Cayarí apresenta novo EP Afluir em turnê repleta de shows

A cantora e compositora Cayarí está pronta para levar o público para uma viagem musical única com o seu aclamado EP Afluir. Este projeto representa não apenas uma expressão musical vibrante, mas também uma fusão de influências culturais que ecoam as raízes brasileiras. A artista tem realizado shows para divulgar o trabalho que estará nas plataformas digitais, em breve. Com produção de Amleto Barboni, direção artística e projeto musical de Renato Salzano, o novo EP de Cayarí é uma exploração sonora que nos convida a seguir o fluxo da vida, assim como um rio segue seu curso natural em direção ao mar. Com quatro faixas cativantes – Semeando Gratidão, Olhos Vendados, Não me Olhe Assim e Tudo vai Melhorar – o EP transita por gêneros musicais diversos, incluindo MPB, hip hop, axé, reggae e soul. Afluir é um reflexo autêntico de sua jornada musical diversificada e conexão com a ancestralidade indígena. Combinando elementos culturais e sonoros da Bahia com uma expressão artística única, Cayarí convida o público a mergulhar na beleza e na riqueza de seu trabalho. Esse é apenas o começo de uma carreira que promete continuar firme e forte, como as raízes de uma árvore nas matas da Amazônia. Recentemente, Cayarí cantou as músicas do seu novo EP no SESC Ipiranga, no Breaking Ibirá – Parque Ibirapuera, Fiesta ¿¡KeLoKe!? no Enoks Cultural com o Dj Bracho e Delapaz. “Quero que as pessoas tenham a experiência de se conectar e sentir as músicas do meu EP nos meus shows para depois desfrutarem deles nas plataformas digitais. O meu desejo é que todos consigam imergir nesse trabalho para afluir por completo ao conceito do EP. Vou fazer mistério para a data de lançamento, mas já publiquei alguns trechos das canções nas minhas redes sociais, quem quiser pode conferir lá”, concluiu a artista. A jornada musical e artística de Cayarí Nascida em Vitória da Conquista, na Bahia, a cantora começou sua jornada musical aos nove anos, revelando um dom natural para cantar e compor. Sua trajetória incluiu a formação de sua primeira banda, em 2011, onde mergulhou em músicas cover, pavimentando o caminho para futuros projetos. Em 2014, se aprofundou no mundo do rap, influenciada por um amplo repertório musical que abrangia rock, soul, R&B e pop. Esse período enriqueceu seu conhecimento e técnica, permitindo-lhe compor em três idiomas: português, inglês e patxohã, uma homenagem à sua ascendência indígena. Em 2018 com o crescimento de sua carreira Cayarí se mudou para São Paulo, destacando-se em pocket shows em Batalhas de Rima. No ano seguinte, além das performances, participou de projetos com artistas renomados da cena da capital. 2020 foi marcado por colaborações na música, fotografia e marcas da cultura underground. Durante a pandemia, adaptou-se, realizando lives no YouTube, Facebook e Instagram, além de conduzir um programa semanal de entrevistas no seu Instagram. O nome artístico Cayarí vem da conexão com a cultura indígena e elementos da natureza, incorporando cocares, colares, brincos, grafismos e pulseiras produzidos por artistas indígenas de várias etnias. 2022 e 2023: um período de crescimento e realizações De 2022 para cá, Cayarí continuou a expandir sua carreira, tanto como cantora quanto como atriz, atuando em algumas produções. Além disso, sua música encontrou seu caminho para trilhas sonoras de projetos cinematográficos. Ela também participou de eventos de grande destaque, incluindo o Mundo Sol Festival, o Festival Indígena de Bertioga, o Acampamento Terra Livre em Brasília e o Aragwaksã Pataxó em Porto Seguro. Recentemente, Cayarí se tornou embaixadora da plataforma de metaverso octaEra, conectando usuários a povos indígenas globalmente.
Kaê Guajajara lança primeiro álbum visual indígena da música brasileira

Kwarahy Tazyr, primeiro disco completo de Kaê Guajajara lançado em 2021, ganha agora uma nova camada de compreensão com o lançamento em forma de álbum visual, com clipes para todas as músicas feitos por indígenas. Este é o primeiro projeto do tipo estrelado por uma artista indígena da história da música brasileira. O lançamento será feito com uma faixa por semana, com Minha Missão já disponível. Produzido a partir de smartphones e por criadores indígenas do selo AZURUHU, o álbum visual inaugura uma nova fase na carreira de Kaê Guajajara, atestando sua evolução artística não apenas musicalmente, mas também assinando como roteirista de todos os clipes juntamente com Kandu Puri, que é responsável pela direção do projeto. A estética visual ganha forma no paradoxo de territórios indígenas, hoje ocupados por favelas e paisagens urbanas. “A construção da narrativa do álbum visual está sob o realismo do que significa ser indígena no Brasil de 2022, particularmente no campo de invisibilidade e apagamento, onde ser um corpo indígena na favela ou em contexto urbano parece não ser possível, sendo esta distinção historicamente articulada pela colonização para romper forças coletivas. A colonização invade corpos, espíritos e pensamentos de todos que estão no Brasil, independente de etnia ou território, sendo indígena ou não. Aonde estão hoje e como vivem os povos indígenas perseguidos, expulsos, ou que reivindicam aos legisladores 1 centímetro de terra demarcada?”, questiona Kaê. Engajadora da Música Popular Originária (MPO) e nascida em Mirinzal, no Estado do Maranhão, Kaê Guajajara se mudou para o complexo de favelas da Maré (RJ) ainda criança, e teve sua vida marcada por preconceitos e racismo por conta de seus traços e origem. Mais que uma expressão artística, ela vê na música uma forma de resistir e se manifestar contra o silenciamento dos povos originários imposto pelos colonizadores e perpetuada até hoje pelos seus descendentes. Kwarahy Tazyr significa “Filha do Sol” em zeeg’ete, língua do povo indígena Guajajara, e oferece uma nova perspectiva sobre a colonização a partir de composições originadas dos sonhos de Kaê – uma técnica ancestral de se receber os cantos. A artista aborda em suas composições uma realidade que vai muito além do noticiário e das lutas dos povos aldeados pela demarcação de terras. Aqui, ganha protagonismo a vivência daqueles que cresceram sem terra por conta do conflito com invasores e se exilaram nas favelas das capitais brasileiras ou mesmo que já nasceram nelas por terem suas gerações separadas pela colonização. O álbum Kwarahy Tazyr está disponível para streaming nas principais plataformas e Kaê Guajajara prepara uma turnê nacional a partir de setembro de 2022 com patrocínio do Edital Natura Musical. Os shows passarão pelas cidades de Manaus, São Luís, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.