Madball celebra 30 anos de Set It Off com show único em São Paulo

British Lion: Projeto solo de Steve Harris faz apresentação única em São Paulo

shame abre a roda e consolida relação com fãs em São Paulo

Matheus Degásperi Ojea No já longínquo ano de 2019, os londrinos da shame se apresentaram pela primeira vez no Brasil. Na época, eles vieram como parte do line-up do Balaclava Fest, festival organizado pelo selo independente de mesmo nome, e fizeram uma apresentação paralela, na extinta casa de shows Breve. Então com apenas um disco de estúdio lançado, a passagem da banda, principalmente o show na Breve, visto por algumas centenas de pessoas, rapidamente se tornou um dos eventos mais comentados daquele ano e serviu de carta de apresentação aos fãs brasileiros. No último fim de semana, uma pandemia e um disco novo depois, a missão da banda, tocando sozinha na Fabrique, era avançar a relação para o próximo nível, o que conseguiu com maestria em um show explosivo. Parte de uma nova leva de bandas de punk e de pós punk surgidas na esteira do Brexit e dos sucessivos fracassos da condução do partido conservador inglês na política do país, o quinteto, no palco, parece aquela banda que os seus amigos formaram no ensino médio, se ela tivesse dado certo. Os integrantes, todos na casa dos 20 anos, aparentam ter recém saído da adolescência. O vocalista, Charlie Steen (rs), é o grande foco das atenções desde o primeiro momento, tanto pela sua altura quanto pelo carisma. Com uma performance magnética, ele conduz a pista (muitas vezes de dentro dela), que se transforma em um grande mosh pit durante a cerca de uma hora e meia do show. Pode até ser uma cartilha seguida por grande parte dos frontmen do estilo, porém é sempre satisfatório ver ela executada à perfeição e, principalmente, de maneira honesta. O restante da banda (Sean Coyle-Smith e Eddie Green, nas guitarras, Josh Finerty, no baixo, e Charlie Forbes, na bateria), apesar de mais discreta, não fica atrás. Bem entrosados, não só pelos ensaios, mas também por uma agenda lotada de shows pelo mundo, a banda dá o clima da festa sem deixar tempo para o público respirar. Pelo meio da apresentação, estão todos igualmente suados, público e artistas. Vale destacar o português macarrônico de Charlie Steen. O vocalista demonstrou um pouco mais de domínio na língua do que a média dos artistas internacionais que tocam no país. No meio do show explicou: “minha namorada é brasileira”. Disco novo, turnê nova do shame A responsável por trazer a banda ao Brasil é, novamente, a Balaclava Records, que comemora 10 anos em 2022. A turnê que passa pelo país é a do segundo disco de estúdio da banda, o ótimo Drunk Tank Pink, lançado em 2021 e composto durante a fase mais grave da pandemia de Covid-19. Mais sombrio que o seu antecessor (Songs of Praise, de 2018), o disco novo demonstra uma evolução da banda, porém não perde a essência do som levado por baixo e guitarras do primeiro registro. O disco, não por acaso, carrega uma ansiedade latente em boa parte de suas letras. No show, as faixas dos dois discos estão bem equilibradas, como a abertura, com Dust on Trial, do primeiro, e Alphabet, do segundo, já demonstra logo de cara. Tudo é bem recebido pelo público, que canta junto e, na falta da letra decorada, demonstra a sua satisfação na roda. O set é encerrado com Snow Day, uma das faixas mais interessantes do Drunk Tank Pink e que parece ser feita sob medida para finalizar apresentações. No entanto, não foi o fim de verdade. Após vários gritos de “olê, olê, olê, shame, shame”, a banda voltou ao palco, visivelmente satisfeita, para um incomum bis, com Gold Hole, do disco de estreia, somente então o show se encerrou e os roadies puderam subir ao palco para retirar o equipamento. Uma das coisas que mais chama a atenção no show da shame é o quão urgente ele é. A banda está acontecendo agora. O que o futuro reserva não dá para saber, porém, fica a oportunidade de acompanhar o crescimento de um dos grupos mais interessantes do rock atual. Independentemente de qualquer coisa, a relação entre a banda e os fãs brasileiros parece assegurada. Ao fim do show, Charlie prometeu voltar ao país ainda no ano que vem, com um disco novo. Ficamos no aguardo do cumprimento da promessa. SETLIST Dust on Trial Alphabet Fingers of Steel Concrete Alibis The Lick Six Pack Tasteless Adderall Born in Luton 6/1 Burning By Design One Rizla Angie Water in the Well Snow Day BIS: Gold Hole
Dance of Days celebra 25 anos em show com Dominatrix em SP

O Dance of Days é a resistência personificada do punk hardcore nacional, materializada em 25 anos de uma intensa história, repleta de vitórias, dramas, tensões e transformações. Da segunda metade da década de 1990 até os dias de hoje, a vocalista Nenê Altro compartilha emoções e lições de vida de peito aberto, olhos nos olhos e em diálogo constante com o íntimo de seu fiel público. É um pouco disso tudo que a banda entregará no show especial do dia 23 de julho em São Paulo, no Fabrique Club. A realização é da Agência Sobcontrole. Para celebrar os 25 anos e a continuidade dessa história sem fim, o Dance of Days terá como banda convidada principal neste evento a Dominatrix, ícone do hardcore feminista e parceira de estrada desde os primeiros dias de banda. E, representando a nova safra do punk e rock alternativo de São Paulo, somam na abertura as bandas Putz, Metade de Mim e Ganggorra. Além disso, este será o primeiro show do Dance of Days após Nenê passar por transformação de gênero e se reconhecer como mulher. “Decidi me aceitar e começar uma nova fase, passar por questões de entendimento, revisão de hábitos, enfim, uma reciclagem completa”, ela comenta sobre o momento de sua vida. A banda nasceu em 1996, surgida das cinzas do seminal Personal Choice. Mas foi em 1997, ainda como um projeto de Nenê com pessoas de outras bandas, que o Dance of Days gravou o primeiro EP, ainda cantado em inglês, e dali foram muitos discos, shows e histórias. Para este show, o repertório será focado nos quatro primeiros discos: A História não tem Fim, Coração de Tróia, A Valsa de Águas Vivas e Lírios Aos Anjos. “Mas haverá sucessos de todos os outros álbuns. Serão quase 30 músicas”, comenta Nenê.
Shame confirma show único no Brasil em novembro

O grupo inglês shame retorna ao Brasil, três anos após sua primeira visita, para se apresentar para um público maior em São Paulo com seu novo álbum Drunk Tank Pink, lançado no início do ano passado. O show acontece no dia 12 de novembro no Fabrique, localizado na Barra Funda, em São Paulo. Os ingressos já estão disponíveis à venda no Ingresse. Considerados um dos principais representantes da volta da sonoridade punk do Reino Unido, ao lado de bandas como IDLES e Fontaines D.C, o shame gravou seu mais recente trabalho no estúdio La Frette, na França, com James Ford, produtor do Arctic Monkeys. Enquanto seu álbum de estreia, Songs of Praise (2018), trazia a essência do pós punk inglês e clássicos elementos do britpop, Drunk Tank Pink apresenta uma enorme evolução da banda em novos territórios musicais, soando agora mais grandiosa, ambiciosa e com letras ainda mais honestas. Sean Coyle-Smith, um dos guitarristas do grupo, se dizia “entediado em tocar guitarra” na época de compor, o que o motivou a buscar novas inspirações, mudando afinações e seu jeito de tocar. Foi dessa vontade que surgiram novas influências e inspirações, se espelhando em nomes como Gang of Four, Talking Heads, ESG e Talk Talk. Essas referências se mostram evidentes em faixas como Alphabet, Snow Day, 6/1, Nigel Hitter e Water in the Well. Trata-se de um disco com músicas mais frenéticas e ritmos quebrados do que seus trabalhos passados, mas ainda com melodias extremamente cativantes e refrões para cantar em plenos pulmões ao vivo. O show do shame faz parte das comemorações dos dez anos do selo musical e produtora cultural Balaclava Records. Serviço Balaclava apresenta: shame (Inglaterra) em São Paulo 12 de novembro – sábado Ingressos disponíveis em Ingresse. A partir de R$ 90,00. Obrigatória apresentação de passaporte vacinal com pelo menos duas doses.
Balaclava traz boy pablo ao Brasil em abril para show único

Uma semana após anunciar a vinda dos norte-americanos The Drums ao país em 31 de março, a Balaclava Records continua sua série de shows comemorativos de seus 10 anos em atividade. O selo e produtora traz ao país o jovem cantor, compositor e multi-instrumentalista Nicolás Muñoz, o boy pablo, para show único no Brasil. A apresentação de boy pablo será em 20 de abril no Fabrique, na Barra Funda, em São Paulo. Os ingressos para esta apresentação já estão à venda no site da Ingresse. Como todo representante do “bedroom-pop“, boy pablo compõe, grava e produz a maioria de suas músicas sozinho, tocando com sua banda, formada por seus amigos da época do colégio, em apresentações ao vivo. O músico de 23 anos, de origem norueguesa e ascendência chilena, fundou o projeto em 2015. Com uma sonoridade que remetia a artistas como Mac DeMarco e Gus Dapperton, ficou conhecido na cena independente com a música Everytime em 2017, cujo vídeo conseguiu milhões de views e viralizou antes mesmo do lançamento do seu primeiro EP. O sucesso de Losing You veio na sequência e não demorou muito para receberem do site Pitchfork o título de “uma das bandas novas mais legais do planeta”. O grupo acumula, em sua breve discografia, canções que se tornaram hits na internet, como Dance, Baby, hey girl e Feeling Lonely. A turnê pela América do Sul vem de uma sequência de shows esgotados nos Estados Unidos, além de marcarem presença pré- pandemia em festivais como Lollapalooza, Coachella e Primavera Sound. No final de 2018, lançou seu segundo EP Soy Pablo e, somente em 2020, veio seu álbum de estreia Watchito Rico. O disco traz um lado romântico do jovem músico e aponta para suas raízes latino-americanas, mantendo ainda seu característico indie pop divertido, contagiante, cheio de guitarras sessentistas e histórias sobre corações partidos. Serviço – Balaclava apresenta: boy pablo em São Paulo 20 de abril – quarta-feira Ingressos vendidos a partir de 9/2 no Ingresse. A partir de R$ 90,00 Obrigatório apresentação de passaporte vacinal com pelo menos duas doses e o uso de máscara