Saxon deixa o lineup do Monsters of Rock; nova atração deve ser anunciada em breve

A banda Saxon está fora do Monsters of Rock, que acontece em abril, em São Paulo. O anúncio foi feito pela Mercury Concerts, responsável pela produção do evento, que garantiu estar trabalhando para anunciar uma nova atração no lugar. Kiss, Scorpions, Deep Purple, Helloween, Symphony X e Doro compõem o line-up do Monsters of Rock 2023, que acontece em 22 de abril, no Allianz Parque, em São Paulo. Ainda há ingressos disponíveis nos setores pista premium, cadeira inferior e VIP mirante backstage (o único disponível com meia-entrada). Confira abaixo a nota oficial do Saxon. “Após uma longa, difícil e criteriosa reflexão, nosso grande amigo e guerreiro companheiro Paul Quinn decidiu se afastar das turnês com o Saxon. Depois de muitos anos na estrada, com o subsequente estresse e cansaço que acompanham essas agendas intensas de shows das turnês, Paul não quer que seu desempenho seja prejudicado e decepcione seus companheiros de banda e fãs. Paul continuará a gravar com a banda e poderá fazer alguns shows especiais no futuro. O Saxon apoia a decisão de Paul e manterá todos informados sobre nossa próxima jornada. Os shows agendados para março na Europa continuarão como estão, mas a banda vai cancelar todas as apresentações agendadas para abril na América do Sul e o MOR Cruise, para dar tempo de se reorganizar. Esses territórios serão remarcados assim que for possível.   Todos os festivais de verão (julho) continuarão como agendados. Tenham fé!”

Monsters of Rock retorna a São Paulo em 2023 e já tem data marcada

O Monsters of Rock, um dos festivais preferidos de fãs de metal e hard rock, voltará ao Brasil no primeiro semestre do ano que vem. A confirmação veio nesta quarta-feira (16), por meio das redes sociais da Mercury Concerts. Ainda sem atrações e local definido, a única coisa que se sabe é que o evento será realizado em 22 de abril, em São Paulo. Surgido na Inglaterra e com festivais em diversos países, o Monsters of Rock já teve seis edições no Brasil. A primeira foi em 1994, no Pacaembu, em São Paulo, com as presenças de bandas como Suicidal Tendencies, Black Sabbath, Slayer e Kiss. No ano seguinte, também no Pacaembu, Therapy?, Megadeth, Faith No More, Alice Cooper e Ozzy Osbourne foram os principais nomes. Em 1996, novamente no Pacaembu, Mercyful Fate, King Diamond, Helloween, Biohazard, Motörhead, Skid Row e Iron Maiden agigantaram o festival, que também teve uma edição reduzida, no Rio de Janeiro, com Skid Row, Motörhead e Iron Maiden. De casa nova, na Pista de Atletismo do Ibirapuera, a edição de 1998 reuniu velhos conhecidos e nomes inéditos, tais como Glenn Hughes, Savatage, Saxon, Dream Theater, Manowar, Megadeth e Slayer. Quinze anos depois, sem edições por aqui, o Monsters of Rock retornou ao Brasil, com dois dias no Anhembi, em São Paulo. O lineup reuniu nomes da antiga e nova geração. Slipknot, Korn, Limp Bizkit, Hatebreed e Gojira dividiram o palco com Aerosmith, Whitesnake, Ratt, Queensrÿche, entre outros. A última edição, em 2015, também no Anhembi, seguiu uma proposta semelhante. Colocou nomes como Ozzy Osbourne, Judas Priest, Kiss, Accept e Manowar com Rival Sons, Coal Chamber, Black Veil Brides e Steel Panther. O que será que vem por aí? Façam suas apostas!

Entrevista | Andi Deris (Helloween): “Vai ser um recomeço para a música”

*Desde que lançou o seu último álbum de estúdio, My God-Given Right (2015), o Helloween surpreendeu os fãs com uma série de novidades. A mais impactante delas foi a Pumpkins United World Tour, que trouxe Kai Hansen e Michael Kiske de volta ao lineup. A super reunião rendeu duas passagens pelo Brasil (2017 e 2019) e um álbum ao vivo. Agora, a banda alemã consolida de vez essa formação com a estreia do disco homônimo, lançado na última sexta-feira (18). Vocalista do Helloween desde 1994, Andi Deris conversou via Zoom com o Blog n’ Roll. Na pauta, o novo álbum, turnê com o Hammerfall e Brasil. Descontraído e fumando um charuto durante a entrevista, Andi se mostrou extremamente divertido e chegou a brincar que entendia tudo que era dito em português, mas só conseguia arriscar uma conversa em espanhol. Com pandemia no meio do processo de preparação do novo álbum, qual foi o grande desafio do Helloween para tirar o disco do forno? Nós começamos a gravação bem antes da pandemia. Lembro que quando a pandemia chegou aqui, nós já estávamos preparando a mixagem. Quase tudo já estava gravado, só faltou uma parte do Michael, que precisou ir até o estúdio com uma autorização para circular durante o lockdown. Não tivemos problema, justamente porque estava quase tudo terminado. A única questão foi que eu e nosso produtor teríamos que viajar para Nova York para a mixagem, mas os Estados Unidos fecharam as fronteiras, então tivemos que encontrar uma solução, que foi a internet de fibra ótica. Felizmente, tenho uma internet muito boa aqui no meu estúdio, e em Nova York eles tinham a mesma conexão, e isso facilitou demais o processo. Tínhamos apenas 0.1 milissegundos de delay. Foi fantástico, parecia que estava lá. Reunir o lineup da Pumpkins United rendeu o resultado esperado? Isso é algo que já pensávamos fazer (um álbum para os fãs de todas as fases da banda), mas que você só percebe que deu certo quando está tudo pronto. Acho que fizemos um bom trabalho. Tivemos que fazer canções que se conectassem com os anos 1980, outras com os anos 1990, outras com os trabalhos menos antigos, e além disso também tivemos que construir as pontes entre essas músicas. Às vezes você faz um álbum e nem tudo sai como você espera, mas nesse tudo aconteceu de forma muito suave. Dizem que cozinhar demais queima a comida, mas dessa vez valeu a pena planejar com calma, porque a opinião de todos importou demais. Trabalhando com músicos tão bons fica mais fácil de alcançar esses sonhos. Além disso, os produtores também fizeram um trabalho muito bom para que o álbum fosse coerente. A escolha dos singles que antecederam o álbum parecem pensadas com muito cuidado, justamente para mostrar a força do lineup atual. Como foi feita a definição? Skyfall era um single um pouco óbvio para nós. É uma música longa, tem o Michael Kiske, que os fãs queriam tanto voltar a escutar… então foi a escolha perfeita para abrir o álbum. E Fear Of The Fallen foi, para mim, a melhor escolha para mostrar que: “olhem, aqui estão Michael e Andi em uma música que combina as gerações da banda”. É uma faixa muito completa e bem construída, que combina nossa história e passeia pelas décadas do metal. Uma música para todos, muito rica. O que você tem escutado ultimamente? De alguma forma impacta no trabalho de vocês? Eu sou muito aberto para ouvir qualquer coisa que me interesse. Então, estou sempre procurando por temperos musicais, como sons, arranjos, e até novas bandas. Não fecho meu ouvido para nada que seja novo. Acho que todos que têm um sonho merecem ser ouvidos. Passei por isso no começo e sei como é. Sou um artista curioso e gosto de entender o que é novo. Escuto duas, três vezes, até entender o conceito e aprender. E isso me ajuda a evoluir também. Claro que isso não faz com que eu mude as características da nossa banda, mas me dá pequenos temperos para apimentar cada vez mais nossa música. E acredito que nosso novo álbum seja especial justamente por combinarmos três décadas de metal e usando elementos novos. Voltar aos palcos e embarcar em turnê com o Hammerfall. Existe cenário melhor? Como chegaram na definição para a escolha deles? Hammerfall é uma banda de grandes amigos. Eles gravaram mais de um álbum no meu estúdio, já fizemos shows juntos e nos conhecemos há uns 15 anos. Então, é natural que você convide uma banda que tem uma boa relação para uma turnê. E é a primeira vez que vamos fazer uma turnê com ele. Na turnê que faríamos ano passado e foi atrapalhada pela covid, eles não poderiam participar porque estavam com a agenda cheia. Além disso, nossas agendas nunca bateram. Mas dessa vez vai dar certo, até porque todos os artistas estão com tempo nessa época. “É como se o safety car estivesse na pista da Fórmula 1. Todos estão com tempo para se ajeitarem até que a largada seja dada novamente. Vai ser um recomeço para a música”. Andi Deris, vocalista do Helloween Estou muito ansioso, mas sou supersticioso. Não gosto de demonstrar. Bato na madeira e torço para dar certo (risos). Não dá para prever as coisas. Não sei como é a real situação da covid atualmente, porque sabemos que sempre há questões políticas por trás. Na Alemanha, por exemplo, os números são maiores que no ano passado, mas as pessoas estão todas nas ruas. Não dá para entender bem, parece que tudo é um instrumento. O Helloween coleciona turnês bem sucedidas pelo Brasil. Tem alguma mais especial para você? Por que? Provavelmente, minha melhor memória é da minha primeira vez no Brasil, até porque a primeira é sempre a mais marcante. E, no caso, foi algo enorme. Foi em 1996, quando teve o Monsters of Rock em São Paulo. Se não me engano, o Megadeth estava escalado para o festival, mas eles tiveram um