Entrevista | Matuê – “Foi uma forma de homenagem ao Charlie Brown Jr”

No mês passado, o rapper cearense Matuê, de 27 anos, alcançou números impressionantes com o seu álbum de estreia, Máquina do Tempo, lançado pela Sony Music. No Spotify, o artista conseguiu emplacar as sete faixas do álbum no top 15 da plataforma. Foram 5 milhões de streams no álbum em 24 horas. E se isso tudo não bastasse, no YouTube ainda teve 31 milhões de views do seu álbum em três dias. O artista conta que a criação de um álbum cheio o intimidava bastante no início, ainda mais por ele querer fazer algo com um conceito todo amarrado. No entanto, a ideia avançou e já tem outros frutos por vir. “Há dez meses, notamos que tínhamos um apanhado de músicas que começaram a fazer sentido entre si. Com o passar do tempo, vimos que dava para criar uma história, e foi aí que surgiu a ideia dos elementos audiovisuais. Cada um dos vídeos é como se fosse trechos da história completa. Ainda vamos mostrar isso para o pessoal através do comic book. Falando sobre as teorias, a gente vê várias, e alguns detalhes estão certos, mas outros ainda estão errados. Vamos apresentar isso com nosso gibi em breve”. Matuê nos EUA Na pré-adolescência, muito antes de iniciar a carreira musical, Matuê viveu por três anos em Oakland, nos Estados Unidos. Lá, ele aprendeu o idioma e passou a vivenciar a cultura do hip hop como um todo. Posteriormente, passou a dar aulas de inglês, o que possibilitou investir em equipamentos para gravar o seu trabalho autoral. “Foi uma ferramenta que me ajudou a entrar no meu sonho de fazer música. Essa é a conexão entre os EUA e minha carreira”. Matuê, frequentemente, é comparado com o norte-americano Travis Scott, que seria headliner do último Lollapalooza Brasil. Mas isso não o incomoda, principalmente quando o assunto não é sonoridade. “Me inspiro bastante no trabalho do Travis. Acho bem completo. Ele consegue trabalhar a arte dele em várias frentes, não só na questão musical. Isso torna ele uma inspiração bem grande. Musicalmente, não vejo tantas similaridades entre nossos trabalhos. Em termos de sons, fazemos coisas bem diferentes. Mas, a forma como ele embala o produto dele e faz os lançamentos me inspiram bastante. Busco aprender com ele com essas coisas não convencionais e inesperadas”. Homenagem ao Charlie Brown Jr Para os fãs de Charlie Brown Jr, Matuê faz uma homenagem a Chorão na faixa-título do álbum. A canção traz um trecho de Como Tudo Deve Ser, um dos clássicos da banda. “Tenho uma história bem interessante com o Charlie Brown Jr, mais especificamente com o Chorão. Cheguei a conhecer ele em Fortaleza uma vez, com muita sorte. Eu estava andando de skate em uma pista que era muito famosa aqui, e ele me deu um ingresso para poder curtir o show do Charlie Brown. E isso me marcou demais, porque eu era e ainda sou muito fã da banda. Na verdade não foi um sample, mas uma regravação, foi uma forma de homenagem à banda”. Antes de lançar o álbum de estreia, Matuê preparou os fãs com uma série de ações nas ruas de São Paulo. Cartazes foram espalhados pela cidade e um grafite imenso foi preparado na lateral de um prédio na Capital. “O preparo do álbum foi quando a gente buscou fazer um trabalho legal de marketing, com a parede grafitada em São Paulo, e tudo mais”. Matuê conta que está empolgado para começar a fazer os shows de divulgação da Máquina do Tempo, mas respeitando todas as questões de saúde. “Falando de forma mais ampla, gostaria cada vez mais de ser uma força para solidificar o trap como gênero musical entre os mais fortes no Brasil. Quero que isso que a gente faz se torne cada vez mais protagonista na música brasileira. Acho que conseguimos um pouco com esse disco. Espero repetir o feito com mais impacto e mais conexão com quem curte”.

Wallows: ouça o EP Remote, com seis faixas inéditas

Seguindo os lançamentos dos singles Nobody Gets Me (Like You) e Virtual Aerobics, o Wallows divulgou o EP Remote. Em suma, o novo trabalho traz seis canções inéditas. “Remote é um projeto especial para nós. Nós terminamos ele sem nos vermos pessoalmente, mandando um para o outro mensagens de voz e passando horas conversando no FaceTime. Embora as letras do projeto não reflitam ou façam referência ao nosso tempo dentro de casa, as músicas não teriam acontecido do jeito que aconteceram se não fosse pela quarentena”, comentou a banda em nota à imprensa. A banda celebrou a estreia de Remote com algumas atividades, entre elas, um evento de audição à distância, via Zoom, e um bate-papo com os fãs que aconteceu nesta sexta (23). O grupo também performou no torneio Fall Guys da Gamers Vote’s Falloween, em apoio ao movimento “Vote Early Day”. Ademais, responderá perguntas dos fãs no Twitter, na segunda-feira (26) e AMA do Reddit na quinta-feira (29). Finalmente fechando a semana com uma sessão no TikTok Altrocktober e uma apresentação no evento Rolling Stone Fridays For Unity, na próxima sexta-feira (30).

Soul: nova produção da Pixar ganha data de estreia

A animação Soul, nova produção da Pixar, ganhou data e casa para sua estreia. Será dia 25 de dezembro, no Disney+. Nesta sexta-feira (23), o filme ganhou mais um trailer incrível. Em Soul, Joe Gardner é um professor de música do ensino médio que ganha a grande chance de sua vida, tocar no melhor clube de jazz da cidade. Mas um pequeno passo em falso o leva das ruas de Nova York para um lugar fantástico onde novas almas obtêm suas personalidades, peculiaridades e interesses, antes de irem para a Terra. Determinado a retornar à sua vida, Joe se une a uma alma precoce, chamada “22”, que nunca entendeu o apelo da experiência humana. No entanto, ao tentar desesperadamente mostrar para “22” o que há de bom em viver, Joe descobre respostas para perguntas importantes. Ademais, vale ressaltar que o Disney+ estreia no Brasil em 17 de novembro.

Emicida estreia documentário na Netflix em dezembro

A Netflix anunciou a produção do documentário AmarElo – É Tudo Pra Ontem, de Emicida, com animações, entrevistas e cenas de bastidores. Usando o show do rapper no Theatro Municipal em 2019 como espinha dorsal, o filme dirigido por Fred Ouro Preto explora a produção do projeto de estúdio AmarElo e, ao mesmo tempo, a história da cultura negra brasileira nos últimos 100 anos. Nele, estabelece-se um elo importante entre três momentos relevantes da história negra brasileira: a Semana de Arte Moderna de 1922; o ato de fundação do Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978, pela valorização da cultura e de direitos do povo negro; e o emblemático espetáculo de estreia de AmarElo, que aconteceu no mês da consciência negra, novembro, em 2019. “São quatro décadas que separam a nossa ascensão ao palco do Theatro Municipal do encontro das pessoas do MNU naquelas escadarias. Então subir ali e gritar ‘obrigado, MNU’ pro mundo é para que eles saibam que é da luta deles que nasce um sonhador como o Emicida”, diz o rapper. “Quando eu cheguei aqui, tudo era impossível, qualquer coisa que falávamos era tida como problemática e improvável de se realizar. Hoje, não é mais. E é dessa forma que quero que lembrem do meu nome no futuro, como alguém que sabia que o impossível era grande, mas não maior que si. O palco do Municipal abrigou alguns dos mais importantes movimentos da arte do planeta e acho que caminhamos para ser isso”, completa Emicida. O documentário, de 90 minutos, tem lançamento confirmado para o dia 8 de dezembro de 2020. A Netflix e Laboratório Fantasma ainda terão um segundo projeto, que será lançado em 2021.

Guilherme Heid reúne diversos artistas em Corpo Nós, seu disco de estreia

O guitarrista paulista Guilherme Heid apresentou recentemente o disco Corpo Nós, seu primeiro álbum em estúdio. O trabalho é muito especial por conta das inúmeras participações. Ademais, o artista colaborou em diversos discos consagrados nos últimos anos como Convoque seu Buda, Besta Fera, Bahia Fantastica, entre outros, todos assinados por ele na guitarra. Em resumo, Corpo Nós tem 17 faixas e ultrapassa uma hora de músico. Guilherme é o responsável também pela produção da obra. No trabalho, o músico tem a intenção de conquistar os ouvintes com o ritmo da guitarra, tão marcante em sua carreira até aqui.

Elogiado por Eddie Vedder, carioca Black Circle estreia com Mercury

Quando vejo uma banda cover deixar a homenagem de lado e apostar em um trabalho autoral de alto nível, a recepção não pode ser melhor. A carioca Black Circle ganhou notoriedade por tocar clássicos do Pearl Jam pelo Brasil todo. Agora, no entanto, investe pesado no álbum próprio, Mercury, o primeiro da carreira. São dez faixas que comprovam a qualidade dos integrantes, que já foram elogiados por Eddie Vedder, a esposa Jill e Mike McCready (guitarrista do Pearl Jam). “Vivemos um momento de experimentação. Fomos introduzindo música por música, temperando o show do tributo com as nossas composições. Fazíamos uma hora de Pearl Jam e, quando a plateia estava dentraço, tocávamos uma nossa. Nisso, percebemos que muitas pessoas desenvolveram um interesse genuíno pelos novos sons que mostrávamos”, rebobina o guitarrista Luiz Caetano. Black Circle na gringa Um pouco antes da pandemia, finalizar este disco virou a prioridade da banda. A nova realidade (que acomoda o virtual como nunca antes na história) fez com que eles gravassem as duas últimas faixas com cada músico de sua casa o que, de certa forma, abriu os horizontes. “Sempre pensávamos em direcionar o trabalho pra fora do Brasil, tanto que optamos por escrever em inglês. Durante a pandemia, nossa interação com fãs de outros países aumentou consideravelmente. Foi quando tivemos a certeza que a obra precisava ser universal”, conta o vocalista Lenny Prado. O álbum foi masterizado por Chris Hanszek, que já trabalhou com Soundgarden e Mudhoney e foi uma figura importante da cena grunge de Seattle dos anos 1980 e 1990. Dentre as autorais do Black Circle também há um cover de Love, reign o’er me, do The Who que, em 2008, ganhou uma releitura do Pearl Jam. “Decidimos fazer essa versão de um clássico de uma banda dos anos 1960 e 1970 porque também bebemos nessas fontes”, pontua Sérgio Filho. Aos fãs do tributo ao Pearl Jam, o Black Circle promete manter a homenagem nos shows. No entanto, as apresentações terão um plus do trabalho autoral dos cariocas. Que estreia incrível!

PWR/UP: Novo disco do AC/DC ganha data de lançamento

O próximo disco de estúdio do AC/DC, intitulado PWR/UP, ganhou finalmente uma data de estreia. Segundo a Blabbermouth, o álbum estreia no dia 13 de novembro. Ademais, essa não é a única novidade, o primeiro single do trabalho, Shot In The Dark, será apresentado nesta quarta-feira (7). Vale lembrar que alguns teasers da música já foram lançados. “Há muitos rumores sobre Malcolm estar tocando no álbum, e, bem, claro, isso não é verdade. Mas o que é verdade é o fato de que Angus e Malcolm fizeram riffs juntos durante toda a vida e realmente tiveram uma grande caixa deles”, disse o vocalista Brian Johnson, em entrevista recente à rádio Rock 100.5 Atlanta. Você pode conferir a entrevista inteira abaixo:

Free Guy – Assumindo o Controle ganha novo trailer

Free Guy – Assumindo o Controle teve o seu segundo trailer revelado nesta segunda-feira (5). A comédia de aventura, estrelada por Ryan Reynolds (Deadpool), tem Shawn Levy na direção (trilogia Uma Noite no Museu, Stranger Things).  Apresentando novas imagens o trailer mostra um pouco mais da história de Guy e seu mundo fora de controle. Free Guy é co-estrelada por Jodie Comer (Killing Eve), Lil Rel Howery (Corra), Taika Waititi (Vingadores: Ultimato), Joe Keery (Stranger Things) e Utkarsh Ambudkar (Mulan). O filme conta a história de um caixa de banco solitário que descobre que é, na verdade, o personagem secundário de um game chamado Free City. O longa tem previsão de estreia para dezembro de 2020.

Gangs of London ganha data de estreia na Starzplay

O drama policial Gangs of London ganhou data de estreia no Starzplay: 15 de novembro. Do diretor Gareth Evans e Matt Flanney, os cineastas visionários e premiados da franquia de filmes The Raid (Operação Invasão), Gangs of London investiga o submundo do crime moderno em Londres. A série foi recentemente renovada para a segunda temporada depois de impressionar o público com sua coreografia de luta visceral e sequências de ação notáveis, segundo a crítica. Por 20 anos, Finn Wallace (Colm Meaney) foi o criminoso mais poderoso de Londres. Bilhões de libras fluíam por sua organização a cada ano. Mas agora ele está morto – e ninguém sabe quem mandou matá-lo. Com rivais por toda parte, cabe ao impulsivo Sean Wallace (Joe Cole) tomar o lugar de seu pai, com a ajuda da família Dumani chefiada por Ed Dumani (Lucian Msamati). Como se a situação já não fosse perigosa o suficiente, a ascensão de Sean ao poder causa repercussões no mundo do crime internacional. Talvez o único homem capaz de ajudá-lo e ser seu aliado seja Elliot Finch (Sope Dirsu), que tem um interesse misterioso na família Wallace. Mas quando o vento do destino sopra, Elliot se vê transportado para o funcionamento interno da maior organização criminosa de Londres. Gangs of London é estrelada por um talentoso elenco que inclui Joe Cole (Peaky Blinders), Sope Dìrísù (Black Mirror), Colm Meaney (Star Trek), entre outros.