Rebeca canta sobre caminhos que levam ao amor em Apressa

Apressa, canção que a cantora e compositora Rebeca lança hoje pela Deck, surgiu a partir de conversas entre amigos. “E se fossemos outras pessoas? E se encontrássemos a pessoa que a gente ama em outro momento da vida?”, comenta a artista sobre os questionamentos trocados com amigos como Renato Cortes, que levaram à composição da música. Para fazer a letra, ela se inspirou no estilo de escrita de seu parceiro da banda Gragoatá, Fanner Horta. “Ele escreve deixando uma incerteza no ar, e suas letras costumam me transportar para uma cena em que o eu lírico tá andando na rua em direção a algum lugar e tem uma reflexão, um desabafo, sem muita resolução a vista, mas expressando um sentimento sempre muito singelo”, explica. A sonoridade da faixa traz referências de artistas como Adam Green, Devendra Banhart e Little Joy – interesses musicais que a cantora divide também com Fanner Horta – e a produção musical é assinada por Rafael Ramos, da Deck, com quem a artista colabora agora pela primeira vez. “Eu já tinha vontade de gravar com ele e acho que ele leu meu pensamento sobre o caminho estético de Apressa. Ele trouxe texturas que deram cara pra música e propôs gravarmos com instrumentos antigos. Passamos um dia no estúdio, o Leon Navarro gravou os violões e eu toquei instrumentos que nunca tinha visto antes. Foi um dia lúdico e muito produtivo”, comenta Rebeca. Recentemente, a artista lançou Espiral, seu segundo disco solo. Apressa não integra o repertório do álbum, mas é um desdobramento das histórias começadas nele. “Acho que essa música é uma continuação de Telepatia, que fecha o disco. As duas falam sobre se abrir para uma nova relação, mesmo com incertezas e vulnerabilidades no caminho. Em Apressa, existe uma vontade de encontrar um meio termo no encontro, com uma disponibilidade maior e mais clareza.”
Rebeca assume a composição em Espiral, novo álbum lançado pela Deck

Por meio de um mergulho criativo de escrita diária, a niteroiense Rebeca começou a escrever, ainda na pandemia, as canções que integram agora Espiral, o seu segundo álbum solo, lançado pela Deck. “Antes eu tinha uma abordagem mais tímida, criava com base nas letras de outros compositores. Decidi então descobrir a minha identidade musical, sem me ‘esconder’ atrás de outras composições”, divide a cantora, que contou com a parceria da artista Manny Moura durante essa escrita. Gravado entre 2020 e 2024 em Niterói, Rio de Janeiro, São Paulo, Boston e Los Angeles, o disco tem produção musical assinada por Rebeca e Rodrigo Martins, indicado ao Grammy Latino por seu trabalho com o cantor Rubel. “O conceito das músicas evoluiu muito durante a produção, refletindo minha busca para entender quem sou e explorando meus relacionamentos, não apenas amorosos. Abordei minhas reações diante de frustrações, reconhecendo-as e recalculando a rota. Falo sobre medo, desejo, vulnerabilidade, desistência e o espaço para o novo. É uma fase de transição entre os meus 24 e 28 anos, vivendo em três cidades: Niterói, São Paulo e Rio”, compartilha a artista que tem – só no Spotify – mais de 600 mil ouvintes mensais e ficou conhecida por participar do The Voice em 2015, além das performances e canções pela banda Gragoatá e feats com Rubel, Julio Secchin, entre outros. A sonoridade das faixas traz influências de artistas ouvidas por Rebeca durante a construção do trabalho, como Joni Mitchell, Phoebe Bridgers, Lana Del Rey, Bjork, Clairo, Adrianne Lenker (Big Thief) e Adriana Calcanhoto. De caráter confessional, as músicas trazem a voz como ponto central para expressar os sentimentos retratados nas composições. “Meus arranjos vocais são elementos fundamentais na identidade das minhas músicas. A voz, para mim, é mais do que a melodia principal, é meu instrumento principal de expressão por meio do qual exploro noções rítmicas e harmônicas”, conta Rebeca.
Rebeca lança single e clipe “Foge de Casa”; assista

A cantora e compositora Rebeca faz sua estreia na gravadora Deck com o single e clipe Foge de Casa. A canção é um “folk pop dreamy”, em suas palavras, embalado por um belo arranjo de violões de nylon, o que traz uma pegada MPB para a canção. A letra fala da nossa incapacidade de controlar da vida e seus acontecimentos. Rebeca compôs assim que começou o a quarentena, no início da pandemia, quando essa mudança de rota acabou com seu projeto de mudar de cidade. “Nessa época estava trabalhando com um tipo de escrita mais confessional, estava ouvindo muitos compositores/cantores e acabou servindo como um terapia também”, contou ela. O clipe, com direção de Juliana Colinas, segue o clima da canção com Rebeca numa cama no alto de um prédio trazendo ao mesmo tempo a liberdade de estar perto do céu e a prisão de não poder pular. Foge de Casa é o primeiro single do álbum que Rebeca lançará no segundo semestre.