafa Nadja Kouchi em São Paulo no início desse ano, conversamos sobre possibilidades de fazer um material onde eu expressasse a mensagem da letra através de gestos, expressões e alguns poucos objetos significativos. Em seguida, ela me apresentou pros meninos da Boralá Produtora e montamos o roteiro juntos. Como será o despertar para uma nova travessia? Acredito que o despertar virá da auto observação e da reflexão. Também do debate construtivo, da troca saudável de ideias onde se esteja aberto pra entender o lado do outro. O respeito a todas as formas de vida é a tônica para despertar uma relação mais harmônica com a natureza e entre as pessoas. A calma, a consciência de que estamos no mesmo barco, mas que cada um tem seu caminho, despertará uma vida sem tanta comparação e vaidade, sem tanto ódio e preconceito, onde cada um possa ser livre pra ser o que é. O despertar é aberto para o novo e tem a leveza da alegria inocente de uma criança, e ao mesmo tempo a sabedoria de uma anciã que não deixa esquecer o propósito e sabe que tudo o que ficou no passado tem seu valor e seu aprendizado. O despertar deve ser sobretudo para a valorização crescente da sensibilidade, da arte, do afeto e da comunhão. Estaremos cada vez mais fortes e conscientes. Em tempos de pandemia, como você tem se reinventado, enquanto artista? Tenho realizado apresentações virtuais no formato de lives, e também dado aulas de música online. Nesse momento estou em imersão criativa com a cantora e compositora Laura Catarina, junto a quem estou lançando o projeto SEIVA, que traz músicas que conectam com a natureza e a espiritualidade. Estamos gravando um material audiovisual e vamos lançar com um concerto ao vivo na internet no próximo mês. Acompanhem pelo Instagram @seivadaluz! Ao longo desses dez anos de carreira, quais foram as mudanças pelas quais você atravessou musicalmente? O que sempre me fascinou na MPB é a multiplicidade de estilos e ritmos e gêneros musicais que podem ser enquadrados dentro deste mesmo rótulo. Sou muito simpático a essa característica pela liberdade criativa que ela possibilita, e que eu trago desde o início em minhas composições e gravações. Certamente ocorre um amadurecimento durante todo esse tempo, tanto em relação à firmeza da performance ao vivo, mas também da consistência conceitual das canções. A forma de música que mais tem feito sentido para mim atualmente é aquela que conecta com o divino que há em tudo. Com isso me refiro a que em uma sociedade onde as pessoas estão desconectadas umas das outras, desconectadas do meio ambiente e desconectadas até de si mesmas, conectar com o Divino é reconectar com tudo isso. Nesse sentido, as letras de minhas canções tem se encaminhado para temáticas do sagrado e do autoconhecimento, com uma mensagem mais focada do que no início de minha carreira quando falava de assuntos mais dispersos. Quais são as suas inspirações musicais? Gilberto Gil, Milton Nascimento, Caetano, Elis Regina, Chico, Tom Jobim, Tom Zé e toda MPB clássica; Sergio Santos, Luisa Brina, Sergio Perere, Luiz Gabriel Lopes, Raphael Sales, Alexandre Andrés e tantos contemporâneos da minha geração e adjacências da música mineira; Bob Marley; Raul Seixas, Beatles, Punk Rock, Stravinsky, Bach, Debussy, Xangai, cantigas e ritmos da cultura popular brasileira, do carnaval da Bahia, da Umbanda, dos povos originários da Amazônia, dos xamãs andinos, capoeira, samba, forró; mantras orientais; sons da natureza etc, etc, etc. O que você pode adiantar sobre o seu quinto álbum, interrompido por conta da quarentena? Nesse momento não posso dizer muito, pois a efervescência artística de um aquariano está sempre em transformação (risos). O que posso dizer é que estou produzindo em situação bem diversa da que estaria sem a quarentena, mas que está sendo uma feliz experiência retomar a produção mais caseira e autônoma. Tenho feito experimentos e algum resultado ainda será lançado este ano, mas não posso dizer ainda se
Scalene divulga Fôlego, EP produzido inteiramente durante a quarentena

A banda Scalene divulgou nesta quinta-feira (18), o EP Fôlego. Em resumo, o trabalho conta com cinco faixas e foi criado quase que inteiro durante a quarentena. Ou seja, o projeto se relacionam bastante com as sensações que o grupo vem vivendo nos últimos meses. “Por mais que não estivesse previsto e seja fruto do período de distanciamento social, sinto que Fôlego é uma continuação bastante natural do Respiro“, declarou Gustavo Bertoni, vocalista do grupo. Ademais, vale lembrar que Respiro é o último disco em estúdio divulgado pelo conjunto. O álbum foi lançado em julho de 2019. As canções apresentadas no EP realmente se assemelham muito com toda a ideia por trás de seu antecessor. Destaque para a calma e agradável Caburé, responsável por abrir a obra.
Isolado: EP do santista Dre Vila traz identificação para quem enfrenta quarentena

O rapper Dre Vila, 25 anos, de Santos, lançou o EP Isolado no último dia 5. O trabalho tem cinco faixas que abordam diversos sentimentos que as pessoas podem sentir durante o isolamento social. Assim como os beats, as letras surgiram em três dias de produção durante a quarentena. Embora possa parecer um tempo curto, a qualidade do EP está muito boa e ele passa uma vibe de identificação. “A ideia de fazer o EP foi justamente por achar que nesse momento as pessoas estão consumindo mais arte. Por saber disso, como artista me senti na obrigação de produzir algo que as pessoas pudessem ouvir e se identificar com cada coisa dita nas músicas. Foi a vontade de tentar “confortar” as pessoas. E também faze-las entender que cada angústia, tristeza, saudade ou qualquer sentimento parecido é compartilhado outras pessoas e que de alguma forma ela não está sozinha”. Dre Vila Outra forma que Dre entende que o EP pode ajudar as pessoas é porque ele passa uma ideia de consolo. “A intenção é que todos nós cantemos juntos nesse momento para que outras pessoas entendam que tudo isso é só uma fase. E no futuro vamos nos lembrar que devemos valorizar ainda mais o mundo saudável e sem aquilo que nos roubou muito sentimento bom que foi essa doença, a covid-19, que continua nos assombrando dia após dia”. O produtor de todo o trabalho, Gilberto Júnior, compartilhou da ideia e produziu os beats do EP. “Por isso, cada sentimento que os instrumentais passam tem parte do sentimento dele também”. Após a produção dos beats e composição das letras, Dre e Gilberto partiram para o processo de gravação que durou quatro dias. O processo final foi a mixagem e masterização feito três semanas. Mais lançamentos Além do EP Isolado, Dre pretende lançar outro EP ainda esse ano intitulado Músicas pra ouvir na chuva. Ele também está em processo de gravação do álbum Quem não pode errar sou eu, que também deve sair esse ano. Começo de carreira Dre Vila, morador do bairro Saboó, começou no rap na sua adolescência. A princípio, gostava do rock e reggae e até teve bandas desses estilos. Entretanto, decidiu apostar no rap de forma séria em 2016. “Comecei a escrever de forma séria com objetivo de botar os trabalhos para frente. Mas também por entender que o país estava numa transição estranha de rappers brancos e de áreas nobres. Fiquei confuso sobre o rumo que o rap estava tomando no Brasil. Achava que se eu chegasse cantando as coisas que eu vivo e vejo seria visto como um “estranho”. Mas felizmente tive pessoas ao meu lado que me fizeram enxergar que o rap é minha casa, pelas minhas origens e pela cor da minha pele”, afirma. O rapper conta que uma época não se sentia maduro o suficiente para soltar os trabalhos. “Eu não queria errar como via essa leva de “rappers” burguês errando nas linhas. Então, em 2018 decidi finalmente soltar um som. Mas só em 2019 com a parceria de dois amigos de infância que é o produtor Brak, e o MC St Begod soltamos o álbum Cigarro, Chiclete & Pólvora. Eu iniciei meus caminhos em meio ao movimento e me sinto muito feliz de ter dado as caras ao lado desses caras que são mais do que significantes na minha vida e no meio artístico”.
White Lazy Boy: Melvins e Mudhoney se juntam em EP inédito

O Melvins e o Mudhoney tem muita coisa em comum. Em resumo, ambas foram criadas em Seattle e tiveram o baixista Matt Lukin como um de seus fundadores. Vale lembrar que o artista não participa de mais nenhuma das duas. Ademais, ambas também foram criadas na década de 80 e foram peças chave no famoso cenário grunge de Seattle. Mas qual o motivo de todas essas curiosidades? Os grupos se juntaram recentemente para gravar um EP. Intitulado White Lazy Boy, o trabalho traz quatro canções. Aliás, este não é um projeto dividido, é como se as bandas se tornassem uma só. Das quatro faixas, duas são inéditas, e dois covers – um do Black Flag e outro do Crazy Horse e Neil Young – complementam o EP. Lançamento Ao que tudo indica, o trabalho foi divulgado na semana passada, apenas em mídias físicas. Contudo, algumas pessoas que já compraram a obra decidiram liberar as faixas na internet.