Crítica | Sea Savage – Gama Bomb
Eis que os reis irlandeses da velocidade retornam com o seu sétimo álbum de estúdio, Sea Savage. Surgido ali na metade da década de 2000, o Gama Bomb seguiu o exemplo de outros nomes como Municipal Waste e Fueled By Fire e trouxe de volta o thrash metal despojado e agressivo como se fazia nos bons tempos. Aliás, agora reforçado com produções modernas, letras versando sobre temas “nerds”, belíssimas artes de capa e muita, muita adrenalina. Se você já se ouriçou ao ler essas características, então prepare-se para Sea Savage. A música do Gama Bomb está muito longe de ser tecnicamente desafiadora, porém isso não significa que se trata de maus músicos. Muito pelo contrário! A pujança sonora que emana do material entrega que os integrantes da banda possuem o thrash na alma, e cada segundo do álbum é uma explosão de velocidade e fúria. Outro acerto é o fato das canções serem diretas ao ponto, sem muita disposição para jams, improvisos ou algo que o valha. É porradaria 100% do tempo, rápida, com riffs afiados, cozinha precisa e os vocais de Philly Byrne, que remetem a outro grande nome do thrash, o lendário Bobby Blitz, do Overkill, que , desnecessário dizer, também exerce influência sobre os rapazes aqui. A essa altura, já deu para perceber por quais mares navegam esses insanos irlandeses. E , para quem gosta de cair no mosh ou de simplesmente arrancar a cabeça de tanto bangear, experimente as ferozes Judo Killer, Miami Supercops, Ironblood, Rusty Jaw, Sheer Khan e a faixa-título. E se não sentir o sangue subindo à cabeça durante a audição, há algo de muito errado com você. Ficha técnica – Gama Bomb – Sea Savage Sea SavageAno de Lançamento: 2020Gravadora: Prosthetic Records Faixas:1-Judo Killer2-Sea Savage3-Miami Supercops4-She´s Not My Mother, Todd5-Ironblood6-Lords of The Hellfire Club7-Sheer Khan8-Rusty Jaw9-Monsterizer10-Ready, Steady, Goat!11-Electric Pentacle12-Gone Haywire
Crítica | V – Havok
2020 pode estar sendo o pior ano da história da humanidade, e é quase impossível discordar. Mas nem tudo está tão ruim assim. Álbuns novos matadores de bandas como Testament, Vader e Wolfheart soaram como uma bênção (ainda que infernal) aos ouvidos dos bangers. E quando uma das melhores bandas da nova safra do thrash metal resolve atirar seu álbum novo na praça? Pois V, o novo trabalho dos americanos do Havok, é mais um a entrar na lista de melhores do ano. Comandada pelo insano David Sanchez (voz, guitarra), o Havok fez sua fama por praticar um thrash metal ao mesmo tempo moderno e clássico, destacando-se ainda por ter elaboradas linhas de baixo, algo não tão comum no metal. Pois o novo baixista Brandon Bruce debulha seu instrumento ao longo das onze faixas de V, de modo que fará o mais desconfiado baixista se render. Discografia incrível, mas recente E quanto ao material? V se junta aos excepcionais Conformicide (2017) e Time is Up (2011) como os pontos altos da discografia da banda. Seja pela speed metal Fear Campaign, ou a trampada Ritual of The Mind (cuja introdução lembra, vagamente, Eye of The Beholder, do Metallica), a velocíssima Phamtom Force, a totalmente thrash Cosmetic Surgery (preste atenção nas linhas de baixo dessa música) ou a faixa que encerra o álbum, a trabalhada Don’t Do It, que em seus mais de oito minutos de duração, lembra o glorioso Annihilator. Sem mais delongas, o Havok é uma banda obrigatória a todos os fãs de heavy metal. Principalmente para aqueles que insistem que o gênero está com os dias contados. VAno de Lançamento: 2020Gravadora: Century Media Records Faixas:1-Post-Truth Era2-Fear Campaign3-Betrayed By Technology4-Ritual of The Mind5-Interface With The Infinite6-Dab Tsog7-Phantom Force8-Cosmetic Surgery9-Panpsychism10-Merchants of Death11-Don’t Do It