Turnê de despedida de Glenn Hughes chega ao Brasil em novembro

A turnê de despedida do lendário músico inglês Glenn Hughes, uma das vozes mais marcantes da história do rock mundial, chega à América do Sul em novembro, em uma série de 11 shows imperdíveis que celebram mais de cinco décadas de carreira em uma despedida histórica. Serão cinco apresentações no país, em um roteiro que inclui Porto Alegre (11/11, Opinião), Belo Horizonte (13/11, Mister Rock), Rio de Janeiro (14/11, Circo Voador), São Paulo (16/11, Vip Station) e Curitiba (18/11, Tork N’ Roll). A produção é da Dark Dimensions. Para os shows em Belo Horizonte e São Paulo, os ingressos antecipados estão disponíveis no site da DDTickets. Já para o show no Rio de Janeiro, as vendas ocorrem pela Eventim, enquanto para Curitiba e Porto Alegre, os ingressos estão à venda pela Bilheto. Conhecido mundialmente como “A Voz do Rock”, Hughes é um artista que transcende estilos e épocas. Desde o início com o Trapeze, no fim dos anos 1960, até o período lendário no Deep Purple, ele consolidou-se como uma figura essencial da música contemporânea. Com o Purple, participou de álbuns icônicos como Burn e Stormbringer (1974), além de Come Taste the Band (1975), incorporando elementos de funk e soul que ampliaram as fronteiras do hard rock. Durante a turnê, Hughes apresentará um repertório abrangente que percorre toda sua trajetória: desde sucessos do Deep Purple, passando por fases marcantes em projetos como Black Sabbath, Hughes/Thrall, Iommi/Hughes, Black Country Communion (com Joe Bonamassa) e The Dead Daisies, até canções de sua carreira solo, reconhecida pela mistura única de soul, funk, blues e hard rock. Induzido ao Rock and Roll Hall of Fame em 2016 como membro do Deep Purple, Glenn Hughes também é lembrado por suas colaborações com lendas como Tony Iommi, Gary Moore e David Coverdale. Aos 73 anos, mantém uma vitalidade impressionante e uma voz que continua ecoando com a mesma força e emoção que o consagraram como um dos maiores cantores do gênero. Além de revisitar seus grandes momentos, Hughes apresenta na turnê faixas de seu novo álbum solo, Chosen, lançado recentemente pela parceria Shinigami Records/Frontiers Music. Gravado em Copenhague, o disco marca seu retorno após nove anos e traz dez canções que exploram temas como fé, amor, esperança e aceitação. “Escrevo sobre o que sinto por dentro, e não sobre o mundo externo”, explica o músico. “Chosen é um álbum de alimento para a alma — e nunca fui tão grato por estar aqui. A música é a cura”, comentou. Nos últimos anos, Glenn Hughes manteve uma relação próxima e afetiva com o público brasileiro, que sempre o recebeu com entusiasmo e reverência. Desde os anos 1990, o artista tem se apresentado regularmente no país, consolidando uma conexão emocional rara entre artista e fãs. Agora, com a The Chosen Years Tour, essa história ganha seu capítulo final — não como um adeus melancólico, mas como uma celebração de vida, arte e legado. ​SERVIÇO ​GLENN HUGHES EM BELO HORIZONTE​Bandas de abertura: Electric Gypsy​Data: 13 de novembro de 2025 (quinta-feira)​Local: Mister Rock Endereço: Av. Teresa Cristina, 346, Prado – 04755070 – Belo Horizonte/MG Abertura dos portões: 19h​Início do evento: 21h​Classificação Indicativa: +16 ​(Maiores de 14 anos entram acompanhados de pais/responsáveis) Ingressos ​* GLENN HUGHES NO RIO DE JANEIRO​Bandas de abertura: Electric Gypsy​Data: 14 de novembro de 2025 (sexta-feira)​Local: Circo Voador Endereço: R. dos Arcos, s/n – Lapa, Rio de Janeiro/RJ​Abertura dos portões: 20h​Classificação Indicativa: +18 ​(Maiores de 14 anos entram acompanhados de pais/responsáveis) Ingressos ​* GLENN HUGHES EM SÃO PAULO​Bandas de abertura: Electric Gypsy​Data: 16 de novembro de 2025 (domingo)​Local: Vip Station Endereço: Rua Gibraltar, 346, Santo Amaro – 04755070 – São Paulo – SP Abertura dos portões: 17h Início do evento: 20h​Classificação Indicativa: +16 ​(Maiores de 14 anos entram acompanhados de pais/responsáveis) Ingressos

Guns n’ Roses entrega melhor show em uma década com surpresas e emoção

Atrasado? Gordo? Nervosinho? Cantando mal? Os críticos de plantão tiveram que aguentar Axl Rose em plena forma, pontual, feliz e entregando o melhor show do Guns n’ Roses em São Paulo desde 2016. A apresentação no Allianz Parque, no sábado (25), foi a melhor resposta possível para quem adora malhar um dos maiores vocalistas da história do rock. “Porque o que você quer e o que você obtém são duas coisas completamente diferentes” (Because What You Want & What You Get Are Two Completely Different Things). O nome da atual turnê do Guns não poderia ser melhor, são várias interpretações que podem ser feitas. Seja pela “torcida” dos críticos por falhas do Axl ou pela alteração constante nos sets. Em tempos de repertórios decoradinhos do primeiro ao último show, o Guns quebra essa roda e surpreende com ótimos achados. Mas vamos voltar ao Axl Rose. É impressionante o trabalho de recuperação do artista desde o retorno de Slash e Duff, em 2016. Foram muitos percalços e dramas até chegar no nível atual. Da falta de ritmo à insegurança, que teve seu auge em Londres, em 2022, quando chegou a dormir no estádio do Tottenham após uma crise de ansiedade depois de uma das apresentações. Axl está com 63 anos e por muitos anos gastou sua voz com um alcance vocal poderoso. Óbvio que a conta chega, chega para todos. Steven Tyler (Aerosmith) precisou parar, Bon Jovi pausou a carreira, só para citar alguns exemplos. O líder do Guns n’ Roses se recusou a parar. E mais do que isso, não quer entregar qualquer coisa para os fãs, foram 3h10 de show. Fica a pergunta: qual banda ou cantor(a) faz isso hoje em dia? Mas os cornetinhas sempre vão achar um jeito de querer provocar ou falar besteira. Se o desempenho de Axl melhorou, “vamos caçar novos problemas”… Tentaram criar um desentendimento entre o vocalista e o novo baterista, Isaac Carpenter, após um problema técnico no retorno do som, na Argentina, algo que foi desmentido pela banda nas redes sociais. Sem o menor cabimento, aliás. Isaac tem uma performance impressionante, toca muito e esbanja carisma no banquinho. O que resta? Falar do repertório. Sim, também reclamam das escolhas para o set. Alguns choram pelo “excesso de covers”, outros pela falta de “novidades”. Não podemos esquecer que estamos falando de uma banda com 40 anos de história. É impossível fazer um set predominante com b-sides ou faixas novas. Não é assim com nenhuma grande banda com longa jornada, como o Guns, mas a implicância é sempre maior com eles. Parece um trauma vitalício decorrente da cadeira arremessada por Axl nos jornalistas, no Maksoud Plaza, em São Paulo, em 1992. Por falar em “novidades”, Hard Skool, Absurd, The General e Perhaps são canções relativamente recentes. Mas é impossível esperar um show do Guns sem protagonismo dos álbuns Appetite for Destruction e Use Your Illusion I e II, os maiores sucessos comerciais. Mas mesmo dentro desse universo, o grupo faz suas alterações. Patience saiu do set em São Paulo, Don’t Cry voltou. Yesterday foi resgatada. Duff também modifica sua participação no vocal, no Allianz Parque optou por Thunder and Lightning, do Thin Lizzy. Por falar em covers, que linda homenagem prestada ao gigante Ozzy Osbourne, com Sabbath Bloody Sabbath e Never Say Die, ambas do Black Sabbath, acompanhada de uma linda imagem do finado vocalista no telão. Human Being, do New York Dolls, que também perdeu seu vocalista, David Johansen, em março, foi outro momento memorável e inesperado. Em 3h10 de show, Axl e companhia emocionaram, divertiram e colocaram mais de 45 mil pessoas para cantar do início ao fim. E isso tudo com Slash desfilando solos e riffs marcantes da história do rock, quase todos com a sua assinatura, inclusive com um momento blues sensacional, antes de Sweet Child O’ Mine. O guitarrista Richard Fortus, com mais de 20 anos de banda, já está consolidado na formação. Se Izzy ou Gilby quiserem voltar, certamente terão que pegar uma terceira guitarra. O tecladista Dizzy Reed, desde 1990 no Guns, é um porto seguro para garantir que Axl, Slash e Duff tenham o protagonismo compartilhado na linha de frente. E todos parecem estar bem com suas posições. Axl distribui sorrisos, conversa com o público e até agradece com o bom e velho português “obrigado”. Sobrou algo para os cornetinhas? Que o Guns n’ Roses retorne muitas outras vezes ao Brasil, com ou sem álbum novo. Isso é um mero detalhe. Setlist   Welcome to the Jungle Bad Obsession Chinese Democracy Pretty Tied Up Mr. Brownstone It’s So Easy The General Perhaps Slither (Velvet Revolver) Live and Let Die (Wings) Hard Skool Wichita Lineman (Jimmy Webb) Sabbath Bloody Sabbath (Black Sabbath) Never Say Die (Black Sabbath) Estranged Yesterdays Double Talkin’ Jive Don’t Cry Thunder and Lightning (Thin Lizzy) Absurd Rocket Queen Knockin’ on Heaven’s Door (Bob Dylan) You Could Be Mine Slash Guitar Solo Sweet Child o’ Mine Civil War November Rain This I Love Human Being (New York Dolls) Nightrain Paradise City

Primavera Sound confirma terceira edição em São Paulo

Com colaboração da Bonus Track, o festival Primavera Sound está de volta a São Paulo. A terceira edição do festival no Brasil será realizada nos dias 5 e 6 de dezembro de 2026, no Autódromo de Interlagos. O anúncio foi feito há poucos minutos pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, em um vídeo em suas redes sociais. O Primavera Sound encontrará mais uma vez seu público fiel e entusiasmado do outro lado do Atlântico. Dessa forma, levará sua personalidade inconfundível, construída cuidadosamente desde 2001, a um país que sempre acolheu o festival de braços abertos: de Barcelona à América Latina, sem perder um pingo de sua singularidade em uma jornada tão longa. Desde sua primeira edição, o Primavera Sound São Paulo conquistou uma conexão muito forte com o público e com a cidade. Isso aconteceu pelo fato de terem valores em comum como paixão pela música, criatividade, diversidade e sustentabilidade. Foram mais de 50 mil pessoas em cada dia de evento nos dois anos, felizes de ver grandes nomes da música e também ávidos por descobrir novos sons. Mais detalhes sobre esta nova edição serão anunciados em breve. Também está confirmado o Primavera Sound Buenos Aires, nos dias 28 e 29 de novembro de 2026.

Codeine envolve público de São Paulo entre a calmaria e a explosão

Matheus Degásperi Ojea Quem só escutasse o som do show dos nova iorquinos do Codeine no último sábado (11) no City Lights Hall, em São Paulo, poderia chutar que tinha mais do que três pessoas no palco. O cultuado trio nova iorquino fez a sua estreia no Brasil com alguns anos de atraso, mas fez valer a espera de muita gente que talvez nem acreditasse que um dia a banda viria, com um show bonito e ensurdecedor Daquelas bandas ao mesmo tempo influentes e desconhecidas do público em geral, o Codeine é um expoente do slowcore, gênero de ‘rock triste’ que aposta no andamento mais lento para construir as suas paisagens sonoras sempre com altas doses de distorções. Tecnicamente, a banda durou de 1989 até 1994, tendo se reunido uma vez em 2012 e uma segunda em 2023, retorno que dura até hoje. Durante este ano, eles só tocaram ao vivo três vezes, incluindo o show de São Paulo. Pelo histórico, fica fácil de entender porque a frase que mais se repetia entre os presentes que encheram a casa de shows era algo do tipo ‘não acredito que esses caras estão aqui’, sentimento ecoado inclusive pelo vocalista Stephen Immerwahr no palco e em conversas com quem o abordava após o show. Imersão Foi nesse clima de deslumbramento que o público recebeu a porrada sonora que a banda deu por pouco mais de uma hora. Alternando momentos de calmaria e intensidade, o som do Codeine se traduziu muito bem ao vivo e deixou claro o ponto forte tanto do grupo como do estilo que eles ajudaram a criar: o de gerar atmosferas imersivas capazes de transportar a audiência e envolver o ambiente em que eles tocam. A qualidade impecável do som durante a noite também foi essencial para que tudo funcionasse da maneira certa. Além de Immerwahr, que também é baixista, o trio é formado por John Engle na guitarra e pelo baterista Chris Brokaw, que toca baixo em músicas que não contam com percussão, como Pea, Summer Dresses e Broken-Hearted Wine. A banda tocou colocando pressão no som aparentemente sem fazer muito esforço, com a tranquilidade de quem sabe o que está fazendo mesmo com os intervalos na carreira e os shows mais escassos. A apresentação começou logo com uma das favoritas dos fãs, a música D, que também abre o clássico Frigid Stars LP, disco que emprestou 6 das 16 músicas do setlist. A plateia acompanhou tudo quase como se estivesse prestando reverência ao grupo. Não houveram grandes coros ou danças na pista, que, com exceção de algumas pessoas berrando nomes de música entre uma canção e outra, acompanhou tudo com atenção, na mesma sintonia da viagem que a banda propunha no palco. Guandu Vale mencionar que a produção do show foi do selo independente Balaclava Records, que vem trazendo alguns nomes destes que pareciam meio impossíveis de vir tocar aqui, como foi o Karate no ano passado, banda com um histórico semelhante com o do Codeine. Para a abertura do show de sábado, as redes sociais do selo publicaram pedidos de indicação de artistas e os escolhidos foram os paulistanos do Guandu. O show do trio formado por Caique Lima, Cleozinhu e João Corte foi uma grata surpresa para mim, que não conhecia a banda antes. Claramente influenciado pelo pessoal do Codeine, que viu o show da pista, o grupo apostou em um repertório com várias músicas ainda não lançadas, além de um cover de Morrer, do Ratos de Porão, em versão slowcore, surpreendentemente bom. Para algumas músicas, o show teve participação da cantora Marina Mole, que casou muito bem com o som e parecia fazer parte da banda. No geral, foi uma escolha certeira para começar os trabalhos da noite. SETLIST – CODEINE D Cigarette Machine Barely Real Loss Leader Median Washed Up Tom Jr Sea Pickup Song Atmosphere (cover do Joy Division) Pea BIS: Cave-In Promise of Love (cover do MX-80 Sound) Summer Dresses Broken-Hearted Wine

Show do Public Image Ltd em São Paulo muda de lugar

O show único do Public Image Ltd em São Paulo, lendária banda de John Lydon, ícone punk e ex-líder do Sex Pistols, agora será no Cine Joia. A data continua a mesma: 8 de abril de 2026. Ingressos já adquiridos de pista e camarote/mezanino valem para o show no novo local e não há necessidade de trocar. O show inicialmente aconteceria no Terra SP. Os ingressos seguem à venda no site da Fastix.

Circuito Nova Música, Novos Caminhos 04: shows gratuitos e inéditos em São Paulo e interior

O Circuito Nova Música, Novos Caminhos chega à sua quarta edição entre 9 e 12 de outubro, conectando artistas, público e espaços independentes em uma rota que parte de São Paulo rumo ao interior do estado. A travessia sonora passará por Sorocaba, Americana e Campinas, reunindo atrações nacionais e locais em uma série de shows, encontros e experiências de música ao vivo. Entre os nomes confirmados estão Pelados, Nina Maia feat. Francisca Barreto e Chococorn and the Sugarcanes, além de bandas convidadas de cada cidade. A estreia da edição #4 acontece no dia 9/10 no Cineclube Cortina, em São Paulo, com o duo de hip-hop Kim & Dramma. Em Sorocaba, no dia 10/10, o Asteroid Bar recebe o rock alternativo do Pobre Orfeu, banda local que abre a noite. Já em Americana, no Espaço GNU, a Lighthouse dá início à programação no dia 11/10. O encerramento acontece em Campinas, no Tetriz Pub, no dia 12/10, com a banda local Paralelo ao Fim, conhecida pelo rock/emo e prestes a lançar seu disco de estreia pelo selo Downstage. “O Circuito Nova Música, Novos Caminhos foi concebido com o desafio de ser referência em curadoria de novos artistas e estamos muito felizes de fortalecer a cada edição essa imagem diante do público. Seguimos com o desafio contínuo de expandir para novos públicos e destinos, além de dar visibilidade a todos os artistas que passam pelos nossos palcos”, destaca José Guilherme Padovani, co-idealizador do projeto. Uma novidade desta edição é o lote grátis, sujeito à lotação, recomendando-se retirada antecipada. A lista de entrada gratuita inclui pessoas trans e não binárias, enquanto os demais ingressos têm preço acessível, reforçando o caráter inclusivo do evento. O circuito, que já se consolidou como selo reconhecido no mercado da música independente, segundo o curador Lúcio Ribeiro, busca sempre apresentar artistas com sonoridade própria e distante da mesmice. “Com esta edição, vamos aumentar ainda mais nossa barra de exigência. O Circuito tende a crescer cada vez mais, dando chances de realizarmos tudo o que planejamos com ele”, afirma Ribeiro. A identidade visual do Circuito #4 também é destaque, criada por André Faria, managing director da Evil Twin Music. Publicitário premiado com 42 Leões de Cannes, André acumula experiência de duas décadas no mercado e também atua como músico, tendo se apresentado em festivais como Primavera Sound e abrindo shows para Radiohead e Flying Lotus em São Paulo. O Circuito Nova Música, Novos Caminhos segue como uma plataforma itinerante que fortalece a música independente no estado de São Paulo, conectando artistas emergentes, público e espaços culturais de forma inédita a cada edição. ServiçoCircuito Nova Música, Novos Caminhos #4 Ingressos: primeiro lote gratuito (sujeito à lotação), lista gratuita para pessoas trans e não binárias. Demais lotes com preço acessível. Patrocínio Heineken.

Shonen Knife, uma das bandas favoritas de Kurt Cobain, vem ao Brasil pela 1ª vez

No dia 14 de dezembro, o Cine Joia em São Paulo recebe uma visita inédita e histórica: O lendário trio feminino japonês Shonen Knife traz seu pop punk, uma espécie de Ramones bubblegum que emocionou e alucinou Kurt Cobain. O líder do Nirvana não apenas era fã declarado da banda de Osaka, como também as convidou pessoalmente para abrir os shows da turnê europeia do Nirvana em 1991. Será show único no Brasil com realização da Maraty. Os ingressos já estão à venda. “Senti-me como uma garota de nove anos num show dos Beatles”, disse nos idos de 1990 Cobain após vê-las ao vivo pela primeira vez. “Estava chorando, pulando, arrancando os cabelos… foi incrível. Nunca fiquei tão empolgado na vida”, completou à época. A admiração era tamanha que Cobain chegou a pedir à guitarrista Naoko Yamano para aprender os acordes de Twist Barbie e tocou a música em um show secreto do Nirvana. Ele também revelou que ouvia o álbum Burning Farm todos os dias, até que, tomado pela emoção, começou a chorar: “Não podia acreditar que três pessoas de uma cultura tão diferente conseguiam escrever músicas tão boas”. Shonen Knife foi formada em 1981 pelas irmãs Naoko e Atsuko, muito antes de termos como riot grrrl e girl rock entrarem no vocabulário musical. O trio feminino já quebrava cordas de guitarra com alegria ao som de covers importados dos Ramones. Assim como o grupo cult japonês The 5,6,7,8s, o Shonen Knife atravessou décadas de transformações musicais, mantendo-se fiel ao que sabe fazer de melhor: despejar sua contagiante e otimista versão de pop punk.Apesar dos muitos anos na estrada, o entusiasmo do trio por apresentações ao vivo continua sendo um espetáculo à parte, enquanto exploram um vasto catálogo que vai do thrash rock sólido até melodias dignas de parada de sucessos. A banda é tão cultuada que, em 1989, foi lançado um disco tributo às japonesas, chamado Every Band Has a Shonen Knife Who Loves Them, que reuniu uma seleção poderosa de bandas alternativas e punk da época, como L7, Sonic Youth, Redd Kross, Lunachicks e outras. O disco virou uma espécie de selo de aprovação underground, mostrando que, mesmo sem grandes gravadoras ou hits comerciais, o Shonen Knife influenciava profundamente a cena alternativa global. Outro fato interessante é que a Shonen Knife participou em 1994 da coletânea If I Were a Carpenter, um álbum em homenagem aos Carpenters. Nessa coletânea, bandas alternativas reinterpretaram clássicos da dupla Karen e Richard Carpenter e o Shonen Knife contribuiu com uma versão irreverente de “Top of the World”, transformando a balada suave em um hino pop punk cheio de energia. Shonen Knife em São Paulo Data: 14 de dezembro Local: Cine Joia (Pça. Carlos Gomes 82, São Paulo, SP) Ingresso

Public Image Ltd, banda de John Lydon, retorna ao Brasil após 34 anos

Após 34 anos de espera, a lendária banda Public Image Ltd retorna ao Brasil em 2026. A banda liderada pelo ex-Sex Pistols John Lydon, uma das formações mais expressivas e criativas do pós-punk mundial, fará show único no país no dia 8 de abril, no Terra SP, em São Paulo. A produção é da Maraty. Os ingressos já estão à venda no Fastix. Public Image Ltd é frequentemente apontada pela imprensa global como uma das bandas mais inovadoras de todos os tempos devido à capacidade de fundir vários estilos (rock, dub, dance, folk, pop) e por desafiar constantemente as convenções musicais e de gênero. O PiL faz música com texturas, cria atmosferas densas. A música e visão da banda renderam cinco singles no Top 20 do Reino Unido e 5 álbuns no Top 20. O álbum Metal Box, de 1979, por exemplo, é considerado um marco do pós-punk, que esticou os limites do rock, levando-o a territórios mais ambiciosos. John Lydon, por longas décadas, conserva o poder dramático de sua voz que mistura fúria, dor e compaixão. Mesmo em trabalhos recentes, ele continua impressionante, com presença intimidadora e comovente. O show no Brasil em 2026 faz parte da This Is Not The Last Tour (“Esta Não é a Última Turnê”), que começou em maio de 2025 em Bristol (Reino Unido) e já passou por importantes festivais como o Forever Now Festival, Rebellion Festival e o Putting the Fast in Belfast. A extensa turnê acontece após Lydon acreditar que a banda não voltaria mais a excursionar. Seu amigo de longa data e empresário, John Rambo Stevens, faleceu repentinamente após a última turnê do PiL, em dezembro de 2023, pouco depois da morte da esposa de Lydon, Nora, em abril de 2023. Naquele momento, Lydon achou que seus dias de turnê haviam terminado. No entanto, ele ficou impressionado com o amor e o apoio dos fãs durante sua turnê de Spoken Word pelo Reino Unido, realizada na primavera deste ano. “O que aconteceu é que as pessoas foram incrivelmente positivas, e me pediram para excursionar com o PiL novamente. Com tanta gente pedindo, e sabendo o quanto a banda significa para eles, eu não podia simplesmente ficar no meu sofá sem sair em turnê — por mais tentador que isso fosse”, comentou Lydon à época. Após liderar os Sex Pistols, John Lydon formou os pioneiros do pós-punk Public Image Ltd (PiL). Com uma formação em constante mudança e um som único, Lydon guiou a banda desde o álbum de estreia “First Issue” (1978) até “That What Is Not” (1992), antes de um hiato de 17 anos e no retorno em 2009. A reunião de 2009 mostrou que o PiL não era apenas um projeto de juventude, mas uma banda com vida longa, capaz de reinventar-se e manter relevância. Para muitos críticos, essa volta deu a Lydon a chance de reafirmar sua faceta mais criativa, muito além do legado dos Sex Pistols. O lançamento mais recente do Public Image Ltd (PiL) é o álbum End of World, lançado em agosto de 2023. Além de John Lydon nos vocais, o PiL de hoje é Lu Edmonds (conhecido como guitarrista do The Damned no fim dos anos 1970 – guitarra, teclados, backing vocals e outros instrumentos como sax, banjo), Scott Firth (baixo, teclados, backing vocals) e Mark Roberts (bateria desde 2025). Public Image LTD em São Paulo Data: 8 de abril de 2026 Local: Terra SP (Av. Salim Antônio Curiati 160, São Paulo, SP) Ingresso: https://fastix.com.br/events/public-image-ltd-em-sao-paulo

Owen, músico fundador do Cap’n Jazz, faz show solo em São Paulo

Owen, nome artístico de Mike Kinsella, músico fundador da cultuada banda indie Cap’n Jazz, aproveita a vinda ao Brasil com o grupo para também realizar um show solo e intimista no dia 6 de novembro, no Jai Club (São Paulo). A realização é da Áldeia Produções. Ingressos já estão à venda na Fastix. Será um show de voz e violão, com duração aproximada de 1h. Além de se apresentar como Owen, Mike Kinsella também toca no American Football, Owls e Joan of Arc. O som dele é mais introspectivo, acústico, melódico, com presença de violão, vocais suaves e produção que valoriza a intimidade. As letras são mais pessoais, reflexivas, às vezes lidando com temas como relações familiares, perdas, experiências de vida, às vezes de forma vulnerável ou emocionalmente crua. A música Bad News, do álbum At Home With Owen (2006), é uma das faixas que aparece com frequência quando se fala no trabalho solo de Mike Kinsella como Owen. Assim como A Bird in Hand, canção que mostra bem seu estilo melódico/íntimo. Já do álbum No Good for No One Now, lançado em 2002, o destaque é a balada acústica Everyone Feels Like You, que mistura poesia simples com vulnerabilidade emocional, um combo clássico de Kinsella enquanto Owen. Owen em São Paulo Data: 6 de novembro de 2025 Horário: 20h (abertura da casa) Local: Jai Club (Rua Vergueiro 2676, São Paulo, SP) Ingresso