Entrevista | Adi Oasis – “Minha criatividade vem da falta de recursos”

A cantora franco-caribenha Adi Oasis retornou ao Brasil após sete meses de sua estreia no país. Fez uma série de shows no início do mês nas unidades de São Paulo e Rio de Janeiro do Blue Note. Depois, Adi Oasis esticou a programação com alguns shows surpresas pelo país, além de uma visita com sua filha de um ano pela Bahia. Um pouco antes de uma das apresentações no Blue Note do Rio de Janeiro, Adi Oasis conversou com o Blog n’ Roll sobre suas influências, raízes, importância do baixo, entre outros assuntos. Confira abaixo a entrevista com Adi Oasis A primeira coisa que realmente me deixa curioso é sobre sua rica formação cultural. Como suas raízes influenciam sua arte, não apenas a música, mas seu figurino também? Não faço roupas, mas as monto. É engraçado porque você acabou de dizer sobre minha rica formação cultural, e ia fazer uma piada, uma piada ruim, acho que sou uma comediante. Minha formação é pobre, porque meus pais vêm de origens muito pobres, com muitos irmãos e irmãs. Mas acho que aprendi que a criatividade vem disso, da falta de recursos. Essa é a mãe da criatividade, certo? E acho que muito do que sou vem disso, como não ter a escolha a não ser fazer com o que você tem. Especialmente quando se trata de moda. Comecei a montar figurino quando não tinha dinheiro, não tinha dinheiro para grandes marcas. Eu não tinha na época, especialmente. E isso te força a ser mais criativo. Quando você fala sobre essa formação pobre, você está falando de Toulouse ou da formação caribenha? Então, minha mãe não é de Toulouse, mas é perto. Toulouse seria a cidade mais próxima de onde ela é, mas nós viemos de uma longa linhagem de fazendeiros. Meus avós e todos os meus tios eram muito pobres. Eles negociavam uma vaca por qualquer coisa. Costumava ir com minha avó para a fazenda ao lado e nós levávamos ovos para eles, enquanto eles nos davam leite. Meu pai é da Martinica. Então, minha mãe é uma de 11, meu pai é um de dez filhos. Meu pai cresceu escalando. Meu pai subia a colina carregando baldes de água sem sapatos. Não cresci assim, mas meus pais cresceram dessa forma. Lotus Glow foi muito bem recebido pelo público e crítica. Você sente alguma pressão agora para lançar algo tão incrível quanto esse álbum? Quero fazer algo melhor, acho que posso facilmente fazer melhor. Acho que Lotus Glow é a razão pela qual este álbum chegou em um momento em que senti que realmente encontrei meu estilo, encontrei minha personalidade como artista, o pacote está totalmente lá, e agora só pode melhorar. Estou animada para o resto. Só tenho que descobrir que a parte desafiadora é criar com um novo bebê. Quando você descobriu o baixo e como ele influenciou seu processo criativo? O baixo realmente chegou até mim. O universo simplesmente o colocou em minhas mãos. Comecei a tocar violão quando era adolescente, tinha 15, 16 anos, para compor minhas músicas. Só que nunca me conectei ao violão acústico porque sempre quis me mover no palco e ficar parado e não ter isso, ser capaz de ter uma atitude desagradável não combinava muito com violão clássico, certo? Isso não era minha praia. Isso é mais country. Há pessoas que fazem isso de forma incrível, mas para mim, não é onde me sinto mais confortável. E montei um grupo quando me mudei para Nova York e nós tínhamos um show agendado. O baixista que contratamos teve que cancelar a participação no último minuto. E os caras ficaram: ‘ei, você toca violão, por que você não toca baixo?’ Foi assim que comecei a tocar baixo. E me apaixonei completamente. Minha vida mudou. Quero fazer um jogo rápido contigo. Topa, Adi? Eu falo alguns artistas e você os define em uma palavra. Erykah Badu – Eu a conheci no Afropunk Bahia. Ela é uma grande influência. Recorro a ela para aprender a realmente confiar em mim mesma. Ela tem um alinhamento total com o universo. Ela está 100% sintonizada. É assim que parece estar totalmente em sintonia consigo mesma. Prince – Prince é meu artista favorito de todos os tempos. Favorito, número um. Ele incorpora tudo o que amo na música. Álbum favorito do Prince? É impossível escolher, porque depende do meu humor. Tenho um álbum do Prince para tudo, mas vou dizer que meu ritual pré-show é Dirty Mind. Coloquei Dirty Mind quando comecei minha maquiagem hoje. Tracy Chapman – Acho que ela é subestimada. Alguém fez um cover da música dela e estou feliz que ela esteja ganhando dinheiro. Espero que você seja rica, Tracy Chapman. Sentada em uma ilha em algum lugar, tomando margaritas e vivendo sua melhor vida. Aretha Franklin – Minha voz favorita, minhas duas cantoras favoritas são Chaka Khan e Aretha Franklin. Eu ainda a ouço todos os dias. Em termos de como posicionar minha voz, aprendi com Aretha. Como você vê o impacto da música francesa na cena internacional? Você sabe, algo está acontecendo. Aya Nakamura é uma das maiores estrelas do afrobeats, pop R&B. Ela é francesa. E amo essa representação porque tem ela, Izzard, que é uma nova artista também, que está realmente bombando agora, que é da França. Fico feliz que essas sejam mulheres negras de pele escura. Adoro que agora o que está acontecendo é que essas grandes artistas francesas são essas mulheres negras. É ótimo que a França tenha que lidar com o fato de que somos a representação do país. Também é interessante para a América ver isso porque muitos supremacistas brancos, pessoas de mente fechada na América, adoram se declarar europeias. E eu fico tipo, não, você não é. Sou europeia, e sou negra. E é assim que uma europeia se parece. Por que é tão importante saber sua identidade, saber sua herança? Cresci com duas culturas muito diferentes entre meu pai do Caribe e minha mãe, uma francesa
Jinjer e Heaven Shall Burn desembarcam no Brasil para seis shows

Tem início no próximo sábado (30) a mega-turnê de retorno à América Latina da banda ucraniana Jinjer, com seu metalcore progressivo e repleto de nuances e atmosferas. Como convidados especiais em todos os shows da turnê, com a exceção do México, estão os pesos pesados do Heaven Shall Burn, uma das mais consagradas e talentosas formações do melodic death metal/metalcore em todo o mundo. No Brasil, Jinjer e a convidada especial Heaven Shall Burn realizarão seis shows. O primeiro compromisso será em Porto Alegre, no sábado (30), no Bar Opinião. Em seguida, as bandas tocam dia 1º/12 em Curitiba, no Tork and Roll, com abertura da banda paulistana Fim do Silêncio. As bandas seguem para Belo Horizonte, dia 3/12, no Mister Rock, além de Brasília no dia 5/12, no Toinha e no Rio de Janeiro, dia 7/12, no Circo Voador, com abertura das bandas Clava e Innocent Lost. A última data no Brasil é em São Paulo, dia 8/12, no Terra SP, com abertura do Fim da Aurora. Nestes shows, Jinjer e Heaven Shall Burn prometem um set list repleto de clássicos e músicas veneradas pelo público, além de possíveis novidades. Jinjer está nos preparativos de lançar – via Napalm Records – o quinto disco da carreira, já intitulado Duél, e recentemente lançou mais um single: Kafka. Nesta canção complexa e pesada, Tatiana intercala vocais limpos e guturais incríveis e técnicos. Já o Heaven Shall Burn lançou em setembro deste ano o single Keinen Schritt Zurück, com a participação da banda punk alemã Donots. Este lançamento marca o primeiro material novo desde o cover em 2022 para Pillars Of Serpents, do Trivium, e do elogiadíssimo e agressivo álbum Of Truth And Sacrifice, de 2020. Ingressos 30/11 em Porto Alegre. Local: Opinião 01/12 em Curitiba. Local: Tork’n Roll 03/12 em Belo Horizonte. Local: Mister Rock 05/12 em Brasília. Local: Toinha 07/12 no Rio de Janeiro. Local: Circo Voador 08/12 em São Paulo. Local: Terra SP
Stray Kids, fenômeno do k-pop, anuncia shows em São Paulo e no Rio

A banda sul-coreana Stray Kids, fenômeno do gênero do K-pop, anunciou que trará a sua turnê mundial “” para o Brasil. Produzidos pela JYP Entertainment, os shows irão acontecer no Rio de Janeiro e em São Paulo e estão programados para abril de 2025. O grupo musical se apresenta na capital carioca em 1º de abril, no Estádio Nilton Santos. Eles desembarcam na capital paulista poucos dias depois, e se apresentam no dia 5 de abril no Estádio MorumBIS. O Stray Kids acumula sucessos como os hits Chk Chk Boom e I Like It, e já alcançou mais de 10 milhões de ouvintes mensais em sua conta no Spotify. A banda de oito membros surgiu em 2017, dentro de um reality show homônimo da Coreia, produzido para amplificar o seu surgimento. O grupo participou como headliner de importantes festivais em 2024, como o Lollapalooza em Chicago, nos Estados Unidos, o I-Days, em Milão, na Itália, e o BST Hyde Park, que acontece na cidade Londres, na Inglaterra. A pré-venda de ingressos tem início na próxima segunda-feira (25), para os clientes Santander Private e Sandanter Select, pelo site da Ticketmaster. Já no dia 26, os demais clientes Santander terão a oportunidade de garantir os seus ingressos, a partir das 10h. A venda geral começa no dia 27 de novembro, às 10h, no site da Ticketmaster, enquanto as vendas físicas terão início a partir das 11h.
Cockney Rejects, com Olga do Toy Dolls na formação, retorna ao Brasil

A banda inglesa de street punk Cockney Rejects retorna ao Brasil em 2025 com sua nova formação, que conta com o lendário Olga, do The Toy Dolls, na guitarra. Serão três shows em abril: Porto Alegre (17/04, no Opinião), Curitiba (18/04, no Basement Cultural) e São Paulo (19/04, no Fabrique Club). A nova turnê do Cockney Rejects por terras brasileiras é uma realização conjunta entre Powerline Music & Books e Ataque Frontal. Os ingleses voltam ao Brasil dois anos após a tour que seria o giro de despedida dos palcos na América do Sul, mas o incansável vocalista Jeff ‘Stinky’ Turner não se deu por vencido pela entrada e recrutou novos músicos para seguir em frente. A nova formação consiste em Jeff ‘Stinky’ Turner, o fundador da banda em 1978 nos vocais, o lendário e carismático Michael (Olga) Algar na guitarra, JJ Pearce no baixo e Ray Bussey na bateria. “Depois de 45 anos brincando com The Toy Dolls, tive vontade de tentar algo novo! Felizmente ouvi de Stinky que ele estava montando um novo Cockney Rejects e ele me perguntou se eu gostaria de fazer parte dele, claro que eu disse sim, sou fã do Cockney Rejects. Os shows têm sido incríveis e a nova formação é muito mais punk, como os Rejects de 1978-1980!”, comentou Olga. Cockney Rejects em Porto Alegre Data: 17 de abril de 2025 Local: Opinião Ingressos Meia Entrada | Lote 01: R$ 120,00 Inteira Solidária | Lote 01: R$ 130,00 * Cockney Rejects em Curitiba Data: 18 de abril de 2025 Local: Basement Cultural Ingressos Meia Entrada | Lote 01: R$ 140,00 Inteira Solidária | Lote 01: R$ 280,00 * Cockney Rejects em São Paulo Data: 19 de abril de 2025 Local: Fabrique Club Ingressos Meia Entrada | Lote 01: R$ 180,00 Inteira | Lote 01: R$ 360,00
Linkin Park anuncia retorno ao Brasil para 2025

Um dia antes do primeiro show em São Paulo, o Linkin Park anunciou uma extensa turnê mundial para 2025, incluindo quatro shows no Brasil. As cidades contempladas são Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Brasília. Ainda não há informações sobre a venda de ingressos. Os shows no Brasil acontecem nos dias 8 de novembro (Rio de Janeiro), 10 (São Paulo), 13 (Brasília) e 15 de novembro (Porto Alegre). Transmissão do Multishow e Globoplay Nesta sexta-feira (15), o Multishow e o Globoplay, disponível também para não assinantes, exibem, a partir das 20h15, a apresentação do Linkin Park, que volta ao Brasil após mais de sete anos, agora sob a liderança de Emily Armstrong e seus vocais potentes. Clássicos como Numb, Faint, In The End, além de lançamentos do novo álbum que também chega às plataformas na sexta, fazem parte do repertório.
Simple Minds confirma dois shows no Brasil; veja locais e preços

The Cult traz aclamada turnê de 40 anos ao Brasil em fevereiro de 2025

The Cult traz ao Brasil, em fevereiro de 2025, a turnê que celebra 40 anos de carreira. A tour visitará três capitais brasileiras: Rio de Janeiro (22/02, Viva Rio), São Paulo (23/02, Vibra SP) e Curitiba (25/02, Live Curitiba). Comandada por Ian Astbury (vocalista) e Billy Duffy (guitarrista), o The Cult tem como legados uma legião global de fãs e uma discografia coesa e repleta de hits atemporais, com destaque para quatro álbuns que constantemente figuram entre os grandes lançamentos de todos os tempos da história do rock: Love (1985), Electric (1987), Sonic Temple (1989) e Ceremony (1991). O rock direto e empolgante do The Cult, que em alguns momentos flerta com o hard rock típico dos anos 80 com o então emergente rock alternativo, explodiu em rádios mundo afora – músicas como She Sells Sanctuary, Fire Woman, Rain e Give me Mercy são ainda hoje tocadas e pedidas em programas radiofônicos, inclusive no Brasil. Vale ressaltar a presença marcante do vocalista Ian Astbury, altamente influenciado por David Bowie, com suas performances épicas, e que na primeira metade dos anos 2000 “substituiu” Jim Morrison (1943-1971) no projeto The Doors of the 21st Century (com ex-membros do próprio The Doors). O último disco de estúdio do The Cult saiu em 2022: Under the Midnight Sun, o 11º da carreira. O álbum foi produzido por Tom Dalgety principalmente no Rockfield Studios, onde a banda gravou seu primeiro álbum Dreamtime, em 1984. O disco traz uma mistura de rock, psicodelia e elementos eletrônicos. Os ingressos estarão à venda a partir das 13h desta sexta-feira (8). No Rio de Janeiro, a venda já começou com uma pré-venda para clientes Vivo por meio do site Fastix. The Cult no Rio de Janeiro Data: 22 de fevereiro de 2025 Local: Vivo Rio – Av. Infante Dom Henrique, 85 – Rio de Janeiro Ingressos The Cult em São Paulo Data: 23 de fevereiro de 2025 Local: Vibra SP Ingressos The Cult em Curitiba Data: 25 de fevereiro de 2025 Local: Live Curitiba Ingressos
Uriah Heep anuncia datas da turnê de despedida no Brasil

A Top Link Music anunciou em suas redes sociais a turnê de despedida da lendária banda britânica Uriah Heep pela América do Sul. Com mais de 50 anos de carreira e incontáveis clássicos do rock em seu catálogo, um dos mais importantes nomes do rock mundial retorna ao continente para oito shows, em abril de 2025. No Brasil, os shows do Uriah Heep acontecem no Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte. Os ingressos estão disponíveis em todas as praças, exceto em São Paulo, no qual a pré-venda para clientes Tokio Marine Hall tem início no sábado (9). A venda para o público geral estará disponível na segunda-feira (11), sempre na plataforma Ticketmaster. No repertório, a banda deve apresentar um apanhado dos momentos mais marcantes da carreira, e não devem faltar clássicos atemporais como Gypsy, Easy Livin’, July Morning e Lady in Black. Formado no final dos anos 1960, o Uriah Heep conquistou o mundo com álbuns clássicos como Look At Yourself e Demons and Wizards, e seguiu em atividade no decorrer das décadas, lançando outros discos incríveis e mantendo uma sólida e fiel base de fãs ao redor do mundo. Atualmente, o grupo é formado pelo membro original Mick Box (guitarra), o vocalista Bernie Shaw e o tecladista Phil Lanzon – ambos na formação há quase quatro décadas; o baixista Davey Rimmer e o baterista Russell Gilbrook. Confira as datas no Brasil 9 de abril 9 – Rio de Janeiro, Brasil @ Teatro Clara Nunes 10 de abril – Porto Alegre, Brasil @ Opinião 11 de abril – São Paulo, Brasil @ Tokio Marine Hall 12 de abril – Curitiba, Brasil @ Ópera de Arame 13 de abril – Belo Horizonte, Brasil @ Mister Rock
Oasis confirma dois shows no Morumbis, em São Paulo

Conforme antecipado pelo jornalista Renato Melo no Blog n’ Roll, o Oasis anunciou shows no Brasil como parte da turnê de retorno Oasis Live 25, que ocorre 15 anos depois da separação da banda. As apresentações do Oasis acontecem no estádio Morumbis, nos dias 22 e 23 de novembro de 2025. A venda de ingressos começa na próxima quarta (13) na Ticketmaster. Nesta segunda (4), o perfil oficial da banda publicou uma foto da estação de metrô da Sé, no centro de São Paulo, onde painéis exibiam pedidos de fãs para que a banda, composta pelos irmãos Liam e Noel Gallagher, viesse ao país. Na modalidade inteira, os ingressos variam entre R$ 590, na arquibancada, e R$ 1.250, na cadeira superior. Para assistir à performance nas pistas A e B, é preciso desembolsar R$ 800. Já o bilhete para a cadeira inferior custa R$ 1.000. Também é possível adquirir o fan ticket por R$ 490, que garante o acesso do espectador ao show, mas a revelação do setor só acontece no dia da apresentação. Clientes podem comprar até quatro ingressos por CPF, incluindo duas meias-entradas. Preços dos shows do Oasis no Morumbis, em São Paulo