Crítica | Até o Fim

Engenharia do Cinema Já não é novidade que a atriz Megan Fox (“Transformers“) está há um certo tempo focada em realizar produções no cinema mais independente. “Até o Fim” é mais um deste título focado neste tipo de filme, e certamente fará com que muitos se recordem do recente “Jogo Perigoso” (inspirado no suspense de Stephen King, e lançado pela Netflix). Só que agora, temos uma premissa que facilmente poderia ter sido resolvida com uma pausa para pensar e em cinco minutos (poupando quase uma hora de projeção).   A história gira em torno de Emma (Fox), que está vivendo uma enorme crise no casamento e ciente disso seu marido Mark (Eoin Macken) a leva para uma casa totalmente isolada no campo, para terem uma noite romântica. Quando ela acorda, o mesmo se suicida em sua frente e lhe deixa presa consigo através de uma algema. Só que ela não imaginava que dois bandidos estariam indo para o local.  Imagem: Califórnia Filmes (Divulgação) Começo enfatizando que embora o roteiro de Jason Carvey possua uma premissa muito embasada com o título de King, ele não parou para analisar as possíveis soluções que a protagonista poderia ter tomado, nos primeiros minutos que ela estava na escabrosa situação. Mesmo com Fox convencendo no papel de protagonista (afinal, ela já está se tornando uma boa atriz de ação), o roteiro não acaba colaborando para ela jogar um maior potencial.    Pensem em todas as situações clichês possíveis (que vão desde um terceiro personagem que aparece apenas para ser morto, até mesmo feridas profundas que fazem a protagonista sair andando sem dificuldades), agora coloque isso em um cenário com todas as possibilidades que poderiam ter sido feitas, de forma direta e mais realista.  Embora o diretor S.K. Dale tenha conseguido criar uma atmosfera de suspense, e conseguimos comprar a tensão, isso acaba caindo por terra a partir do momento que as situações se soem burras demais (já que tudo poderia ter sido resolvido em menos de 10 minutos).     Suspense estrelado por Megan Fox tem boa execução e atuação desta, mas roteiro peca decisões bastante questionáveis.

Crítica | Meia-Noite no Swithgrass

Engenharia do Cinema Após o diagnóstico de Afasia do ator Bruce Wilis, algumas de suas últimas produções começaram a chamar a minha atenção nas plataformas de streaming. Ciente que seriam filmes onde ele possui apenas personagens breves, que sempre aparecem em tomadas aleatórias, “Meia-Noite no Swithgrass” é praticamente um dos títulos que se enquadram neste padrão. A história gira em torno da policial Rebecca (Megan Fox) e do agente do FBI Karl (Bruce Willis), que são parceiros de longa data e se deparam com um caso de homicídio misterioso para ser investigado. Simultaneamente, eles contam com o apoio do investigador Byron (Emile Hirsch), que tem de enfrentar dilemas pessoais para continuar no caso. Imagem: EFO Films (Divulgação) Certamente este foi um dos casos onde o roteiro foi totalmente alterado para se enquadrar ao problema de Willis. A começar que o arco de Hirsch parece que foi incluído depois do desenvolvimento da trama (porque realmente não consegue casar com o timing, mas não por culpa dele), devido ao fato do veterano não poder estar presente na maioria das cenas. Curiosamente, algumas cenas são perceptíveis que ele estava com uma escuta para replicar as falas (já que o enquadramento sempre o pegava apenas de um lado, na maioria das vezes, como na cena acima). Mas, esta não é uma crítica que vai girar em torno apenas de Willis, pois há várias outras coisas interessantes para serem comentadas. Como o fato de Megan Fox ter conseguido mostrar que nesta nova fase da carreira, está realmente dedicada a se tornar uma nova atriz do gênero de ação e aqui não muda isso (já que ela luta, atira e paga de durona). Só que ela se prejudica totalmente aqui, por conta do fraco e previsível roteiro de Alan Horsnail. “Meia-Noite no Swithgrass” termina sendo um esquecível filme B, que realmente só se garante pelas presenças de Bruce Willis e Megan Fox no poster.