Crítica | Terra Mortuus Est – Katalepsy

Pura brutalidade russa. É assim que podemos definir o Katalepsy, formado em Moscou, em 2003, que acaba de lançar a sua terceira bomba nuclear, o cáustico Terra Mortuus Est, pela sempre magnífica Unique Leader Records. O grupo já tinha chamado atenção do underground com os ultra-doentios Autopsychosis (2013) e Gravenous Hour (2016). Em suas 11 faixas, Terra Mortuus Est parece redefinir nossos conceitos sobre agressão e extremismo. O outrora slam recebeu um reforço de groove em algumas faixas, mas isso não deixou o som menos pesado, longe disso. Faixas como Night of Eden, Those Who Rot The Souls, The God of Grave e No Rest No Peace estão entre as mais violentas de 2020, por mais que você já tenha lido isso nessa coluna por diversas oportunidades. Os vocais são guturais ao limite, e as guitarras parecem ter cordas de doze toneladas, tamanha distorção e peso arrancados da produção. Comparando com trabalhos anteriores, Terra Mortuus Est é o mais variado álbum do Katalepsy, embora não fuja do estilo tradicional e nem apresente mudanças drásticas (thank god). Se o leitor gostou dos dois álbuns anteriores, esse novo lançamento já entra em cena com o jogo ganho, é cair sem medo. E quem tem os ouvidos muito sensíveis, melhor não chegar perto por questões de segurança. Terra Mortuus EstAno de Lançamento: 2020Gravadora: Unique Leader RecordsGênero: slam/technical death metal/groove metal Faixas:1-Closer Than Flesh2-Night of Eden3-Those Who Rot The Souls4-The God of Grave5-Terra Mortuus Est6-Kings of The Underground7-Deep Down Madness8-No Rest No Peace9-From The Dark Past (They Come)10-Neonomicon III11-Land of Million Crosses