Flaming Lips anuncia álbum só de versões de Nick Cave com fã de 14 anos
O título não está errado. The Flaming Lips gravou um álbum com uma fã de 14 anos. E o repertório contará com nove versões de canções de Nick Cave. Where the Viaduct Looms, previsto para 26 de novembro, já está disponível para pré-encomenda. O álbum traz vocais e instrumentação de Nell Smith, de 14 anos, e instrumentação e produção do The Flaming Lips. O álbum foi masterizado por Dave Fridmann no Tarbox Road Studios. The Ship Song ganhou um vídeo na última sexta-feira (12). Essa história inspiradora e comovente começou quando Smith, originalmente de Leeds (Inglaterra), mudou-se para o Canadá e conheceu Wayne Coyne aos 12 anos no show principal do The Flaming Lips no Sled Island Festival, em Calgary, em 2018 com sua família. Nell já havia comparecido a vários shows do Lips e era uma presença constante na frente do palco, vestida com uma fantasia de papagaio e gritando as músicas da banda. Logo depois, Coyne começou a notar a criança no terno de papagaio e cantou um cover de David Bowie diretamente para ela no show em Calgary, com Nell cantando cada palavra de volta. Um vínculo musical se formou com Coyne mantendo contato com Nell e seu pai Jude enquanto ela aprendia a tocar guitarra, e seu relacionamento criativo começou a florescer quando ela começou a escrever suas próprias canções. No entanto, quando uma viagem planejada para gravar com a banda em Oklahoma teve que ser cancelada devido ao covid, Coyne sugeriu que Nell gravasse algumas canções de Nick Cave e as enviasse por e-mail para Oklahoma para serem apoiadas pela banda. Escolha por Nick Cave Aliás, Coyne escolheu Nick Cave porque Nell não o conhecia e não teria noções preconcebidas sobre como cantar as músicas. A primeira faixa que eles gravaram foi um cover de Girl In Amber, cujo vídeo Nell compartilhou no final do ano passado. Sobre a colaboração, Coyne disse que é “sempre bom conhecer jovens criativos e animados”. “Com Nell pudemos ver que ela está em uma jornada e pensamos que seria divertido nos juntarmos a ela por um tempo e ver se conseguíamos fazer as coisas andarem. Foi uma ótima maneira de se conectar com ela e ajudar a dominar sua atitude bacana de fazer música”. Quando questionada sobre a experiência, Nell revelou que ainda não consegue acreditar que realizou o seu sonho. “Foi uma curva de aprendizado realmente íngreme, mas Wayne foi tão encorajador quando eu estava com dificuldade em algumas das músicas que continuei. Eu não tinha ouvido falar de Nick Cave, mas Wayne sugeriu que deveríamos começar com um álbum de suas versões cover e, em seguida, começar a gravar algumas de minhas próprias canções mais tarde. Foi legal ouvir e aprender sobre Nick Cave e escolher as músicas que queríamos gravar”. Nells continua, dizendo que está muito animada para ver isso se transformar em um verdadeiro lançamento de disco. “Estou super feliz por trabalhar com Bella Union e realmente ansiosa para que todos ouçam o álbum”. Nick Cave elogia Nell Smith Por fim, ninguém menos que Nick Cave já deu o selo de aprovação para o registro do Flaming Lips com Nells. Alertado sobre o cover por um fã, Nick Cave levou a versão ao seu site The Red Hand Files para escrever. “Essa versão de Girl in Amber é simplesmente adorável. Eu ia dizer que Nell Smith habita a música, mas isso está errado; ela desocupa a música, de uma forma que eu nunca poderia fazer”, disse Cave. “Eu sempre achei difícil me afastar dessa música em particular e cantá-la com sua remoção necessária; fiquei simplesmente tão confuso com as palavras, eu acho. Nell mostra uma compreensão notável da música, uma sensação de desapego que é bela e arrepiante. Eu simplesmente amo isso. Eu sou um fã”.
Nick Cave & The Bad Seeds abrem baú com raridades e b-sides
Nick Cave Productions & BMG liberaram nesta sexta-feira (23) o álbum B-Sides & Rarities Part I & II contendo material de mais de 30 anos de carreira de Nick Cave & The Bad Seeds. Em resumo, Part II, já disponível nas plataformas, é um compilado feito por Nick Cave & Warren Ellis e apresenta 27 faixas entre 2006 e 2019. Por fim, inclui 19 faixas raras e inéditas, incluindo Big Dream (With Sky), faixa foco de B-Sides & Rarities Part II. Aliás, a canção foi gravada durante o período do álbum Ghosteen entre 2018/2019.
Críticas | Arctic Monkeys, Goldfinger, Boom Boom Kid, Smashing Pumpkins, Billie Joe…
Arctic Monkeys – Arctic Monkeys Live At The Royal Albert Hall O show desta mesma turnê do Arctic Monkeys foi apresentado aqui no Brasil, no Lollapalooza 2019, com um set bem parecido. Portanto, não é surpresa aos fãs dos Monkeys a relação de ‘morde-assopra’. Em resumo, canções recentes mais climáticas dividem espaço com os rock indie barulhentos de outrora. Embaixo do manto do hype, o Arctic Monkeys é uma banda eficiente. Ao vivo não inova, mas entrega uma execução fiel e bem trabalhada de suas músicas. Goldfinger – Never Look Back Acompanhado de um time de estrelas – Mike Herrera (MxPx), Travis Barker (Blink-182), entre outros – John Feldman retorna seu Goldfinger com mais um disco super bem produzido. Ele mantém as bases punk-pop e ska-punk, mas com uma produção e refrões que têm muito a ver com a sonoridade de 2020. A busca pelo pop perfeito talvez tire um pouco da displicência e do charme que a banda carregava nos anos 1990, mas ainda é um belo trabalho. Boom Boom Kid – Bienvenido: Zona de Descanzo Primeiro disco acústico de estúdio do Boom Boom Kid. O ex-Fun People recria uma porção de suas canções em versões unplugged low-profile, por vezes usando e abusando de efeitos/reverb, ou na voz, ou no violão. Além dos resgates, ainda temos faixas inéditas e versões na seleção final. Prolífico como poucos, Nekro é um dos maiores artistas do cenário alternativo sul-americano e se acostumou a fazer muito com pouco. Radkey – Green Room Os irmãos Dee, Isaiah e Solomon Radke formam uma das bandas punk mais interessantes dos últimos anos. Power trio de canções simples e refrões ótimos, chegaram a seu quarto disco, lançado de forma independente e com ajuda de uma campanha de crowdfunding. Aqui a banda apresenta uma coleção de canções punk com viés pop, resgatando melodias dos Ramones circa anos 1980 e também algo de Misfits. Vale a pena. Smashing Pumpkins – CYR O Smashing Pumpkins sempre operou em três instâncias musicais: canções baseadas em riffs pesados de guitarra, baladas épicas e mais recentemente, músicas calçadas em synths. Este é praticamente todo baseado nesta terceira opção. Olhando pra trás, CYR dialoga principalmente com a fase Monuments to an Elegy. É um álbum difícil na discografia do grupo, apesar de soar pop na maior parte do tempo. Billie Joe Armstrong – No Fun Mondays No começo da quarentena, o vocalista do Green Day anunciou que lançaria um cover por semana, até ‘o mundo retornar ao normal’. As semanas passaram e Billie lançou 14 covers no projeto No Fun Mondays. Agora, porém, as reuniu neste LP. Apesar das diversas fontes originais, aqui as canções ficaram todas com aquele jeitão power-pop. Guitarra, vocais melódicos e refrões ganchudos. É o músico fazendo o que faz de melhor. The Network – Trans Am O Network surgiu em 2003 como uma banda new wave secreta cujos integrantes “pareciam demais” com os caras do Green Day. Na época o grupo sustentou a brincadeira de identidade secreta e soltou um disco tão excelente quanto descompromissado. Pra quem se decepcionou com o último disco do Green Day, o Network vem para restaurar sua fé no trio de Oakland, soltando aqui neste EP quatro faixa novas super divertidas. New Model Army – Carnival (Redux) “Carnival foi o único álbum em que a gravação, mixagem e masterização não trouxeram o resultado perto do que era pretendido originalmente“. A declaração é do vocalista Justin Sullivan sobre seu CD de 2005. Contudo, neste 2020, onde a banda comemora aniversário de 40 anos e teve seus planos abortados, este álbum está sendo relançado e ‘reimaginado’. Com o resgate, recebeu nova mixagem e faixas inéditas. Para redescobrir. Refused – The Malignant Fire O Refused tem o costume de sempre lançar um EP pouco antes ou pouco depois de um novo álbum full. No caso, The Malignant Fire é sucessor do disco War Music, lançado ano passado. Se no conteúdo o Refused continua pregando para convertidos, no som o grupo tenta sempre dar alguns passos fora da fórmula. O óbvio seria a morte artística desta banda que já ousou moldar ‘a forma que o punk virá’. Hardcore fora da caixa. Killer Be Killed – Reluctant Hero O novo do Killer Be Killed, formado por Max Cavalera (Soulfly, Cavalera Conspiracy); Greg Puciato (The Dillinger Escape Plan); Troy Sanders (Mastodon); e Ben Koller (Converge), vem com uma unidade muito maior do que no álbum de 2014. Aqui as canções se conversam muito mais, são inclusive mais palatáveis que as do primeiro disco, com muitos vocais melódicos e ótimos refrões. Metal inteligente, agressivo e criativo. Nick Cave – Idiot Prayer – Nick Cave Alone At Alexandra Palace Em junho, durante o período de lockdown no Reino Unido, Nick Cave fez uma live no Alexandra Palace, em Londres. Somente acompanhado de seu vozeirão e seu piano, Cave transmitiu a classuda apresentação em live paga que agora virou CD. O clima intimista e de solidão fazem a cama para as 22 faixas que preenchem o setlist lembrando a fase Grinderman, dos Bad Seeds e faixas de seu trabalho mais recente. Obra de arte! Joan Jett & The Blackhearts – Playin’ With Fire (Live In Long Island, NY ’81) Em 1981, Joan estava voando baixo ao lado de seus Blackhearts, divulgando o excelente Bad Reputation. Aqui temos o registro de um show transmitido via rádio e lançado via bootleg diversas vezes nos últimos 30 anos. O setlist de 21 músicas é divertido, tem as faixas do disco da época e covers, tocado por uma banda afiadíssima, em seu melhor momento comercial e criativo. Excelente!
Nick Cave apresenta sua versão de Cosmic Dancer, hit do T. Rex
O hit Cosmic Dancer, do T. Rex, ganhou uma nova e emocionante versão produzida por Nick Cave, nesta quarta-feira (29). Em síntese, a faixa vai integrar o disco AngelHeaded Hipster: The Songs of Marc Bolan and T.Rex, álbum tributo a Marc Bolan, frontman do T. Rex que morreu aos 29 anos de idade, em 1977. Aliás, o projeto que tem como data de lançamento o dia 4 de setembro, promete ser um dos melhores trabalhos de 2020. O disco contará com 26 músicas, entre elas há registros do U2, Elton John, Joan Jett e Kesha.
Nick Cave afirma que Kanye West é o maior músico da atualidade
O astro Nick Cave usa uma espécie de boletim semanal no site Red Hand Files para responder alguns fãs. Na edição desta semana, ele foi questionado se gostava de Kanye West. Em conclusão, Cave não só afirmou que admira o artista, como o considera o maior músico da atualidade Anteriormente, Nick já havia respondido um internauta que perguntou se ele não tinha medo de perder fãs após lançar um disco com uma sonoridade diferente. O vocalista escreveu o quão importante é, tanto para músicos quanto para fãs, essa mudança. “A música desafiadora, por sua própria natureza, afasta alguns fãs enquanto inspira outros, mas sem essa dissonância, não há conversa, não há risco, lágrimas e sorrisos, e ninguém se emociona ou é afetado!”. Contudo, a mensagem marcante da edição foi feita por outro seguidor. O internauta fez a simples pergunta ‘você gosta de Kanye West?’. Nick Cave não poupou elogios ao rapper na resposta. “Fazer arte é uma forma de loucura – nos aprofundamos em nossa visão singular e nos perdemos nela. Não há músico na Terra que esteja tão comprometido com seu próprio desequilíbrio quanto Kanye, e a esse respeito, neste momento, ele é nosso maior artista”.
Nick Cave and the Bad Seeds divulga no YouTube filme de clássica apresentação
Em 2018, a banda Nick Cave and the Bad Seeds divulgou o filme Distant Sky – Live in Copenhagen. Agora, o projeto foi finalmente disponibilizado no YouTube. Com direção de David Barnard, a produção captura o show do grupo na Royal Arena da Dinamarca em 2017. Na época, o conjunto estava em turnê para divulgar o álbum Skeleton Tree (2016). Em resumo, o disco conta com uma grande carga emocional já que foi feito logo após a morte de um dos filhos de Nick Cave. Aliás, na apresentação, temos a canção From Her to Eternity, faixa-título do disco lançado em 1984, no setlist. Distant Sky já chegou a ser exibido nos cinemas por uma noite e esteve no site de Cave por alguns dias.
PJ Harvey faz releitura de Nick Cave para trilha de série
Críticas: LagWagon, Humberto Gessinger, Grade 2, The Wildhearts…
Nick Cave faz revelações musicais em blog pessoal
Respondendo perguntas dos fãs em seu site, Red Hand Files, Nick Cave revelou que já teve a intenção de colaborar com Flatbush Zombies. No post mais recente, onde refletia sobre merchandising de artes, Cave comentou que já tentou escrever uma canção com Flatbush Zombies. “Alguns anos atrás, os Zombies e eu tentamos uma colaboração e eu mandei minha versão de Cosmic Dancer. Eles não curtiram, mas samplearam e usaram minha voz de qualquer forma”. No fim das contas, a música acabou nem sendo lançada. De dicas sobre composições até revelar algumas crenças pessoais, Nick Cave tem utilizado o Red Hand Files como seu confessionário aberto aos fãs. Os textos, escritos como cartas, desaguam conforme a profundidade das perguntas. Frequentemente, assuntos pessoais ou profissionais se relacionam aos temas. Em uma das respostas, por exemplo, comenta quem são seus guitarristas favoritos. Comenta ser um grande fã de King Crimson desde pequeno, destacando Robert Fripp como seu maior ídolo. Os dois já trabalharam juntos anteriormente. Outro guitarrista mencionado é David Gilmour, icônico membro do Pink Floyd. Cave também destaca seu talento vocal. “Esses guitarristas tocam como se estivessem cantando, eu acho. Tonal e emocionalmente, a guitarra de Gilmour é simplesmente uma versão épica de sua voz”.