Com indie pop/lo-fi em atmosfera anos 00, Zuana lança single Anestesia

O cantor e compositor gaúcho Zuana lançou o single Anestesia. Embalada por um indie pop/lo-fi, a canção fala sobre o não sentir nada e o videoclipe, produzido pela Zepp Filmes, ilustra o sentimento através de um relacionamento em uma atmosfera anos 00. “A música é um pouco de reflexo da pandemia misturada com experiências pelas quais passei. É sobre não querer sentir nada. Mas ao longo da música se entende que é impossível não sentir nada. É como um efeito de anestesia que em algum momento passa ou pode simplesmente não funcionar”, explica Zuana. “No final cada pessoa acaba tendo sua própria interpretação de uma música, mas eu penso também que “Anestesia” fala sobre ter que aceitar determinadas coisas/situações ou sentir-se paralisado, inerte diante de algo ou alguém.” O single é o primeiro de uma série de quatro, compostos, gravados e produzidos por diferentes produtores, marcando um novo ciclo na carreira do artista gaúcho. “Até então eu tinha lançado apenas composições minhas (fora um feat com o Carlinhos Carneiro, que foi uma versão em português de uma música minha que já tinha lançado em inglês com minha antiga banda Missing Takes). Mas diferente disso, esses novos singles apresentam novos caminhos, cada produtor trouxe suas influências e eu gosto disso, me obriga a pensar diferente. É como se fosse um desafio achar esse lugar comum entre o meu universo e o dos produtores. E além disso, fazer com que essas músicas, embora diferentes entre si, façam sentido dentro do Projeto Zuana”. Com produção da Zepp Filmes, o clipe de “Anestesia” apresenta um universo caótico onde um casal vive um relacionamento conturbado, misturando realidade com fantasia, em uma atmosfera anos 00. “Mostramos vários momentos de um casal junkie (não traduzido ao pé da letra, mas um casal com uma vida agitada, uma vida de excessos, e que como qualquer pessoa, passa por momentos bons e ruins). Paralelo a isso, temos uma cirurgia, que acontece em um plano de fantasia, e ao decorrer da história, descobrimos o casal envolvido nesse universo à parte e o papel de cada um. A construção dos personagens e da narrativa aconteceu naturalmente enquanto planejamos o clipe, mas é claro que traz muito das experiências pessoais”, diz Zuana.
Karen Jonz lança intimista e confessional disco Papel de Carta

Consolidando a faceta musical de sua plural e vitoriosa carreira, Karen Jonz lançou Papel de Carta, seu disco de estreia. O trabalho da artista, que é um dos ícones do esporte brasileiro, traz bedroom pop, rock alternativo e lo-fi se em um mergulho interno como segredos sendo contados ao ouvinte. Este é um lançamento BMG. “Eu venho falando que ia fazer esse disco faz tanto tempo que parecia que eu estava só contando história e até cheguei a duvidar”, comenta Karen Jonz. “Ele existia e não existia ao mesmo tempo. Pois agora é de verdade. Essas são músicas que eu fiz e nunca tinha lançado. As cartas que devia ter escrito mas o papel era bonito demais pra estragar com palavras. O título do disco foi a coisa que veio por último, depois das fotos, da capa e músicas. Como criança dos anos 90 colecionadora de papel de carta e adolescente skatista, era meio que dois opostos. A coisa do fofinho, kawaii, delicado e a força, sujeira, explosão do skate”. Santista morando em São Paulo, Karen passou a infância no ABC Paulista. Lá começou a andar de skate e tocar em bandas no colégio. Uma das pioneiras do skate feminino, ela adquiriu desde jovem um forte espírito de do-it-itself. Depois de se tornar a primeira brasileira campeã mundial de skate vertical, comprou um computador e aprendeu a se gravar e produzir. Em meio às competições, criou o projeto experimental Violeta Ping Pong, que foi trilha de vídeos de skate e berço de suas primeiras composições. Carreira musical de Karen Jonz Junto com seu companheiro Lucas Silveira, Karen criou duas bandas. Vaconaut and the Apple Monster faz pop punk e Kyber Krystals tem viés pop alternativo. Em 2020 lançou seu trabalho solo, uma mixtape lo-fi intitulada o pequeno excesso e inspirado no i ching. Agora ela busca novos caminhos sonoros e explorar facetas que o público ainda não conhecia em Papel de Carta. “Acho que o disco, como um todo, além de traumas, procura soluções. As letras falam sobre vulnerabilidade, com sinceridade. Que é normal ser normal. Apesar de íntimo, faço concessões para ser acessível”, reflete Jonz. “Quando comecei a fazer o disco, sete anos atrás, eram músicas soltas. Ali pela oitava música feita que notei elas se conectavam e se complementam de algum modo”. Em resumo, o álbum apresenta suas multifacetas também sonoramente, com letras mais adultas, melodias cuidadosas e faixas leves e pesadas ao mesmo tempo. O trabalho tem participações especiais de XAN e Gab Ferreira. “Elas são artistas que admiro muito e eu que propus a participação delas. A Gab foi ao estúdio e compusemos juntas a parte dela de um modo muito natural. Com a XAN foi de modo virtual, à distância, de um modo muito participativo. Estou muito feliz com o resultado”, conta Karen.
Expoente da MPB santista, Gon lança versão lo-fi de “Sinhô”

Foi na reclusão da quarentena que o músico santista Gon viu que era possível e preciso se reinventar. Apesar de ter lançado o seu primeiro EP, Origami, dias antes de oficialmente ter sido declarado que estávamos vivendo uma pandemia de covid-19, o artista, nos meses que passou em casa, decidiu dar uma nova cara para a sua mais bem-sucedida composição: a canção Sinhô. Com mais de 20 mil plays nas plataformas digitais, Sinhô acaba de ganhar uma nova roupagem no estilo lo-fi. Em resumo, é um tipo de gravação marcada por ser feita com poucos recursos técnicos e muitas vezes em estúdios caseiros. Aliás, tudo a ver para quem passou o último ano em casa sem poder se apresentar. “Estar nessa fase de pandemia não foi nada simples, mas depois de um tempo em casa, aprendi a usar essas músicas como ferramenta de relacionamento. Eu aprendi que poderia usar essa arte para me conectar com as pessoas de forma verdadeira”, diz o cantor e compositor. A composição une as atmosferas do conforto da música lo-fi e a sinceridade emocional do artista. Aliás, é um convite para ouvir todas as músicas desse músico promissor da Baixada Santista. Ouça o som abaixo
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