Festival GRLS! celebrará mulheres na música em SP
Com curadoria do Popload, a Time For Fun promove o festival GRLS!. Dedicado à destacar o papel feminino na indústria musical, o evento já tem datas definidas. Serão dois dias de palestras, workshops, debates e shows no Memorial da América Latina, em São Paulo. O festival acontecerá nos dias 7 e 8 de março. Segundo a diretora artística da T4F e sócia da Popload Paola Wescher, o festival reúne pautas necessárias pela equidade na indústria. “Pensamos em um festival feito por mulheres e não-binários, mas que crie uma discussão para todos os gêneros. Queremos fazer pensar, refletir e também conectar todas as pessoas. A mulher sempre tem que se esforçar mais, se impor mais e conquistar mais para ser respeitada”. “Temos muitas mulheres fortes em todos os setores da indústria da música, tanto no palco como atrás dele, fazendo tudo acontecer. Queremos amplificar essas vozes e ser um marco neste sentido. Celebrar tudo o que já foi conquistado e abrir caminho para o que ainda precisamos melhorar, criar e conquistar”, concluiu Wescher. A prévia do festival virá com podcasts produzidos pela Popload Radio, além de matérias exclusivas das artistas participantes. Também serão feitas ativações em um portal especial para o GRLS!. Filosofia de equidade O conceito do festival abrange o potencial comunicativo da música. Alinhando sua proposta com a estrutura, o evento se compromete a ter uma escalação 100% composta por artistas mulheres. Em eventos e festivais de música, 87% das escalações são compostas por homens. Neste cenário, os cachês das artistas mulheres são 28% menores que os dos homens, uma diferença que aumenta com a idade. Os levantamentos foram feitos pela BBC Reality Check e União Brasileira de Compositores. Ícones femininos internacionais e nacionais, desde o MPB até o indie e pop terão presença exclusiva nos palcos. Este compromisso afirma o poder transformativo da música, ampliando as vozes femininas com espaços dedicados a palestras, oficinas e muito diálogo. As informações sobre datas de venda, valores de ingressos e lineup serão divulgadas em breve. O público poderá adquirir ingressos separados. Terão a opção de comprar somente para as palestras e workshops, somente para os shows ou para ambos.
Patti Smith promove sarau literário punk no Popload Festival
Popload Festival anuncia horários dos shows
Está chegando! O Popload Festival 2019 anunciou os horários de seus shows. Agora, as atrações já estão demarcadas na programação. O evento acontece em 15 de novembro, em São Paulo, no Memorial da América Latina. O festival começa cedo, às 10h45, com show de Ilê Aiyê. Para fechar o evento, Boy Pablo se apresenta às 22h30. Confira a programação completa: Ilê Aiyê, às 10h45 Luedji Luna, às 11h00 Little Simz, às 11h55 Khruangbin, às 13h15 Tove Lo, às 14h45 Cansei de Ser Sexy, às 16h15 Hot Chip, às 17h45 The Raconteurs, às 19h15 Patti Smith and Her Band, às 20h45 Boy Pablo, às 22h30 Serviço Popload Festival 201915 de novembroMemorial da América Latina (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda, São Paulo)Abertura dos portões às 10hIngressos disponíveis pelo Ticket Load e na bilheteria do Unimed Hall, com valores entre R$ 580 e R$ 800 (inteira).
Roo Panes faz show intimista em repertório de boas histórias
O show de Roo Panes é como um café quentinho numa tarde de outono. Em apresentação no Fabrique Club, em São Paulo, pelo Popload Gig, o cantor britânico apresentou a essência do folk. Com pouco mais de uma hora de show, entregou um repertório acústico cheio de significados, sozinho, para um público encantado por suas histórias. Com sorriso tímido, o cantor sobe ao palco só na voz e violão. Começa o show com Indigo Home, seguido de duas novas canções: Thinking of Japan e There’s A Place. Mesmo com alguns problemas de som, o cantor mantém a tranquilidade e brinca com tudo. À primeira vista, parece introvertido, mas vai se soltando. “Estou sozinho hoje, então vou conversar bastante com vocês”. Uma música, mil sentimentos O papo com o público tornou o show leve como tocar violão em uma roda de amigos. “Adoro como vocês vibram com músicas tristes. Essa é uma canção séria”, brinca Panes, afinando seu violão para embalar There’s A Place. A platéia, imersa em suas músicas, brindou o britânico com um silêncio respeitoso. Mesmo gripado, Roo Panes não deixou barato nos vocais. “Não sei se vocês perceberam, mas estou um pouco doente. Não posso ouvir muito, inclusive, não posso cantar muito”. Com Tiger Striped Sky, fala de escapismo e recomeços. Intercalando o set com músicas mais antigas, então partindo para Home From Home. Conta que a história veio da partida de Londres, em sua primeira turnê pela Escócia. Sempre baseado nos detalhes da vida, Roo Panes descreve suas canções com histórias extremamente identificáveis. Seguiu comentando sua infância com Ran Before The Storm. “Quando era pequeno, eu costumava sair de casa quando ficava irritado para esfriar a cabeça. Teve essa vez em que eu saí e uma tempestade me pegou, próximo à floresta, e eu fiquei muito irritado. É interessante, porque isso me fez pensar sobre perspectiva, sobre como uma coisa simples como uma chuva me deixou tão irritado. Então eu desci a colina de volta e pensei nessa música”. Conexão e entrega com o público Em Little Giant, o público cantou emocionado cada verso da canção. Roo agradece cada salva de palmas com um “obrigado” tímido. “Essa música é sobre paz, na verdade. Tentar uma vida simples”, enuncia para Quiet Man. Em seguida, embala seu maior sucesso no Brasil, Lullaby Love, que ficou popular após integrar a trilha da novela A Dona do Pedaço. Quando soltam a máquina de fumaça, brinca que poderia dizer qualquer coisa que seria “uau, muito dramático”. Retorna no bis com Ophelia, e logo após se despedir do palco, retorna mais uma vez a pedido dos fãs. Encerra a noite com Open Road, uma canção mais otimista. Novamente, o público canta junto, estalando os dedos para marcar o ritmo. Juntos, embalam “let me out of this cage, before I swell up with rage / let me sing to old age before I’m done / let me shout to the skies that I’m too young to die / and that fate will never stop me from trying“. A estrofe, que proclama liberdade e oportunidade de tentar ser quem é, deixa os ânimos lá no alto. Roo Panes então se despede de vez, deixando o palco do Fabrique Club com um gosto de quero mais. De charme acolhedor, sotaque carregado e entrega de alma, Roo Panes oferece aos fãs uma apresentação encantadora. Sua voz e violão silenciaram o Fabrique, que ouvia atento a cada verso de suas canções. Ao fechar os olhos, seu acústico se torna uma experiência profunda. E é dessa simplicidade e verdade que a arte se trata, afinal.