Awolnation faz show de gente grande em NY e prova estar pronto para festivais no Brasil

O Awolnation, projeto de dance-rock liderado por Aaron Bruno, lotou o Irving Plaza, em Nova York, no último dia 14, e mostrou estar pronto para enfrentar grandes festivais pelo Brasil. De cara, para quem assiste ao show, é nítido que cairia super bem no meio da tarde no Lollapalooza. Atualmente, o Awolnation divulga o álbum The Phantom Five, lançado em 2024, que chegou a ser tratado como o último álbum de Aaron Bruno frente ao seu projeto. “Havia um senso de urgência na mentalidade de tentar tratá-lo como um álbum de despedida, agora resta saber se continuo. Provavelmente irei, mas me sentiria confortável em ir embora porque acho que isso é o melhor que tenho a oferecer”, comentou em entrevista ao Blog n’ Roll. No Brasil, assim como em boa parte do mundo, o Awolnation ganhou muito alcance com o hit Sail, de 2010, que entrou na trilha de séries, filmes e até comerciais. Na apresentação, Sail é a faixa que encerra o show. E isso é muito válido porque prende a atenção para o restante do trabalho de Aaron Bruno em quase 1h30 de tempo corrido. Jump Sit Stand March, um dos destaques do novo álbum do Awolnation, ficou ainda mais pesada ao vivo, garantindo alguns pulinhos do público na frente do palco. >> CONFIRA ENTREVISTA COM AWOLNATION Apesar de todo orgulho pelo álbum Phantom Five, a atenção maior na atual turnê está no debut, Megalithic Symphony, de 2011. Foram seis faixas adicionadas no repertório contra três do disco mais recente. Sempre muito performático, Aaron Bruno não para por um segundo. Anda de um lado pelo outro, sobe no palco da bateria, corre em direção ao público e despeja um som potente atrás do outro. Soul Wars e Kill Your Heroes, ambas do Megalithic, mexeram demais com o público. Era nítida a emoção de quem estava mais próximo ao palco e cantou tudo do início ao fim. Outra pedrada do debut, Burn It Down é praticamente um punk rock, só não rendeu um circle pit porque o público estava mais na faixa 40+ e optou por contemplar a energia infinita de Aaron Bruno. O rápido intervalo no fim não tirou ninguém da frente do palco. O público estava esperando o hit de quase um bilhão de streams apenas no Spotify. Sail, que foi precedida por Panoramic View, principal single de Phantom Five, rendeu a maior quantidade de vídeos gravados daquela noite em Nova York, perdendo talvez apenas para as filmagens de turistas com golpistas vestidos de Homem-Aranha, Mickey e monges budistas da Times Square. Bandas de abertura Tão eclética como Aaron Bruno, a programação da noite no Irving Plaza rendeu boas surpresas com Makua e Bryce Fox.  O primeiro é formado pelo surfista havaiano Makua Rothman, que já foi campeão mundial de ondas grandes em 2015. Apesar do visual Netinho, aquele do Milla, Makua tem boas inspirações. Flutua entre Sublime, No Doubt e alguns repentes de skazinho. Fez um show honesto e curto, cerca de 30 minutos, que agradou em cheio ao público que acompanhou nas palminhas e gritos de apoio. Bryce Fox, que veio na sequência, também com set de 30 minutos, parecia já mais familiarizado em tocar com grandes artistas. Com quase 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify, aproveitou a ocasião para apresentar seu álbum mais recente, The Butterfly and The Bomb, lançado no fim de março. Mas também teve espaço para seus singles mais conhecidos, Stomp Me Out e Horns, ambas de Heaven on Hold, de 2017. Golden Boy, do Strenght (2022) e responsável por abrir o show, foi outro grande acerto. O single é bem poderoso. Setlist de Awolnation    Jump Sit Stand March Soul Wars Kill Your Heroes Run The Best Barbarian Burn It Down Holy Roller Hollow Moon (Bad Wolf) Like People, Like Plastic Not Your Fault Knights of Shame Bis Panoramic View Sail