Gabrielle Aplin expande universo de Phosphorescent com EP de inéditas

Depois dos singles Just Because I’m Okay (revelado no dia em que se apresentou no festival de Glastonbury) e Make it Better, a cantora e compositora britânica Gabrielle Aplin apresenta Phosphorescent Extended, EP inédito que expande o universo do trabalho lançado em janeiro, seguindo a delicadeza da cantora. “A produção de Phosphorescent foi uma das experiências mais criativas e puras da minha carreira. Todas as faixas, incluindo remixes e colaborações, contam com uma sonoridade única e é por isso que eu quis fazer o Phosphorescent Extended, para que elas possam viver na mesma época”, celebra Aplin. >> Leia entrevista com Gabrielle Aplin O EP foi lançado uma semana após o single Make It Better, uma música sobre tentar encontrar alguma paz interior quando os eventos ao nosso redor estão em um estado constante de turbulência. O novo EP conta com faixas extra relacionadas ao álbum, como a versão de Anyway com Gavin James e a do sucesso Skylight (da trilha sonora de Todas as Flores, do Globoplay), com o brasileiro Zeeba – cujo vídeo foi gravado durante sua vinda ao Brasil em janeiro para o lançamento do trabalho, no Beco do Batman, em São Paulo. A estadia no país contou também com uma exposição de fotografia e um show esgotado.
Gabrielle Aplin une pop e alternativo em delicado álbum Phosphorescent

Buscando novas luzes em meio aos dias escuros, a cantora e compositora inglesa Gabrielle Aplin lançou o álbum Phosphorescent, onde mergulha suas intimistas canções em uma roupagem pop e alternativa. O disco não é necessariamente um produto da pandemia, mas surge da solidão e estranheza que Gabrielle, como muitos de nós, experimentou ao longo desse tempo. Após uma mudança para o interior, com maior conexão com a natureza, Aplin notou que estava escrevendo canções com uma libertação recém-descoberta. “Este é um disco que fala sobre arrependimento, auto-reflexão, desejo de mudança e se encontrar. Tudo na gravação deste álbum pareceu tão natural. Foi ótimo para mim porque me fez realmente conhecer quem eu sou agora, considerando que tanta coisa mudou. Eu só quero que as pessoas se conectem e sintam um pouco do que senti ao fazer esse projeto”, conta ela, que recentemente atingiu a marca de 1 bilhão de streams. >> CONFIRA ENTREVISTA COM GABRIELLE APLIN Criado de modo escapista com colaboradores recorrentes como o produtor Mike Spencer e sua parceira de composição Liz Horsman, Phosphorescent é um álbum no qual Gabrielle abraça a inspiração que ela encontrou simplesmente por passar tempo com a natureza. Isso explode nos singles lançados, bem como no neo soul de Anyway e a pop I Wish I Didn’t Press Send. Desde que começou a lançar covers no YouTube há pouco mais de uma década, Aplin conseguiu um álbum com certificação de Disco de Ouro, que chegou ao segundo lugar das paradas no Reino Unido (English Rain, de 2013) e acumulou 258 milhões de visualizações em seu canal. No Brasil, ela liderou as paradas em 2016 com o hit Home, que foi tema da novela Totalmente Demais (TV Globo). O sucesso foi tanto, que a artista fez uma performance ao vivo no meio da trama. Aliás, agora ela abre uma página nova em sua carreira com o novo disco. A faixa de abertura Skylight está na trilha sonora da novela Todas as Flores, do Globoplay. “Para esse disco, eu estava compondo de novo por diversão. No começo não havia objetivo claro, mas quando as músicas começaram a surgir eu pude ver que elas eram sobre coisas que eu nunca havia processado até aquele momento. Acho que muitas pessoas realmente não pararam de verdade até que a pandemia as forçou, e esse foi definitivamente o meu caso. Muitas delas estavam abordando coisas que eu havia adiado até então. Isso realmente me fez questionar quem eu era. Parecia que eu estava fazendo um álbum pela primeira vez”, ela conclui. Ouça Phosphorescent
Entrevista | Gabrielle Aplin – “Fiz essas canções de maneira muito real”

A cantora e compositora britânica Gabrielle Aplin segue aquecendo o público com singles de seu quarto álbum de estúdio, Phosphorescent, que tem previsão de lançamento para 13 de janeiro de 2023. Aliás, para se aproximar ainda mais dos fãs brasileiros, ela tem investido em lyric video com as músicas em português, como fez recentemente com a dançante e introspectiva Never Be The Same. Never Be The Same é a síntese perfeita entre as duas faces do som de Gabrielle, misturando suas raízes no folk e uma sonoridade que se aproxima do pop alternativo. Ela é um dos destaques do novo álbum da artista, Phosphorescent, que não é necessariamente um produto da pandemia, mas é o da solidão e estranheza que a artista, como muitos de nós, experimentou ao longo desse tempo. Após uma mudança para o interior, com maior conexão com a natureza, Gabrielle descobriu que estava escrevendo canções com uma libertação recém-descoberta. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Gabrielle Aplin conversou sobre o novo álbum, a pandemia e a ligação com o Brasil. Anteriormente, a artista participou da novela Totalmente Demais, da Globo, com música na trilha sonora e uma ponta na reta final. Phosphorescent, seu novo álbum, será lançado em janeiro. Como está sua expectativa? Eu espero que seja o maior álbum do mundo. Não diria que tenho expectativas disso, mas gostaria que fosse. Sem dúvida, o meu favorito de todos que fiz, acho que é o mais detalhista, o que mais coloquei carinho em tudo. É meu quarto álbum, então sei do que gosto e não gosto, o que eu faria e o que não faria, então espero que isso transpareça também. Em resumo, é uma união de fatores, espero que pareça muito verdadeiro e tenha muito espaço físico. Então espero que isso apareça quando meus fãs o escutarem. E também terei que viajar por causa dele, então me levará a lugares. Como foi o processo de criação desse trabalho? O que precisou fazer de diferente na comparação com os três primeiros? Escrevi músicas no isolamento do lockdown. Estava apenas escrevendo por diversão, não tinha planos de fazer um álbum. Então meu amigo, Mike Spencer, que produziu o álbum, veio e me perguntou se queria fazer um álbum, e eu tinha todas essas canções que fiz. Pareceu tão natural, tão real, e estava escrevendo canções apenas por diversão, como quando trabalhava em uma cafeteria e compunha, era a mesma vibe. Fiz essas canções de maneira muito real, orgânica, mas também muito isolada. Eu queria que o processo de gravação fosse muito humano, com o máximo de instrumentistas possível, pelo menos para a gravação. E tudo que não fosse real, como por exemplo um simulador de bateria, teria que sair por um alto-falante e uma sala, para dar ambiência, ter uma sensação de espaço físico, isso foi muito importante para mim. Por fim, também queria uma conexão forte com a natureza, queria que tudo fosse muito natural e real. Me esforcei muito para ter certeza de que estava sendo eu mesma. Esse tempo sem álbum novo, quase três anos, traz algum sentimento curioso para você? Com certeza, me sinto como no meu primeiro álbum, English Rain, novamente. Só que com mais conhecimento, e confiança para dizer o que quero e o que não quero. Sinto a sensação de fazer um álbum pela primeira vez, mas já tendo feito antes. Não teve ninguém da gravadora vindo falar comigo e perguntando se podem ouvir algo, mudar algo, se posso fazer uma música de um jeito para ser mais popular, não houve interferência, e não tive que pedir para ser desse jeito, apenas foi desse jeito. Artisticamente fiquei muito grata. No Brasil, você conquistou um grande alcance quando teve o single Home na trilha sonora de uma novela. O que representou para você? Foi muito divertido, eu amei. E tive a oportunidade de fazer uma participação no último episódio, foi doido. É a razão pela qual tenho que voltar para o Brasil, fazer shows, foi uma experiência incrível. Algo que eu nem sabia que existia, e de repente estou no meio de tudo isso. Acho incrível a quantidade de maneiras que uma música pode estourar. Não temos nada equivalente a isso aqui, temos novelas, mas não é a mesma coisa. É muito único do Brasil o que vocês têm com as novelas. Pude ir até o estúdio e ver a gravação, foi uma experiência incrível. Deu tempo de conhecer alguns lugares do Brasil? Na verdade não, preciso voltar, preciso voltar. Foi muito rápido, fiz um show em São Paulo e passei no Rio onde ficavam os estúdios de gravação. Mas amo fazer shows para conhecer fãs, acho que música e fãs são as duas coisas mais importantes. Então adoraria voltar para fazer mais shows pelo país, e tiraria alguns dias para explorar também. A pandemia aflorou muitos sentimentos nas pessoas. A solidão foi um dos mais impactantes. Você passou esse período em Brighton mesmo ou foi para outra região? Como lidou com esse período? Poderia ter sido pior, tive muita sorte, não posso reclamar, mas encontrei muita dificuldade. Eu sofro de TOC, então na época minha pior sensação era de ser uma pandemia global respiratória, e eu pensava que meu pior pesadelo tinha se tornado realidade, então foi bem assustador. Estava em Brighton e tinha acabado de lançar um álbum, e os outros artistas estavam pensando que ia ser um bom período para compor em nossas casas, e eu já tinha feito um álbum e não sabia o que fazer. Então me mudei para uma área mais rural, me senti desanimada, era inverno também, e foi aí que comecei a compor, pois não tinha mais nada para fazer, e nesse ponto já me sentia pronta para compor novamente. Obviamente, agora, estou feliz que fiz isso, mas na época me senti estranha. Foi uma época estranha para todos, tenho certeza que afetou meu álbum de uma maneira interessante, pois como disse, foi uma época onde estava muito isolada, que quando chegou