Bad Religion comemora 40 anos com shows para cada década

Os 40 anos do Bad Religion serão comemorados com uma série de eventos online transmitidos via streaming e divididos em quatro episódios filmados no lendário The Roxy, em Los Angeles, Califórnia. É um para cada década. Anteriormente, por conta do distanciamento social causado pela pandemia do covid-19, o Bad Religion não pôde realizar a turnê que marcaria suas quatro décadas de dedicação ao punk rock. Surgiu então Decades, onde cada um dos quatro capítulos incluirá performances ao vivo, entrevistas exclusivas e a cobertura dos bastidores da gravação. “Posso falar por toda a banda quando digo que ficamos muito desapontados por não podermos fazer uma turnê este ano… Decades permitirá que novos fãs, bem como aqueles que estavam lá no início, tenham uma visão rica de toda a nossa carreira e testemunhem as mudanças na composição em cada estágio de nossa evolução”, contou Greg Graffin, vocalista da banda. O Bad Religion também participará de um chat ao vivo a cada início de episódio. E tem mais! Se você quiser mergulhar fundo na história da banda e saber ainda mais sobre esses 40 anos, Do What You Want – A História do Bad Religion é a biografia lançada em português, que traz tudo o que você sempre quis saber sobre um dos nomes mais importantes do punk/ hardcore americano. Programação por décadas Década de 1980 No episódio de estreia a banda tocará músicas de discos clássicos como How Could Hell Be Any Worse, Suffer e No Control, além de participar de uma conversa sobre como era ser punk em um mundo dominado pelo Pacman, o presidente Reagan e pelos pastores evangélicos na TV. Década de 1990 Neste episódio o Bad Religion conversará sobre as dores do crescimento e as lições aprendidas durante uma década de discos importantíssimos como Against The Grain, Generator, Recipe For Hate, Stranger Than Fiction, The Grey Race e No Substance, que transformaram a banda em uma das mais influentes do nosso tempo. Década de 2000 No setlist, sucessos do The New America, The Process of Belief, The Empire Strikes First, New Maps of Hell. Posteriormente, rolará conversa sobre a chegada do novo milênio. Década de 2010 No episódio final, o Bad Religion tocará músicas de discos mais recentes, como The Dissent of Man, True North e Age Of Unreason, que não ganhou turnê por conta da pandemia, mas que agora ganhará versões ao vivo. Nesse capítulo a banda também falará sobre todo o legado acumulado durante esses 40 anos. Ingressos Decades será um especial contendo quatro episódios individuais com ingressos vendidos no valor de US$ 40. No entanto, cada capítulo também pode ser comprado e assistido separadamente pelo valor de US$ 15 cada um. Ademais, os ingressos já estão à venda. Todavia, os episódios permanecerão à venda até o final da série e disponíveis até 17h (horário de Brasília) do dia 5 de janeiro. Cada um dos episódios estreará sempre às 19h (horário de Brasília)– 12 de dezembro: Bad Religion, os anos 1980;– 19 de dezembro: Bad Religion, os anos 1990;– 26 de dezembro: Bad Religion, os anos 2000;– 2 de janeiro: Bad Religion, os anos 2010;

Entrevista | Fran Healy (Travis) – “Parece que o mundo se dividiu em dois”

Na última segunda-feira (12), o jornal britânico The Guardian trouxe um artigo curioso no qual buscava entender “quem matou o britpop”? No título, alguns possíveis suspeitos: Oasis com o álbum Be Here Now (1997), a perda do título da Euro 96, quando a Inglaterra foi derrotada pela Alemanha nos pênaltis, no estádio de Wembley, ou a morte da princesa Diana (1997). Morto ou não, nomes do britpop como Suede, Pulp, Oasis e Blur seguiram influenciando outras bandas. O Travis é uma delas. A escocesa lançou o primeiro álbum, Good Feeling, em 1997. De lá para cá manteve uma consistência maior que os antecessores, mesmo que o alcance não tenha sido o mesmo. 10 Songs é o décimo disco de estúdio de Fran Healy e traz uma banda ainda mais renovada, mas sem deixar o saudosismo de lado. Em uma das canções, The Only Thing, Susanna Hoffs, do The Bangles, é a convidada. “Eu era fã dela, e há dois anos ela postou um vídeo no Twitter. Era um vídeo muito bom, com a ótima voz dela, e transmitia uma mensagem legal. Então, decidi deixar um tuíte. Duas semanas depois, entrei de novo no Twitter e ela havia respondido. Fiquei muito feliz e até tirei um print para mostrar para meus amigos. Um ano e meio depois disso, tive a ideia de fazer algo com ela. Não achei que ela fosse topar, mas ela é uma pessoa muito do bem, e topou”, comenta Healy, que conversou com o Blog n’ Roll por Skype. Primeiro álbum de Fran Healy em Los Angeles O novo álbum do Travis também é o primeiro gravado por Healy morando em Los Angeles. No entanto, ele não vê muita diferença nisso. “Talvez um pouco, mas nada crucial. Escrever músicas é algo mais manual do que criativo às vezes. Até chegar na parte criativa, você fica cavando até chegar em algo que agrade. Esse é um processo um pouco tedioso, e que dá para ser feito em qualquer lugar. Por isso, acho que não tem tanto impacto morar em um lugar diferente”. Sobre as letras de 10 Songs, Healy acredita que a influência de Los Angeles pode ter sido um pouco maior. “Acho que algumas coisas, talvez. O álbum tem letras muito honestas, e é isso que precisamos atualmente. Hoje em dia as pessoas apenas projetam felicidades nas redes sociais. O Donald Trump vive postando mentiras, então é cada vez mais difícil saber a verdade. Mas, é bom saber que o álbum tem músicas simples e honestas. É bom de se ouvir, é como ar fresco. As melodias também são boas. Acho que a música é um remédio. Se ela te toca e te faz sentir melhor, meu trabalho está feito”. A pandemia também fez o vocalista do Travis refletir sobre a humanidade. “Parece que o mundo se dividiu em dois: pessoas que acreditam em conspirações, e os outros que são mais inteligentes e conseguem observar a situação com mais clareza. É normal. Cada metade acha que a outra é louca. Talvez todos sejam loucos”. Healy também comentou outros assuntos durante nosso breve papo. Confira abaixo alguns desses momentos. Fran Healy e a gravação de 10 Songs Estávamos ansiosos para gravar o álbum. Nós gravamos em duas sessões: uma de duas semanas em dezembro, e outra de três ou quatro semanas entre o final de fevereiro e o começo de março. Nós ainda tínhamos mais uma semana de gravações, mas eu senti que as coisas estavam começando a ficar estranhas e decidi voltar para casa. Por isso, a gente acelerou o processo, tudo ficou louco, mas foi bem legal até. Influência para bandas atuais Não tenho contato com essas bandas (nota do editor: Coldplay e Keane são citadas frequentemente como bandas influenciadas pelo Travis). E também não sei se nossa banda abriu caminho para esses caras. Se nossa banda não existisse, o Coldplay existiria de qualquer forma. Eu conheço bem o Chris (Martin), e eu sei que o jeito que ele faz as coisas é brilhante. Ele é muito inteligente quando se trata de colocar a banda dele nos holofotes. Muitos artistas têm essa habilidade. Travis já esteve na moda, e o Chris gostou do que viu, mas não é como se ele tivesse ido atrás do nosso som especificamente para se influenciar. O que é importante é que suas melodias fazem as pessoas felizes. Eu, particularmente, não queria ser da maior banda do mundo. Sigo fazendo minhas músicas. Eles fazem diferente, e está tudo bem com isso. Mas, acredito que as comparações só aparecem porque já fomos muito famosos no passado. Eles fazem as coisas de forma bem diferente. Ligação de Fran Healy com novos artistas Eu não costumo ouvir bandas de áreas específicas. Há algumas semanas descobri uma banda muito boa, que coincidentemente era de Glasgow. Comecei a conversar com eles pelo Twitter também (risos). Um deles me enviou um álbum, o nome da banda é Bloke Music, e o som deles é muito bom e original. Geralmente, descubro música por acidente. Tem uma garota francesa chamada Pomme, que é muito boa. Eu não tenho ideia do que ela diz, mas as melodias são muito boas. Acho que a melodia é o X da questão para uma música ser boa. Relação com Paul McCartney Vamos ser honestos: nós não somos bem amigos, somos conhecidos. Não passo o Natal com ele (risos). Eu conheci o Paul em 1999. Nós estávamos tocando no mesmo programa de TV. Depois, o reencontrei em uma viagem em um feriado, e foi ali que conversamos bastante, jantamos juntos. Ele é um homem normal, na realidade. Conversa, escuta… Se você parar para pensar, os Beatles eram apenas quatro garotos. Mas, algo interessante dessa viagem foi que o Keith Richards tinha uma casa na ilha em que estávamos, e o Paul jantou com ele em um daqueles dias. E o legal é que o Keith retratou isso em sua biografia. E eu estava lá. No dia seguinte, o Paul me contou sobre o

Beyoncé presta tributo emocionante ao lendário Kobe Bryant

A cantora Beyoncé abriu o evento em homenagem ao lendário jogador de basquete Kobe Bryant, falecido recentemente em acidente de helicóptero, com uma apresentação emocionante de XO e Halo. O evento aconteceu na segunda-feira (24), no Staples Center, em Los Angeles. “Estou aqui porque amo Kobe, e essa foi uma de suas músicas favoritas”, disse Beyoncé quando começou o XO. Posteriormente, convidou o público a cantar junto.  Ela também mudou a frase “e estou colidindo com você” para “rindo com você”. Uma escolha empática, considerando Bryant, sua filha de 13 anos e sete de seus amigos íntimos, morreram em um acidente de helicóptero. Em resumo, Beyoncé foi acompanhada por uma orquestra de cordas e um coral excepcional. Confira o vídeo abaixo. 💜💛 @Beyonce pays tribute to Kobe and Gigi Bryant with a couple of his favorite songs pic.twitter.com/HIfTfWmtlS — The Association on FOX (@TheAssociation) February 24, 2020