Shonen Knife, uma das bandas favoritas de Kurt Cobain, vem ao Brasil pela 1ª vez

No dia 14 de dezembro, o Cine Joia em São Paulo recebe uma visita inédita e histórica: O lendário trio feminino japonês Shonen Knife traz seu pop punk, uma espécie de Ramones bubblegum que emocionou e alucinou Kurt Cobain. O líder do Nirvana não apenas era fã declarado da banda de Osaka, como também as convidou pessoalmente para abrir os shows da turnê europeia do Nirvana em 1991. Será show único no Brasil com realização da Maraty. Os ingressos já estão à venda. “Senti-me como uma garota de nove anos num show dos Beatles”, disse nos idos de 1990 Cobain após vê-las ao vivo pela primeira vez. “Estava chorando, pulando, arrancando os cabelos… foi incrível. Nunca fiquei tão empolgado na vida”, completou à época. A admiração era tamanha que Cobain chegou a pedir à guitarrista Naoko Yamano para aprender os acordes de Twist Barbie e tocou a música em um show secreto do Nirvana. Ele também revelou que ouvia o álbum Burning Farm todos os dias, até que, tomado pela emoção, começou a chorar: “Não podia acreditar que três pessoas de uma cultura tão diferente conseguiam escrever músicas tão boas”. Shonen Knife foi formada em 1981 pelas irmãs Naoko e Atsuko, muito antes de termos como riot grrrl e girl rock entrarem no vocabulário musical. O trio feminino já quebrava cordas de guitarra com alegria ao som de covers importados dos Ramones. Assim como o grupo cult japonês The 5,6,7,8s, o Shonen Knife atravessou décadas de transformações musicais, mantendo-se fiel ao que sabe fazer de melhor: despejar sua contagiante e otimista versão de pop punk.Apesar dos muitos anos na estrada, o entusiasmo do trio por apresentações ao vivo continua sendo um espetáculo à parte, enquanto exploram um vasto catálogo que vai do thrash rock sólido até melodias dignas de parada de sucessos. A banda é tão cultuada que, em 1989, foi lançado um disco tributo às japonesas, chamado Every Band Has a Shonen Knife Who Loves Them, que reuniu uma seleção poderosa de bandas alternativas e punk da época, como L7, Sonic Youth, Redd Kross, Lunachicks e outras. O disco virou uma espécie de selo de aprovação underground, mostrando que, mesmo sem grandes gravadoras ou hits comerciais, o Shonen Knife influenciava profundamente a cena alternativa global. Outro fato interessante é que a Shonen Knife participou em 1994 da coletânea If I Were a Carpenter, um álbum em homenagem aos Carpenters. Nessa coletânea, bandas alternativas reinterpretaram clássicos da dupla Karen e Richard Carpenter e o Shonen Knife contribuiu com uma versão irreverente de “Top of the World”, transformando a balada suave em um hino pop punk cheio de energia. Shonen Knife em São Paulo Data: 14 de dezembro Local: Cine Joia (Pça. Carlos Gomes 82, São Paulo, SP) Ingresso
Public Image Ltd, banda de John Lydon, retorna ao Brasil após 34 anos

Após 34 anos de espera, a lendária banda Public Image Ltd retorna ao Brasil em 2026. A banda liderada pelo ex-Sex Pistols John Lydon, uma das formações mais expressivas e criativas do pós-punk mundial, fará show único no país no dia 8 de abril, no Terra SP, em São Paulo. A produção é da Maraty. Os ingressos já estão à venda no Fastix. Public Image Ltd é frequentemente apontada pela imprensa global como uma das bandas mais inovadoras de todos os tempos devido à capacidade de fundir vários estilos (rock, dub, dance, folk, pop) e por desafiar constantemente as convenções musicais e de gênero. O PiL faz música com texturas, cria atmosferas densas. A música e visão da banda renderam cinco singles no Top 20 do Reino Unido e 5 álbuns no Top 20. O álbum Metal Box, de 1979, por exemplo, é considerado um marco do pós-punk, que esticou os limites do rock, levando-o a territórios mais ambiciosos. John Lydon, por longas décadas, conserva o poder dramático de sua voz que mistura fúria, dor e compaixão. Mesmo em trabalhos recentes, ele continua impressionante, com presença intimidadora e comovente. O show no Brasil em 2026 faz parte da This Is Not The Last Tour (“Esta Não é a Última Turnê”), que começou em maio de 2025 em Bristol (Reino Unido) e já passou por importantes festivais como o Forever Now Festival, Rebellion Festival e o Putting the Fast in Belfast. A extensa turnê acontece após Lydon acreditar que a banda não voltaria mais a excursionar. Seu amigo de longa data e empresário, John Rambo Stevens, faleceu repentinamente após a última turnê do PiL, em dezembro de 2023, pouco depois da morte da esposa de Lydon, Nora, em abril de 2023. Naquele momento, Lydon achou que seus dias de turnê haviam terminado. No entanto, ele ficou impressionado com o amor e o apoio dos fãs durante sua turnê de Spoken Word pelo Reino Unido, realizada na primavera deste ano. “O que aconteceu é que as pessoas foram incrivelmente positivas, e me pediram para excursionar com o PiL novamente. Com tanta gente pedindo, e sabendo o quanto a banda significa para eles, eu não podia simplesmente ficar no meu sofá sem sair em turnê — por mais tentador que isso fosse”, comentou Lydon à época. Após liderar os Sex Pistols, John Lydon formou os pioneiros do pós-punk Public Image Ltd (PiL). Com uma formação em constante mudança e um som único, Lydon guiou a banda desde o álbum de estreia “First Issue” (1978) até “That What Is Not” (1992), antes de um hiato de 17 anos e no retorno em 2009. A reunião de 2009 mostrou que o PiL não era apenas um projeto de juventude, mas uma banda com vida longa, capaz de reinventar-se e manter relevância. Para muitos críticos, essa volta deu a Lydon a chance de reafirmar sua faceta mais criativa, muito além do legado dos Sex Pistols. O lançamento mais recente do Public Image Ltd (PiL) é o álbum End of World, lançado em agosto de 2023. Além de John Lydon nos vocais, o PiL de hoje é Lu Edmonds (conhecido como guitarrista do The Damned no fim dos anos 1970 – guitarra, teclados, backing vocals e outros instrumentos como sax, banjo), Scott Firth (baixo, teclados, backing vocals) e Mark Roberts (bateria desde 2025). Public Image LTD em São Paulo Data: 8 de abril de 2026 Local: Terra SP (Av. Salim Antônio Curiati 160, São Paulo, SP) Ingresso: https://fastix.com.br/events/public-image-ltd-em-sao-paulo
Owen, músico fundador do Cap’n Jazz, faz show solo em São Paulo

Owen, nome artístico de Mike Kinsella, músico fundador da cultuada banda indie Cap’n Jazz, aproveita a vinda ao Brasil com o grupo para também realizar um show solo e intimista no dia 6 de novembro, no Jai Club (São Paulo). A realização é da Áldeia Produções. Ingressos já estão à venda na Fastix. Será um show de voz e violão, com duração aproximada de 1h. Além de se apresentar como Owen, Mike Kinsella também toca no American Football, Owls e Joan of Arc. O som dele é mais introspectivo, acústico, melódico, com presença de violão, vocais suaves e produção que valoriza a intimidade. As letras são mais pessoais, reflexivas, às vezes lidando com temas como relações familiares, perdas, experiências de vida, às vezes de forma vulnerável ou emocionalmente crua. A música Bad News, do álbum At Home With Owen (2006), é uma das faixas que aparece com frequência quando se fala no trabalho solo de Mike Kinsella como Owen. Assim como A Bird in Hand, canção que mostra bem seu estilo melódico/íntimo. Já do álbum No Good for No One Now, lançado em 2002, o destaque é a balada acústica Everyone Feels Like You, que mistura poesia simples com vulnerabilidade emocional, um combo clássico de Kinsella enquanto Owen. Owen em São Paulo Data: 6 de novembro de 2025 Horário: 20h (abertura da casa) Local: Jai Club (Rua Vergueiro 2676, São Paulo, SP) Ingresso
Nilüfer Yanya anuncia primeiro show no Brasil; confira data e local

A cantora Nilüfer Yanya se prepara para a sua primeira apresentação no Brasil, marcada para o dia 12 de novembro, no Cine Joia, em São Paulo. Os ingressos estarão disponíveis para compra a partir de amanhã (26), ao meio-dia, no site da Eventim. Mesclar sons e usar as camadas da voz grave assinam a marca que trouxe bastante reconhecimento para Nilüfer Yanya. A fluidez entre o indie rock com elementos de R&B e lo-fi e a honestidade lírica brutal criaram não só uma ampla comunidade de admiradores, como também agradaram a crítica. Nilüfer Yanya deu novos passos para que 2025 fosse um ano marcante em sua carreira. A artista ainda se apresentou pela terceira vez no Festival Glastonbury (Reino Unido) no primeiro semestre, mesmo período em que lançou o EP Dancing Shoes, com quatro músicas, incluindo Kneel, faixa que já chegou aos quase 2 milhões de plays no Spotify. O novo trabalho sucede o excelente My Method Actor (2024), álbum do sucesso Like I Say (I runaway), listado entre as Melhores Músicas do Ano pela NME. Além da passagem pelo Brasil em novembro, a artista ainda se apresenta nas turnês do cantor americano Alex G, entre setembro e outubro, passando por Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha; e na Ultrasound World Tour da artista neozelandesa Lorde, que explora o álbum Virgin e vai de setembro a dezembro pela América do Norte e Europa. Em ambos os casos, Nilüfer Yanya é responsável pelos shows de abertura das tours. * SERVIÇOÍndigo: Nilüfer Yanya @São Paulo Data: 12 de novembro de 2025 (quarta-feira)Local: Cine Joia – Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade – São Paulo/SPValores: Pista: R$ 212,50 (meia-entrada) | R$ 425,00 (inteira)Venda geral: 26 de setembro, 12h, online e na bilheteria oficialVendas online Bilheteria oficial: Bilheteria A no Allianz Parque – Rua Palestra Itália, 200- Água Branca – São Paulo/SPFuncionamento: Terça a sábado das 10h às 17h*Não tem funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas.
Frejat retorna a São Paulo com a turnê Ao Vivo

O cantor Frejat retorna a São Paulo com a turnê Ao Vivo, em apresentação marcada para o dia 27 de setembro, no Tokio Marine Hall. Ainda há ingressos disponíveis pelo site da Eventim. Os portões para o público serão abertos a partir das 19h e a apresentação tem previsão de início às 21h. Adolescentes de 16 a 17 anos de idade deverão estar acompanhados dos pais ou responsáveis legais; já a entrada para menores de 16 anos é proibida. O espetáculo Ao Vivo faz um passeio pela trajetória do artista, tendo como trilha sonora algumas das parcerias mais conhecidas com Cazuza, como Exagerado, Bete Balanço, Maior Abandonado, Por que a Gente é Assim? e Pro Dia Nascer Feliz. Hits da carreira solo, como Por você, Amor pra Recomeçar, Segredos, além dos clássicos da MPB Amor Meu Grande Amor, de Angela Ro Ro e Ana Terra; e Malandragem, letra de Cazuza e Frejat eternizada na voz de Cássia Eller, que também fazem parte do setlist do show. “É um show cheio de sucessos pra gente cantar, dançar e se divertir muito”, comenta Frejat. A apresentação ainda investe em um formato com duas guitarras, baixo, bateria e teclados, revelando as canções pop sofisticadas, baladas bluseiras, MPB revistada e rock do bom. No palco da turnê Ao Vivo, Frejat é acompanhado de Rafael Frejat (guitarra e vocal), Bruno Migliari (baixo e vocal), Humberto Barros (teclados e vocal) e Marcelinho da Costa (bateria e vocal). Frejat Ao Vivo SÃO PAULOData: 27 de setembro de 2025 (sábado)Horário: 19h (abertura da casa) | 21h (previsão de início do show)Local: Tokio Marine Hall – Rua Bragança Paulista, 1.281 – Várzea de Baixo – São Paulo/SPClassificação Etária: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Ingressos:Pista: R$ 132,50 (meia-entrada legal) | R$ 265,00 (inteira)Cadeira Alta: R$ 132,50 (meia-entrada legal) | R$ 265,00 (inteira)Frisa: R$ 162,50 (meia-entrada legal) | R$ 325,00 (inteira)Camarote: R$ 182,50 (meia-entrada legal) | R$ 365,00 (inteira) Início das vendas: 25 de agosto, ao meio-dia (on-line) | 26 de agosto, às 13h na bilheteria oficialVendas online Bilheteria oficial: Allianz Parque – Rua Palestra Itália, 200 – Portão A – Perdizes – São Paulo Funcionamento: Terça a sábado das 10h às 17h | *Não há funcionamento em feriados, emenda de feriados, dias de jogos/eventos
Street Bulldogs anuncia três shows de reunião; confira datas e locais

A clássica banda punk/hardcore Street Bulldogs anunciou três shows de reunião para março de 2026. Serão apresentações especiais e pontuais, marcando encontros únicos entre o grupo e seu público em três capitais: dia 13/03 em Curitiba (PR), no Stage Garden, dia 14/03 em São Paulo (SP), no Carioca Club, e dia 15/03 em Belo Horizonte (MG), no Galpão 54. A realização é da Powerline Music & Books. Formada em 1994, na cidade de Pindamonhangaba (SP), Street Bulldogs construiu uma trajetória de respeito dentro da cena independente, com uma sonoridade crua e intensa que marcou o punk/hardcore nacional no final dos anos 1990 e 2000. A discografia inclui álbuns como Street Bulldogs (1998), Question Your Truth (2001), Unlucky Days (2003) e Tornado Reaction (2004). Após encerrar atividades em 2010, os integrantes já se reuniram em ocasiões passadas em momentos especiais. Agora, voltam a se encontrar nos palcos para revisitar canções que atravessaram gerações de fãs, mantendo viva a energia que os consolidou como referência do estilo. Fábio Sonrisal, na banda desde 1997, fala sobre estes shows de reunião e a vontade de colocar o Street Bulldogs mais algumas vezes em palco. “De verdade, não esperávamos por isso, mas no ano passado fizemos uma jam com participação de alguns ex-membros e com outros vocalistas se revezando nas músicas. E foi um show incrível, bateu uma vontade de fazer de novo”. A reunião do Street Bulldogs quase que materializada, agora precisava de uma logística, que ficou à cabo da Powerline Music & Books, que já trabalha com a agenda do Hateen e Ratos de Porão, entre outras. “O Leo, nosso vocalista original, que hoje mora em Dublin, na Irlanda, então se dispôs a vir fazer alguns shows. Estamos muito felizes, super empolgados”, revela Sonrisal. O último show oficial do Street Bulldogs aconteceu em 2008, em São Bernardo do Campo, abrindo para o Face to Face. “A banda acabou depois, em dezembro de 2010. Ainda nos reunimos para dois shows no Hangar 110 para gravar o DVD”. A formação que retorna em março de 2026 será a mesma que gravou o DVD: Fabio Sonrisal e Rodrigo Koala nas guitarras, Sanmy Saraiva no baixo, Guilherme Camargo na bateria e o Leo Bulldog nos vocais, a mesma formação desde 2005 do Street Bulldogs. Sonrisal não entrega o repertório, claro, mas garante que vão tocar músicas de todos os álbuns e EPs. “Fatalmente passando por toda história, sem focar mais em nenhum disco específico sobre outro”, ele conta. O que Sonrisal revela de antemão é que os três shows serão registrados em vídeo para gerar conteúdo de um documentário. Para tanto, a banda viajará com dois videomakers. Street Bulldogs em Curitiba Data: sexta-feira, 13 março 2026 Local: Stage Garden (Avenida Mal. Floriano Peixoto, 4142 – Prado Velho, Curitiba – PR) Ingresso Street Bulldogs em Belo Horizonte Data: domingo, 16 março 2026 Local: Galpão 54 (Rua Francisco Soucasseaux 54, Belo Horizonte, MG) Ingresso Street Bulldogs em São Paulo Data: sábado, 14 março 2026 Local: Carioca Club (Rua Cardeal Arcoverde 2899, São Paulo, SP) Ingresso
Otoboke Beaver anuncia show no Cine Joia, em São Paulo

O grupo japonês Otoboke Beaver confirmou mais um show em São Paulo. A banda se apresenta no Cine Joia, em São Paulo, no dia 31 de outubro. Os ingressos começam a ser vendidos amanhã (25), ao meio-dia, no site oficial da Eventim. A exibição do Otoboke Beaver no Tiny Desk Concert, projeto da rádio pública norte-americana NPR disponível pelo YouTube, revela o encanto dos espectadores pela irreverência do quarteto. “A banda punk mais autêntica que já vi desde os tempos áureos” e “A energia delas é incomparável” são alguns dos comentários presentes no post do registro audiovisual. Participações em festivais importantes como o Coachella (EUA), o Glastonbury (Reino Unido) e o Lollapalooza (EUA) também reforçam o sucesso da banda pelo mundo. Formado por Accorinrin (guitarra e vocal), Yoyoyoshie (guitarra e vocal), Hirochan (baixo e vocal) e Kahokiss (bateria e vocal), o Otoboke Beaver está em atividade desde 2009 e produziu os álbuns Okoshiyasu!! Otoboke Beaver (2016), ITEKOMA HITS (2019) e Super Champon (2022). Além do show no Cine Joia, vale lembrar que o grupo também estará no Parque Ibirapuera, no dia 2 de novembro, em São Paulo, ao lado das bandas Weezer e Bloc Party, como parte do Índigo, projeto curatorial da 30e. SERVIÇOÍNDIGO: Otoboke Beaver @São Paulo Data: 31 de outubro de 2025 (sexta-feira)Local: Cine Joia – Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade – São Paulo/SPValores: Pista: R$ 157,50 (meia-entrada) | R$ 315,00 (inteira)Ingressos Início das vendasVenda geral: 25 de setembro, 12h, online e na bilheteria oficialBilheteria oficial: Bilheteria A no Allianz Parque – Rua Palestra Itália, 200- Água Branca – São Paulo/SPFuncionamento: Terça a sábado das 10h às 17h*Não tem funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas.
Massive Attack e Cavalera farão show no Espaço Unimed, em São Paulo

O Massive Attack será a atração principal de um show exclusivo no dia 13 de novembro – em colaboração com os artistas brasileiros Cavalera (co-fundadores do Sepultura, Max e Iggor Cavalera) – com o intuito de apoiar e dar visibilidade aos esforços dos povos indígenas do Brasil e do G9 da Amazônia (organizações indígenas de nove países amazônicos) em alcançar justiça climática, reconhecimento e proteção imediatos das terras indígenas no país. Realizado pela 30e,o espetáculo é chamado de A Resposta Somos Nós e acontece em São Paulo, no Espaço Unimed, com ingressos disponíveis a partir desta terça-feira (16), ao meio-dia, no site da Eventim. Este show singularmente diverso será executado enquanto líderes mundiais, corporações globais e o movimento climático em geral chegam ao Brasil para a cúpula da COP 30, sediada na região amazônica de Belém. Enquanto outros eventos culturais serão promovidos por marcas transnacionais e ONGs ocidentais, o Massive Attack e o Cavalera projetaram este evento em São Paulo com intervenções em coordenação direta com grupos indígenas, em apoio às demandas urgentes dessa comunidade. Representantes desses povos estarão presentes no show e as duas bandas ainda promoverão esforços no Brasil para apoiar demandas do movimento indígena da Amazônia, acomodadas e engajadas no mais alto nível político. Mais anúncios sobre essa atuação serão feitos em breve. “É uma honra para nós colaborar com Iggor e Max em apoio à extraordinária integridade e ao papel vital dos povos indígenas do Brasil e de toda a região amazônica. Isso é mais do que uma simples troca de palavras. É uma oportunidade de ouvir o conhecimento, a autoridade moral e a sabedoria das alianças indígenas e ajudar a garantir que sejam ouvidas nas salas de negociação da COP30. Nunca precisamos tanto da presença deles nesse espaço político distorcido quanto agora”, comenta Robert Del Naja (3D), que forma o Massive Attack ao lado de Grant “Daddy G”. “Nós, povos indígenas, subiremos ao palco como quem acende um fogo antigo no coração da noite. Ao lado de Massive Attack e Cavalera, transformaremos o som em levante. Nossas vozes – vivas, ancestrais, indomáveis – vão rasgar o ar, atravessar fronteiras e unir povos, da Amazônia ao Pacífico. Somos raíz que resiste, futuro que insiste. Nunca deixamos de estar aqui. Viemos lembrar que a Terra tem memória. E, por nós, ela pede: o desmonte da máquina que a devora. A resposta já está entre nós – ela brota do chão que pisamos coletivamente. A Resposta Somos Nós. Todos nós. Avançaremos”, comentam os movimentos COIAB, APIB & G9. “Em tempos de polarização tão presente, quando as pessoas se sentem divididas e distraídas, temos a honra de unir forças com o Massive Attack e os Povos Indígenas do Brasil e da Amazônia para tecer uma narrativa de positividade e mudança. Estamos muito animados para trabalhar ao lado de uma banda como o Massive Attack e somos fãs há muitos anos. Cultivamos uma relação próxima com os povos indígenas e trabalhamos ao lado deles há muitos anos. É um privilégio dividir o palco com ambos”, declaram Max e Iggor Cavalera. A apresentação do Massive Attack em São Paulo é parte de ÍNDIGO, ecossistema de curadoria musical da 30e, que tem como objetivo (re)unir comunidades a partir de uma label curatorial com foco em sons indie, do underground ao mainstream.
Ao aliar hits com renegadas, Teenage Fanclub entretém em show empolgante no Cine Joia

Muitas bandas que fizeram sucesso no passado e desenvolveram um nicho de fãs fieis, devotos à identidade estabelecida e ao som tradicional dos primeiros álbuns, sustentam o resto da carreira, depois de lançarem as consagradas obras-primas, com uma postura conservadora. Optam por não lançar nada de muito revolucionário, mas marcam shows e gravações de álbuns com frequência. No caso do Teenage Fanclub, banda escocesa que se apresentou na última quinta-feira (4), no Cine Joia, em São Paulo, o lema adotado do fim da década de 90 em diante sempre foi o de achar um pico de estabilidade e se acomodar em melodias cada vez mais cantaroláveis, em uma toada acústica, com menos guitarras e mais efeitos de vozes, uso de teclados e sintetizadores expressos em canções melancólicas, agridoces e muito sinceras. Fundado em 1989 por Norman Blake (vocal e guitarra) Raymond McGinley (vocal e guitarra solo) e Gerard Love, os Fannies, como são popularmente conhecidos, passaram por alterações no lineup, especialmente em um passado recente. Em 2018, Love, que atuava como compositor, vocalista e baixista em doses imensuráveis, deixou a banda por não suportar mais a escala de viagens e acumular divergências com os outros integrantes. Como resultado dessa dissolução, os membros restantes, entre eles o baterista Francis McDonald, que os acompanha desde o princípio, tomaram a decisão de não tocarem mais nenhuma música composta por Love, mas é difícil fazer uma plateia inteira ignorar tantas faixas icônicas que faziam parte do repertório do ex-baixista. Certamente, o público que encheu a casa de shows ontem queria mais é que canções como Sparky’s Dream, do clássico álbum Grand Prix, de 1995, ou Star Sign, do ainda mais icônico Bandwagonesque (o que eles já venderam de camiseta com a estampa da capa não está escrito), de 1991, mas não é assim que funciona. Felizmente, Norman Blake é um líder extremamente carismático, ainda que tímido nas palavras de agradecimento, e sabe como satisfazer o público. Mais do que entregar o que as pessoas querem, ele ouve cada pedido, cada chamado, desde que consiga correspondê-los, claro. No show do dia anterior, no Circo Voador, alguém pediu por duas vezes para a banda tocar Baby Lee, canção fofíssima, acústica, baladinha para esquentar o coração com acolhimento e ternura, do álbum Shadows, de 2010, e o frontman não pensou duas vezes e recrutou seus colegas para alterarem o setlist e, de última hora, proporcionarem essa quebra de expectativa muito bem-vinda para quem não aguenta mais a mesmice de um show para outro. As surpresas não pararam por aí, felizmente. Verisimilitude, grande clássico do Grand Prix, composta e cantada por Raymond, deu às caras ainda no início, bem antes da metade da duração, para o delírio de adultos que já foram jovens como os responsáveis pela atração, e também declararam versos sarcásticos de rebeldia como uma suposta prova de amadurecimento, típica de quem não sabe nada ainda, mas já quer tentar se virar pelo mundo. Também rechearam a seleção faixas ansiadas por todos e presentes em todos os shows, de qualquer turnê, como as contagiantes What You Do to Me e About You, com seus refrões que incendeiam fãs até mesmo à distância. O repertório foi muito variado, dentro das possibilidades de faixas a serem tocadas e, para variar, encerraram a apresentação com Everything Flows, o primeiro single, pulsando uma energia cheia de distorção e sentimento nos instrumentos. Foi uma noite bonita, de distribuição de sorrisos, um apego ao saudosismo da disposição e da esperança ingênua que tomava conta do corpo lá atrás, e que agora sorri à adolescência, mas amplia a perspectiva para as necessidades da vida adulta, e a principal delas, para o Teenage Fanclub, é manter a constância. Setlist do Teenage Fanclub Home About You Endless Arcade Alcoholiday I Don’t Want Control of You Everything is Falling Apart 120 Mins Verisimilitude Baby Lee It’s a Bad World Middle of my Mind What You Do To Me See the Light Neil Jung My Uptight Life The Concept God Knows It’s True Falling into the Sun Mellow Doubt Everything Flows