Crítica | Terrifier 2

Engenharia do Cinema Em algo extremamente raro na história do cinema, o diretor e roteirista Damien Leone acabou conseguindo com apelo de crowdfunding US$ 250 mil dólares para realizar “Terrifier 2” ( 430% à mais do orçamento privado que ele havia conseguido). Após o sucesso plausível do original, este segundo filme nitidamente conseguiu não só ter os erros reparados, em relação aquele, como ainda criou uma atmosfera maior para o novo grande ídolo do cinema slasher, Art – O Palhaço (David Howard Thornton, mais uma vez em excelente atuação), que até então já arrecadou cerca de US$ 12 milhões nas bilheterias mundiais. A história se passa na noite época de Halloween, quando Art começa a aparecer e assassinar todos em seu caminho, até que ele tem seu caminho cruzado com Sienna (Lauren LaVera), onde ele começa a causar o terror em sua vida. Imagem: Imagem Filmes (Divulgação) É perceptível que Leone extrapolou e abusou de todas as possibilidades que poderiam ser feitas por Art, quando ele está com suas vítimas prestes a serem sacrificadas. Sem pudor e não falando ou sussurrando alguma palavra, seus trajetos que lembram o estilo de Jim Carrey e Freddy Krueger, não causam arrepios em um primeiro momento. Mas quando ele está praticando suas insanidades, ele mostra o quão psicótico consegue ser. E isso Leone deixa claro desde a cena de abertura (pelas qual ele comete atos brutais, por mera diversão), cujos efeitos práticos e extenso trabalho de direção (como enquadramento nas horas mais constrangedoras), souberam deixar quaisquer espectadores se contorcendo na cadeira (inclusive há vários casos de pessoas que passam mal, durante as exibições nos cinemas).     Com direito a muito sangue, violência e sequências realmente impactantes (uma vez que ele esbanja naturalidade ao abrir a cabeça de uma pessoa ou até mesmo rir de um animal morto), fazem o personagem ser muito mais amedrontador como aparece. Agora, assim como o recente “Avatar: O Caminho da Água“, estamos falando de um filme que é ótimo no aspecto técnico, mas que peca totalmente no roteiro (que realmente se não tivesse uma história, não teria feito diferença, uma vez que ele apela para diálogos vergonhosos, situações clichês e até mesmo um enredo totalmente previsível). Porém, no meio de tanto caos no roteiro, é nítido que Leone procurou estabelecer Sienna como a grande protagonista desta franquia que está nascendo. Uma vez que há um cuidado na retratação de seu arco, várias pontas soltas que são deixadas, e até mesmo no tratamento para Lauren LaVera virar uma nova Laurie Strode (Jamie Lee Curtis, protagonista de “Halloween“) com uma mistura de Ash Williams (Bruce Campbell, o icônico protagonista da saga “Evil Dead“). E é nítido que a garota tem talento para mais filmes deste universo, e terá pique para combater mais vezes Art. “Terrifier 2” se mostra como um verdadeiro slasher atual, que presta não só homenagem aos clássicos títulos do gênero, como mostra que este tipo de filme ainda merece ter mais destaque na indústria cinematográfica (que cada vez mais se abstém do estilo, de forma original, e fica apenas dedicado em franquias já estabelecidas).    

Pânico: novo filme da franquia pode estar em produção

Pânico

Após quatro filmes e uma série com três temporadas, a franquia ganhará mais um capítulo. De acordo com o Bloody Disgusting, o próximo Pânico já está em andamento, mas não foram confirmados mais detalhes. Ainda não há informações sobre a trama. Portanto, fica a dúvida se o filme será uma continuação ou um completo reboot. A data de estreia também não foi revelada. A possibilidade de um novo filme já havia sido posta pelo ator David Arquette. Em entrevista pelo Slasher Radio em 2018, o artista confirmou que “adoraria fazer parte” de mais um Pânico. Após a morte de Wes Craven, diretor responsável pelos quatro primeiros filmes, a ideia pareceu mais distante. Porém, segundo Arquette, serviria então como um tributo. O primeiro filme da franquia estreou em 1996, tornando-se um grande clássico do terror slasher. Pânico inspirou muitas obras posteriores, consagrando o diretor no gênero.