Crítica | Where Only Gods May Tread – Ingested

Existem bandas que realmente parecem preocupadas em dar um passo adiante, sair de sua zona de conforto e tentar algo diferente, mesmo que o risco seja perder alguns fãs. Os ingleses do Ingested com certeza estão entre elas. Formados em 2006 com o propósito de executar o metal mais extremo possível, eles não se limitaram a copiar os clichês do death ou do black metal. Juntaram elementos desses dois estilos e ainda uma dose generosa de metal moderno, deathcore, slam, e tudo mais que o leitor possa imaginar. A lição chega ao seu quinto capítulo em 2020, com o lançamento de Where Only Gods May Tread. Mesmo que a banda possa desagradar aos mais puristas, devido ao som extremamente moderno e executado com precisão cirúrgica, é impossível tapar os olhos (e ouvidos) aos vocais incrivelmente agressivos de Jay Evans, às poderosas mãos direitas dos guitarristas de Sean Yates e Sean Hynes – que nem precisam de solos para mostrar o quão são habilidosos -, e às poderosas batidas de Lyn Jeffs, mesmo não soando tão orgânicas quanto os velhos trabalhos do estilo, a evolução é inevitável. E sobram mudanças de tempo, arranjos inusitados, breakdowns e muita violência e pancadaria sonora. Isso posto, ouça músicas realmente convincentes como Follow The Deceiver, Impeding Dominance, The List e a melhor faixa do álbum, Another Breath, que conta com a participação especialíssima de Kirk Windstein, do Crowbar. E o Ingested mostra que está preparado para o início da nova década. Where Only Gods May TreadAno de Lançamento: 2020Gravadora: Unique Leader RecordsGênero: Brutal Death Metal/Deathcore/Slam Faixas:1-Follow The Deceiver2-No Half Measures3-Impeding Dominance4-The List5-The Burden of Our Failures6-Dead Seraphic Forms7-Another Breath8-Black Pill9-Forsaken in Desolation10-Leap of The Faithless
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