Entrevista | Hurricanes – “Queremos mostrar a banda ao vivo”

Com um som mais conectado ao rock setentista, a banda Hurricanes lançou seu segundo álbum de estúdio, Back to the Basement, sucessor do álbum de estreia, homônimo, divulgado em 2023. São oito faixas inéditas, e, como o próprio nome do disco sugere, ele foi criado no porão de um dos integrantes da banda. Em entrevista ao Blog n’ Roll, o guitarrista do Hurricanes e produtor do disco, Leo Mayer, explicou o processo de criação do álbum e confirmou o lançamento de um conteúdo ao vivo nos próximos meses. O artista também compartilhou sua opinião sobre a renovação do rock atual. Confira a íntegra da entrevista abaixo. Como foi o processo de produção do álbum? A gente retornou ao porão da casa do Henrique (Cezarino), nosso baixista, para começar a escrever esse álbum, rascunhar e juntar ideias. O processo começou a fluir muito rápido, tanto que faz pouco mais de um ano que lançamos o primeiro disco. As coisas realmente começaram a andar muito depressa. A princípio, não havia uma data ou pressão para lançar um disco no ano seguinte, mas as coisas foram acontecendo, e ficamos muito felizes por termos um álbum pronto tão rapidamente. Foi basicamente construído no porão da casa do Henrique, o que tornou o processo muito espontâneo. Tivemos bastante tempo para trabalhar, já que não havia horas de estúdio limitadas. Acredito que isso nos permitiu trazer um resultado mais espontâneo do que o primeiro álbum. Vocês se sentem mais maduros após o primeiro álbum? O que mudou no som de vocês desde então? Acho que não. Nesse sentido, foi parecido. O que realmente aconteceu de forma mais rápida foi o processo de composição. Começamos a rascunhar o primeiro single, “Pain In My Pocket”, em dezembro de 2023, ainda no ano do primeiro álbum. Em fevereiro ou março, já estávamos no estúdio gravando. Esse processo foi muito ágil. No primeiro álbum, levamos anos para juntar todas as ideias e nos sentirmos prontos para ir ao estúdio. A gravação, no entanto, foi feita de maneira semelhante em ambos os casos. Vocês pensam em gravar em português algum dia? A gente não planeja muita coisa, seguimos mais no feeling. Tanto eu quanto o Rodrigo já tivemos projetos de rock ‘n’ roll em português. Eu já compus em português, então, por que não um dia, né? Você produziu o álbum novamente. É melhor produzir o próprio trabalho para preservar a essência da banda ou ter alguém de fora nessa função? A vantagem de produzir o próprio álbum é que você tem um som específico na cabeça e consegue chegar a essa sonoridade rapidamente. Se tivéssemos um produtor externo que não estivesse 100% alinhado, talvez fosse mais complicado. Por outro lado, a parte negativa é que, muitas vezes, não estou pensando como guitarrista, mas como produtor. Então, preciso alternar entre essas funções. Às vezes, chamo a banda e pergunto: “Galera, o que vocês acham disso aqui?” porque estou pensando na bateria ou na voz. O lado positivo é que conseguimos alcançar o som que queremos. Eu participo de todos os processos, desde a composição até a gravação, mixagem e finalização. Já trabalhamos com alguns profissionais antes, e, às vezes, no resultado final, dá aquela vontade de ajustar uma frequência ou gravar de outra forma. Produzindo nós mesmos, conseguimos ficar mais satisfeitos. Como você acha que será tocar o álbum ao vivo? A ideia é divulgar ao máximo esses dois álbuns, seja online ou gravando materiais ao vivo, algo que estou sentindo falta. Temos bastante conteúdo de estúdio, mas, para quem não mora em São Paulo ou nas capitais onde estamos tocando, não há um conteúdo ao vivo da banda disponível. Queremos mostrar a banda ao vivo, com a espontaneidade e até os erros que acontecem. Então, sim, a ideia é ter um conteúdo ao vivo e tocar o máximo possível. Queremos nos apresentar em todos os lugares. Vocês já têm uma data para o lançamento ou gravação desse conteúdo ao vivo? Ainda não temos uma data, mas o quanto antes. É uma prioridade. Temos os dois álbuns, mas agora queremos muito ter um conteúdo ao vivo. Acredito que em novembro ou dezembro vamos gravar para lançar em breve. Muita gente nos procura e diz: “Pô, queria muito ver vocês ao vivo”, mas realmente não temos nada disponível. Gravar um show demanda bastante trabalho, não é só colocar um celular e filmar. É preciso ter uma qualidade de som e um vídeo legal, mas isso vai acontecer. No mês passado, o Rock in Rio gerou um debate sobre a falta de representatividade do rock no evento. Você concorda? Por quê? Consigo ver os dois lados. Como espectador, acho que deveria haver mais bandas do underground, além das grandes, participando. Mas também entendo o lado da produção, que precisa ter headliners, senão não vende ingressos. Hoje em dia, está complicado, porque os grandes nomes do rock estão sempre vindo, e, às vezes, isso não chama tanta atenção. É um assunto muito complexo. Quando você faz um festival como o Lollapalooza, com várias bandas underground, o público reclama dizendo: “Pô, nem conheço essa banda”. Então, como fica para o produtor? Se coloca nomes novos, a galera critica. Se coloca nomes grandes, reclamam que o rock não é mais mainstream. É difícil agradar todo mundo. O Rock in Rio tem dois palcos principais, mas existem vários outros. Só que, às vezes, esses palcos não têm muito público. Acho que poderia haver um festival que trouxesse mais nomes novos de rock, talvez com um dia dedicado ao rock. Sinto falta disso. As bandas clássicas estão se aposentando. Vi recentemente o Eric Clapton tocando em Buenos Aires, e ele tem 79 anos. Como será essa substituição? Vai ficar assim para sempre e, depois, acabou? Como será essa renovação? É um assunto muito complexo. Na sua opinião, o rock não teve uma renovação? Ou existe renovação de artistas e público, mas a mídia ignora? O rock teve uma renovação, mas ela não está no mainstream. O rock

Hurricanes mantém energia rock no álbum “Back To The Basement”

A banda de rock e blues Hurricanes lançou seu segundo disco de estúdio, Back To The Basement. O grupo se mostra mais maduro neste novo trabalho, entregando a mesma energia contagiante pela qual é conhecido, mas também explorando novas sonoridades e dinâmicas nas composições. O novo álbum, já disponível em todas as plataformas, chega um ano após o disco de estreia do grupo, que teve ótima recepção pelo público e crítica pela sua estética vintage e cheia de energia. Back to the Basement contém oito faixas que foram criadas de forma espontânea e livre, explorando novas texturas e sonoridades, e novamente produzido pelo guitarrista da banda, Leo Mayer.  Como o próprio título indica, Back to the Basement literalmente nasceu em um porão, na casa do baixista Henrique Cezarino, em ensaios despretensiosos poucos meses após o lançamento do primeiro disco. “Começamos a escrever um segundo disco sem ideia de data de lançamento, nem nada, e pra nossa surpresa as coisas começam a andar de forma muito rápida. A gente começou a rascunhar o disco em dezembro do ano passado, e em fevereiro, março, a gente já estava no estúdio gravando”, conta Leo. A experiência de ter gravado o disco de estreia, aliada com esse processo criativo espontâneo, trouxe uma nova maturidade ao grupo: além de terem feito suas melhores composições até hoje, a banda conseguiu explorar novos elementos e texturas no estúdio. As músicas novas incluem instrumentos novos, como violões em Big Eyes, pianos elétricos em Down The Street, camadas de percussão em Over The Moon. O resultado é um álbum muito mais dinâmico, em contraste aos arranjos mais crus do primeiro álbum. Mas isso não quer dizer que a Hurricanes perdeu sua essência: o foco ainda é no aspecto “ao vivo” da banda, que é conhecida pelos seus shows cheios de dinâmica e energia contagiante (elogiado até mesmo pela clássica banda The Black Crowes, quando o Hurricanes abriu o show dos americanos no Espaço Unimed no ano passado). Durante as gravações do novo disco, a banda testou as composições ao vivo, observando a reação do público e amadurecendo nesse processo as ideias que entrariam ou não no álbum, de modo natural e espontâneo. A banda foi fundada por Leo e o vocalista Rodrigo Cezimbra em 2016, no sul do Brasil. Em 2018, mudaram-se para São Paulo, onde conheceram o baterista Guilherme Moraes e o baixista Henrique Cezarino. No disco novo, algumas composições foram resgatadas desse momento da banda: “Big Eyes é uma música que é lá de Santa Maria, ainda quando a gente morava no Rio Grande do Sul, e Down The Street é uma das primeiras composições minha e do Rodrigo aqui em São Paulo já.”

Hurricanes mostra lado minimalista em single acústico Big Eyes

A banda brasileira de rock e blues Hurricanes lançou o single Big Eyes. A faixa mostra um novo lado do grupo, deixando pontualmente os amplificadores distorcidos de lado para explorar uma canção introspectiva e acústica. A música fará parte do novo álbum do grupo, mas a composição já existe há algum tempo. “Ela foi escrita ainda no Rio Grande do Sul, dias antes da gente se mudar para São Paulo, e foi deixada na gaveta por um tempo”, conta o guitarrista e produtor Leo Mayer. A ideia de finalmente gravar a canção surgiu quando o resto do disco já estava gravado, e a banda sentiu a necessidade de ter faixas mais acústicas, que remetessem influências de folk como Nick Drake e o terceiro álbum do Led Zeppelin. “A princípio, a música começou sendo apenas violão e voz. Mas aos poucos, fomos adicionando um baixo, percussão, e violão dobro, e moldando ela. Ela ficou com um arranjo minimalista, que não perde a essência e a crueza dela”, complementa Leo. O segundo álbum da Hurricanes será lançado ainda em 2024, e deve explorar novas sonoridades mas também manter o clássico som rock and roll da banda, conhecida pela sua energia contagiante. A banda já lançou outro single do futuro projeto, a faixa Penny in My Pocket. Ouça Big Eyes, do Hurricanes

Hurricanes lança single Penny In My Pocket e antecipa segundo disco

A banda de rock e blues Hurricanes lançou o single Penny in My Pocket. Continuando com a sonoridade vintage blues que apresentaram em seu álbum de estreia lançado esse ano, o grupo já prepara o segundo trabalho de estúdio, que deve ser lançado em 2024. Com esse single, o grupo traz novamente o melhor do rock & roll clássico com técnicas de mixagem modernas; incluindo solos de guitarra excelentes, vocais impressionantes e arranjos precisos. Essa faixa marca também o primeiro trabalho da banda com o novo baterista, Lucas Leão, que conduz a banda com energia efervescente. Segundo o guitarrista Leo Mayer, os fãs não vão precisar esperar muito para escutar o novo material da banda. “O processo de composição está sendo muito tranquilo, levantamos quatro músicas novas nesse último mês. Gravamos algumas demos e por fim decidimos entrar em estúdio, gravar e lançar Penny In My Pocket! Estamos muito contentes com esse single, e ansiosos para finalizar as novas músicas”, conta o guitarrista, que também produziu o single e o álbum de estreia da banda. O álbum de estreia da banda, auto-intitulado Hurricanes, foi lançado esse ano, pelo selo ForMusic Records com oito faixas cativantes e cheias de energia. Esse novo single marca o final de um ano intenso e produtivo para a banda, que se posicionou como uma promessa brilhante no cenário do rock brasileiro. Além de terem lançado seu álbum de estreia, recebido positivamente pelo público e crítica, o quarteto realizou inúmeros shows: incluindo noites lotadas na capital paulista, e uma noite histórica no Espaço Unimed, como show de abertura do The Black Crowes.

Hurricanes lança Thunder in the Storm em preparação ao álbum de estreia

A banda Hurricanes lançou o single Thunder in the Storm via ForMusic Records. A faixa estará presente no álbum de estreia da banda, que será disponibilizado em 30 de junho. Em contraste com os primeiros singles do álbum, a nova música traz um ritmo mais lento, que evidencia a versatilidade e musicalidade da banda. “Thunder in the Storm é a canção mais densa e introspectiva do disco. Fala sobre o peso da vida, que muitas vezes parece um trovão nas nossas costas”, revelou o guitarrista Leo Mayer. “Foi a primeira faixa do projeto a ser escrita por todos os membros da banda, lembro de trazer o riff pro ensaio e a música sair inteira já na primeira jam, e assim ficou até a gravação final. Como é uma canção com muita dinâmica, a gravação ao vivo ajudou muito, possibilitando criar todas as nuances presentes no som!”. A música fará parte do primeiro álbum da banda, ao lado dos singles já divulgados, The Bird’s Gone e Purple Clouds e outras faixas inéditas. A sonoridade da banda revive o blues e rock dos anos 70, com uma filosofia de gravação que foca no ao vivo “olho no olho”, mas com técnicas de mixagem modernas. A banda costuma surpreender o público de seus shows explosivos; no começo do ano, o Hurricanes foi escolhido para fazer o show de abertura para o lendário The Black Crowes, no Espaço Unimed, e ganhou elogios dos próprios americanos, que ficaram impressionados com uma banda nova mantendo a tradição do rock & roll viva. A banda também realizará um show de lançamento do álbum, dia 2 de julho, no La Iglesia Borratxeria em São Paulo. Ingressos já estão disponíveis. Ouça Thunder in the Storm, do Hurricanes

Hurricanes traz a essência do blues e rock dos anos 70 em “Purple Clouds”

A banda Hurricanes lançou o single Purple Clouds. A faixa, que sucede The Bird’s Gone, faz parte do disco de estreia que será disponibilizado ainda em 2023 viaForMusic Records. A nova canção, marcada por cativantes riffs de guitarra, revela mais uma vez o que se pode esperar do primeiro álbum do grupo: uma combinação do blues e rock dos anos 70 com a sonoridade contemporânea. A faixa também acompanha um clipe, com imagens da gravação no estúdio. “Purple Clouds é uma conhecida de quem frequenta nossos shows”, revelou o guitarrista Leo Mayer. “Foi uma das primeiras músicas escritas por mim e pelo vocalista Rodrigo Cezimbra, logo quando chegamos em São Paulo em 2018. Até então ela só havia sido lançada em uma live session mais crua. Essa versão mais completa conta com Jimmy Pappon no hammond e Júlia Danesi e Lucille Berce nos backing vocals, além de uma produção mais refinada!”. Formado em 2016 no sul do Brasil, Hurricanes integra, além de Leo e Rodrigo, o baixista Henrique Cezarino e baterista Guilherme Moraes. A discografia da banda, por sua vez, começou a ganhar forma a partir de 2019, com os singles Through The Lights, Flowers e Burn Down My Soul. O grupo, que recentemente abriu a apresentação do The Black Crowes no país, realizará um show pela primeira vez no House of Legends, na capital paulista. A enérgica performance autoral acontece neste domingo (30), com ingressos já disponíveis via Sympla.

Hurricanes irá abrir o show do The Black Crowes em São Paulo

A banda Hurricanes foi anunciada como o show de abertura para o The Black Crowes. Conhecidos por shows enérgicos e influenciados pela explosão artística das bandas inglesas dos anos 1970, a banda dividirá a noite com os americanos do Black Crowes no Espaço Unimed, em São Paulo, no próximo dia 14. A banda foi fundada pelo guitarrista Leo Mayer e o vocalista Rodrigo Cezimbra em 2016, no sul do Brasil. Em 2018, mudam-se para São Paulo, onde conheceram o baterista Guilherme Moraes e o baixista Henrique Cezarino. A banda começou a investir em produções autorais que resultaram no lançamento de três singles, uma live session no Family Mob Studio e a composição do disco de estréia. O primeiro disco da banda, que será lançado em 2023 pelo selo ForMusic Records, se concentra nas raízes do blues e do rock, e busca levar o público a uma experiência que mistura a essência dos anos 1970 com uma sonoridade contemporânea.