Mais enxuto, mas potente e solto, Smashing Pumpkins emociona em SP

Em sua quinta passagem pelo Brasil, a primeira em nove anos, o Smashing Pumpkins mostrou estar em alto nível. No domingo (3), no Espaço Unimed, Billy Corgan e companhia demonstraram estar confortáveis em cena para desfilar uma sequência infinita de hits. The Everlasting Gaze, a melhor e mais pesada do álbum Machina/The Machines of God (2000), abriu o show e foi a faísca que faltava para esquentar de vez o Espaço Unimed. O início do show ainda trouxe uma versão inusitada de Zoo Station, do U2, com solo de bateria, que em alguns momentos pareceu até uma simulação de samba. A interação entre banda e público passou a ficar mais intensa quando as canções dos álbuns Siamese Dream, Mellon Collie and the Infinite Sadness e Adore passaram a marcar presença no set. Today emocionou muita gente na plateia, enquanto Tonight, Tonight fez Billy Corgan para a canção para contemplar a resposta do público. Aliás, chamou a atenção dos outros integrantes como se dissesse: “entenderam porque aqui é diferente?”. E faz muito sentido. Antes do show de São Paulo, a última vez que assisti ao Smashing Pumpkins foi em 2018, na T-Mobile Arena, em Las Vegas. Na ocasião, já acompanhado novamente de James Iha e Jimmy Chamberlin, a banda entregou um show de 3h15 de duração, o dobro da atual turnê, mas sem uma resposta tão enérgica do público. Vale destacar que na apresentação de Las Vegas, James Iha ainda não parecia muito confortável com o retorno ao grupo. Cenário totalmente diferente no Espaço Unimed, no qual ele apresentou a banda, imitou os trejeitos de Brian Johnson (AC/DC) e ainda cantou, de surpresa, Ziggy Stardust, de David Bowie, no fim do show. Surpresas, que por sinal, marcaram a apresentação do Smashing Pumpkins em São Paulo. Após Disarm, Billy Corgan ficou sozinho no palco para uma dobradinha acústica, com Landslide (Fleetwood Mac) e Shine On, Harvest Moon (Ruth Etting). Ver Billy Corgan feliz e leve no palco deixou uma ótima impressão para os fãs. Da última vez, no Lollapalooza 2015, o vocalista estava abatido com a morte de um dos seus gatos, além de estar acompanhado de músicos que pareciam apenas cumprir uma função determinada, sem muita emoção. A guitarrista Kiki Wong e o baixista Jack Bates deram um novo fôlego para a banda. A turnê The World Is a Vampire, que praticamente ignora o álbum mais novo do Smashing Pumpkins, Aghori Mhori Mei (tocou apenas Sighommi), segue pela América do Sul, com shows na Argentina, Chile, Peru, Equador e Colômbia. Terno Rei Uma das bandas mais cultuadas do momento no Brasil, a paulistana Terno Rei foi a responsável pela abertura do show do Smashing Pumpkins em São Paulo. Apesar do pouco tempo, 30 minutos, o grupo conseguiu empolgar o público com uma divisão igualitária dos seus dois últimos álbuns, Violeta (2019) e Gêmeos (2022). Solidão de volta e 93, tocadas logo no início, tiveram ótimo retorno dos fãs. Muitos cantaram de ponta a ponta na pista premium. No fim, antes de Esperando Você, o vocalista Ale Sater revelou que, apesar de ter feito a abertura de vários shows internacionais, o Smashing Pumpkins era o mais importante. “Vamos tocar uma música que achamos que tem muito a ver com o som deles”, disse.
De malas prontas para o Brasil, Smashing Pumpkins lança álbum Aghori Mhori Mei

Com dois shows agendados no Brasil, o Smashing Pumpkins lançou, na última sexta-feira (2), o 13º álbum de estúdio da carreira, Aghori Mhori Mei. O disco é o sucessor da ópera rock Atum, de 2023. “Ao escrever este novo álbum, fiquei intrigado com o axioma desgastado, ‘você não pode voltar para casa’. O que eu pessoalmente descobri ser verdade na forma, mas pensei bem, e se tentássemos de qualquer maneira? Não tanto em olhar para trás com sentimentalismo, mas sim como um meio de seguir em frente; para ver se no equilíbrio de sucesso e fracasso que nossas formas de fazer música por volta de 1990-1996 ainda inspirariam algo revelador”, comentou Billy Corgan em comunicado enviado à imprensa. Aghori Mhori Mei chega semanas após o Smashing Pumpkins confirmar um show em São Paulo (3 de novembro, no Espaço Unimed) e outro em Brasília (Arena BRB Nilson Nelson). Ainda há ingressos disponíveis para as duas datas.
Smashing Pumpkins anuncia dois shows no Brasil; veja datas e locais

A banda norte-americana The Smashing Pumpkins retorna ao Brasil para dois shows no final do ano. As apresentações acontecem em Brasília (1/11, na Arena BRB) e em São Paulo (3/11, no Espaço Unimed). Os ingressos para o show em Brasília estarão disponíveis em breve no site Bilheteria Digital. Em São Paulo, os tíquetes estarão à venda para o público geral a partir desta sexta-feira (19), às 10h, no site Tickets On. Com sucessos que atravessam décadas, o grupo liderado por Billy Corgan se mantém como uma das bandas de rock mais influentes da música alternativa. A turnê atual é ainda mais especial para a história da banda e para os fãs por marcar o retorno dos integrantes da formação original ao grupo, os músicos James Iha na guitarra e Jimmy Chamberlin na bateria. O repertório dos shows, que prometem contar com duas horas de duração, traz uma mistura perfeita de clássicos de toda a discografia da banda até seus álbuns mais recentes. Incluindo sucessos que marcaram gerações e ainda são tocados diariamente nas rádios do mundo todo, como 1979, Today, Bullet with Butterfly Wings, Tonight, Tonight, Disarm e Zero, cada momento do show será uma celebração da musicalidade singular da banda. Atualmente trabalhando em novas músicas, recentemente completaram sua turnê norte-americana The World Is a Vampire Tour, com 27 datas esgotadas. Nas plataformas digitais, a banda soma mais de 11,5 milhões de ouvintes mensais e 1,1 bilhão de visualizações no canal oficial do YouTube. Serviço The Smashing Pumpkins “The World Is A Vampire Tour” em Brasília Data: 1 de novembro de 2024, sexta-feira Cidade: Brasília, Brasil Local: Arena BRB Nilson Nelson Site Endereço: SRPN – Brasília, DF, 70297-400 Abertura dos portões: 17h Classificação etária: 16+ / menores de 16 anos acompanhados dos pais ou responsável legal Ingressos: mais informações em breve The Smashing Pumpkins “The World Is A Vampire Tour” em São Paulo Data: 3 de novembro de 2024, domingo Cidade: São Paulo Local: Espaço Unimed – Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda Abertura dos portões: 17h Classificação etária: 16+ / menores de 16 anos acompanhados dos pais ou responsável legal Ingressos
Green Day lança segundo single de Saviors e anuncia super turnê

O Green Day liberou o segundo single do novo álbum, Saviors. A faixa da vez é Look Ma, No Brains! A faixa, aliás, veio acompanhada de uma extensa turnê da banda pela América do Norte e Europa. Em junho, Europa e Reino Unido recebem o Green Day, acompanhado de nomes especiais como The Interrupters, The Hives, Nothing But Thieves, entre outros. Na América do Norte será entre julho e setembro, com Rancid, Smashing Pumpkins e Linda Lindas. E um detalhe importante: além do álbum novo, os shows vão celebrar os 30 anos de Dookie e 20 anos de American Idiot. Gravado em Londres, na Inglaterra, e Los Angeles, nos EUA, Saviors é a mais recente colaboração poderosa entre o Green Day e o produtor vencedor do Grammy, Rob Cavallo, cujo notável trabalho anterior com o Green Day inclui dois dos álbuns mais icônicos da banda, Dookie, de 1994, e American Idiot, de 2004. O disco chega pouco antes do 30º aniversário de Dookie. As comemorações já começaram com o lançamento de uma enorme edição de luxo do álbum e um show surpresa em Las Vegas, onde a banda tocou o álbum de frente para trás para uma multidão de super fãs. O álbum foi anunciado na semana passada com o single The American Dream is Killing Me. Junto com a nova faixa, a banda lança um videoclipe em preto e branco inspirado em um filme noir, apresentando o Green Day no meio de um apocalipse zumbi. O vídeo arrebatador foi dirigido por Brendan Walter e Ryan Baxley e filmado em Los Angeles.
Críticas | Arctic Monkeys, Goldfinger, Boom Boom Kid, Smashing Pumpkins, Billie Joe…

Arctic Monkeys – Arctic Monkeys Live At The Royal Albert Hall O show desta mesma turnê do Arctic Monkeys foi apresentado aqui no Brasil, no Lollapalooza 2019, com um set bem parecido. Portanto, não é surpresa aos fãs dos Monkeys a relação de ‘morde-assopra’. Em resumo, canções recentes mais climáticas dividem espaço com os rock indie barulhentos de outrora. Embaixo do manto do hype, o Arctic Monkeys é uma banda eficiente. Ao vivo não inova, mas entrega uma execução fiel e bem trabalhada de suas músicas. Goldfinger – Never Look Back Acompanhado de um time de estrelas – Mike Herrera (MxPx), Travis Barker (Blink-182), entre outros – John Feldman retorna seu Goldfinger com mais um disco super bem produzido. Ele mantém as bases punk-pop e ska-punk, mas com uma produção e refrões que têm muito a ver com a sonoridade de 2020. A busca pelo pop perfeito talvez tire um pouco da displicência e do charme que a banda carregava nos anos 1990, mas ainda é um belo trabalho. Boom Boom Kid – Bienvenido: Zona de Descanzo Primeiro disco acústico de estúdio do Boom Boom Kid. O ex-Fun People recria uma porção de suas canções em versões unplugged low-profile, por vezes usando e abusando de efeitos/reverb, ou na voz, ou no violão. Além dos resgates, ainda temos faixas inéditas e versões na seleção final. Prolífico como poucos, Nekro é um dos maiores artistas do cenário alternativo sul-americano e se acostumou a fazer muito com pouco. Radkey – Green Room Os irmãos Dee, Isaiah e Solomon Radke formam uma das bandas punk mais interessantes dos últimos anos. Power trio de canções simples e refrões ótimos, chegaram a seu quarto disco, lançado de forma independente e com ajuda de uma campanha de crowdfunding. Aqui a banda apresenta uma coleção de canções punk com viés pop, resgatando melodias dos Ramones circa anos 1980 e também algo de Misfits. Vale a pena. Smashing Pumpkins – CYR O Smashing Pumpkins sempre operou em três instâncias musicais: canções baseadas em riffs pesados de guitarra, baladas épicas e mais recentemente, músicas calçadas em synths. Este é praticamente todo baseado nesta terceira opção. Olhando pra trás, CYR dialoga principalmente com a fase Monuments to an Elegy. É um álbum difícil na discografia do grupo, apesar de soar pop na maior parte do tempo. Billie Joe Armstrong – No Fun Mondays No começo da quarentena, o vocalista do Green Day anunciou que lançaria um cover por semana, até ‘o mundo retornar ao normal’. As semanas passaram e Billie lançou 14 covers no projeto No Fun Mondays. Agora, porém, as reuniu neste LP. Apesar das diversas fontes originais, aqui as canções ficaram todas com aquele jeitão power-pop. Guitarra, vocais melódicos e refrões ganchudos. É o músico fazendo o que faz de melhor. The Network – Trans Am O Network surgiu em 2003 como uma banda new wave secreta cujos integrantes “pareciam demais” com os caras do Green Day. Na época o grupo sustentou a brincadeira de identidade secreta e soltou um disco tão excelente quanto descompromissado. Pra quem se decepcionou com o último disco do Green Day, o Network vem para restaurar sua fé no trio de Oakland, soltando aqui neste EP quatro faixa novas super divertidas. New Model Army – Carnival (Redux) “Carnival foi o único álbum em que a gravação, mixagem e masterização não trouxeram o resultado perto do que era pretendido originalmente“. A declaração é do vocalista Justin Sullivan sobre seu CD de 2005. Contudo, neste 2020, onde a banda comemora aniversário de 40 anos e teve seus planos abortados, este álbum está sendo relançado e ‘reimaginado’. Com o resgate, recebeu nova mixagem e faixas inéditas. Para redescobrir. Refused – The Malignant Fire O Refused tem o costume de sempre lançar um EP pouco antes ou pouco depois de um novo álbum full. No caso, The Malignant Fire é sucessor do disco War Music, lançado ano passado. Se no conteúdo o Refused continua pregando para convertidos, no som o grupo tenta sempre dar alguns passos fora da fórmula. O óbvio seria a morte artística desta banda que já ousou moldar ‘a forma que o punk virá’. Hardcore fora da caixa. Killer Be Killed – Reluctant Hero O novo do Killer Be Killed, formado por Max Cavalera (Soulfly, Cavalera Conspiracy); Greg Puciato (The Dillinger Escape Plan); Troy Sanders (Mastodon); e Ben Koller (Converge), vem com uma unidade muito maior do que no álbum de 2014. Aqui as canções se conversam muito mais, são inclusive mais palatáveis que as do primeiro disco, com muitos vocais melódicos e ótimos refrões. Metal inteligente, agressivo e criativo. Nick Cave – Idiot Prayer – Nick Cave Alone At Alexandra Palace Em junho, durante o período de lockdown no Reino Unido, Nick Cave fez uma live no Alexandra Palace, em Londres. Somente acompanhado de seu vozeirão e seu piano, Cave transmitiu a classuda apresentação em live paga que agora virou CD. O clima intimista e de solidão fazem a cama para as 22 faixas que preenchem o setlist lembrando a fase Grinderman, dos Bad Seeds e faixas de seu trabalho mais recente. Obra de arte! Joan Jett & The Blackhearts – Playin’ With Fire (Live In Long Island, NY ’81) Em 1981, Joan estava voando baixo ao lado de seus Blackhearts, divulgando o excelente Bad Reputation. Aqui temos o registro de um show transmitido via rádio e lançado via bootleg diversas vezes nos últimos 30 anos. O setlist de 21 músicas é divertido, tem as faixas do disco da época e covers, tocado por uma banda afiadíssima, em seu melhor momento comercial e criativo. Excelente!
Smashing Pumpkins deve lançar sequência de Mellon Collie em 2021

O grandioso Mellon Collie and the Infinite Sadness, deve ganhar uma sequência em breve. Pelo menos é isso que o The Smashing Pumpkins planeja para o aniversário de 25 anos do disco. Em resumo, Billy Corgan estava em transmissão ao vivo quando contou que o conjunto está trabalhando em um registro para 2021, que terá 33 faixas e servirá como continuação direta de Mellon Collie (1995) e Machina/The Machines of God (2000). “Estes dois primeiros foram feitos com a mesma base conceitual. Este seria o terceiro da trilogia”, disse. Ademais, Corgan define esta nova obra como ‘ópera rock’. De acordo com ele, todas as 33 canções já foram escritas e as mixagens em estúdio estão bem encaminhadas. Na live, o frontman também anúnciou outra ótima novidade para os fãs do famoso disco. Após o fim das restrições da Covid-19, a banda tem grande interesse em fazer uma turnê temática do álbum, para comemorar o 25º aniversário do trabalho da maneira certa. Vale lembrar que o Smashing Pumpkins já tem um novo projeto marcado para lançamento. Trata-se de Cyr, que chega no dia 27 de novembro.
Cyr: Smashing Pumpkins anuncia álbum duplo para novembro

The Contortionist lança videoclipe para cover de Smashing Pumpkins

Billy Corgan afirma que Smashing Pumpkins já tem 21 canções para novo disco
