Crítica | Imortal – Azul Limão

Muito já se falou sobre os anos 1980, de como foram especiais para o metal. É impossível discordar, trata-se de um fato e ponto final. No Brasil, a cena fervia com nomes como Salário Mínimo, Viper, Dorsal Atlântica e inúmeros outros. Entre eles, está o Azul Limão, autor do clássico álbum Vingança (1986) e do EP Ordem e Progresso (1987). Em 2018, o guitarrista Marcos Dantas chamou seu parceiro de longa data Vinicius Mathias para gravar mais um álbum, Imortal. Completaram a formação o baterista André Delacroix e o vocalista Renato Massa, ambos do Metalmorphose. Ao acionar o play, nos deparamos comum heavy metal tradicional, com agressividade e melodia na medida certa, guitarras afiadas e letras que alguns podem classificar como datadas, mas que todo headbanger irá se identificar. Confira os versos de Sexta Feira à Noite, um dos destaques do álbum. Ou então Quem Vai Nos Salvar?, cujo riff principal lembra Caught In a Mosh, do Anthrax. Guerreiros do Metal é uma ode ao metal, e Mentiras convence com seu ritmo cadenciado, com influências de Saxon fase Innocence is No Excuse, contando com um refrão grudento. Também chama atenção os riffs e fraseados de guitarra em Paranormal, outra faixa candidata a melhor do álbum. Sim, todos nós queremos que o estilo evolua, e que a cada dia surjam novas bandas. Mas é uma imensa satisfação ouvir novos álbuns de grupos como Azul Limão, e saber que os “véios” ainda estão na batalha. Ouça! ImortalAno de Lançamento: 2018 Faixas:1-Guerreiros do Metal2-Nada Pode Me Parar3-Paranormal4-O Último Trem5-Sexta Feira à Noite6-Quem Vai nos Salvar?7-Mentiras8-No Ar Rarefeito9-Dois a Dois10-Imortal