Zé Bigode Orquestra afasta as energias negativas com “Faca de Ponta”

A Zé Bigode Orquestra, banda conhecida por suas experimentações com reggae, afrobeat, jazz, R&B e música brasileira, evolui seu caldeirão sonoro no single Faca de Ponta. Com uma fusão envolvente de ijexá, pagode baiano e toques de psicodelia tropicalista, a música canta a libertação e o afastamento de energias negativas. Já é possível ouvir em todas as plataformas digitais e conferir o clipe no YouTube. A letra da canção gira em torno de uma conversa entre duas pessoas e aborda a importância de se afastar daqueles que sugam nossa energia. O refrão marcante “Dá licença abre espaço, espada de ogum pra espantar teu mau-olhado” ressalta a ideia de se proteger contra a negatividade, simbolizada pela espada de ogum, planta conhecida por sua capacidade de reter tais vibrações. Segundo o guitarrista José Roberto Rocha, a ideia para a composição surgiu a partir de sua experiência pessoal. “Eu estou de boa, e você vem aqui me atazanar, sai daqui, me deixa respirar”. A música reflete a sensação de ser constantemente incomodado por alguém a ponto de se tornar uma “faca de ponta”, disposto a cortar essa pessoa da vida, metaforicamente falando. A composição de Faca de Ponta contou com a colaboração de diversos membros da banda Zé Bigode Orquestra. José Roberto Rocha criou as estrofes e o refrão inicialmente, mas a melodia e algumas palavras foram ajustadas pela cantora Luana Karoo. O produtor Guinu também contribuiu, adicionando elementos do pagodão no refrão e inserindo uma pitada de ijexá nos versos, resultando em uma reviravolta musical que levou a música a um saboroso ritmo baiano. Outro destaque da música é a participação especial do rapper Jef Rodriguez, um parceiro de longa data da banda. Jef trouxe uma abordagem mais melódica, não tão rap quanto inicialmente pensado, mas que encaixou perfeitamente na composição. Influenciada pela música baiana contemporânea de artistas como Rachel Reis, Igor Kannário e Luedji Luna, aliados a clássicos como Gilberto Gil, a Zé Bigode Orquestra conseguiu criar uma sonoridade única e envolvente em Faca de Ponta. A música também conta com um time de instrumentistas talentosos, além dos membros oficiais da banda, como Leo Magdalena na bateria, Gustavo Pereira na guitarra, Andre Siqueira nas percussões e Josiel Konrad no trombone.

BNegão e Zé Bigode Orquestra lançam Eles Querem o Poder

Em seu último single antes de lançar o segundo disco, Clube da Fumaça, a Zé Bigode Orquestra convocou BNegão na canção e clipe Eles Querem o Poder. A canção é um hino de convocação para lutar contra os falsos messias e mercadores da fé que andam levando o Brasil para o abismo. O clipe foi gravado pelas ruas da Zona Portuária no Rio de Janeiro, passando por partes dos bairros da Leopoldina e da Zona Norte, mostrando uma parte da cidade que a mídia não vê. Com influências diretas do reggae e do dub, estilos oriundos da Jamaica, o instrumental da faixa é pesado, guiado quase que inteiramente pelo riff do baixo. “O baixo nessa faixa é como uma pedra fundamental, todo o resto da música é baseado nesse grave do riff”, conta Daniel Bento, baixista do grupo. Se no single anterior, Maria Navalha, a banda saúda a rua e suas entidades, em Eles querem o poder, a Orquestra fala sobre manter-se firme e não se deixar levar por pessoas que usam a religião como forma de dominação e poder político. “Os versos são curtos e diretos, a ideia é ser uma mensagem direta ao córtex do ouvinte”, detalha José Roberto, autor da letra e da música. Com um groove feito para dançar, marcado e com um swing convidativo para se mexer, a ideia da música (e do próximo disco como um todo), é o famoso “rebolar com a mão na consciência”. Refletir sobre o mundo em que vivemos, porém sem deixar de dançar e contestar as injustiças que vivenciamos. Zé Bigode Orquestra é Vila Isabel e Andaraí, é Complexo da Maré, Lapa, Laranjeiras e Freguesia, é um pouco de um Rio de Janeiro que ainda tenta ser mágico e diverso transformando as frequências sonoras em reggae, afrobeat e fumaça. Seu álbum de estreia foi Fluxo, lançado em 2017, e sucedido pelos singles Amalá Adubaba (2019), Tikulafe (2020), América do Sul (2021) e Maria Navalha (2021). Com quase 30 anos de carreira, BNegão (Planet Hemp) adiciona toda a sua vivência para a canção, a sua voz inconfundível é quem lança a mensagem final e derradeira antes do fim catártico. A ideia do single é acordar a sociedade anestesiada, que se apega a discursos rasos e sem ação. O single Eles Querem o Poder foi escrito por José Roberto Rocha e traz participação do Bnegão. A mixagem e masterização ficaram por conta de Tércio Marques, com produção de Pedro Guinu. Os arranjos dos metais são de José Roberto e Victor Lemos. Participaram da faixa os músicos: Luana Karoo (voz), José Roberto Rocha (guitarra), Daniel Bento (baixo), Pedro Petrutes (hammond/synth), Eric Brandão (bateria), Thiago Garcia (trompete), Victor Lemos (sax tenor) e Victor Hugo (percussão). Também participaram como músicos convidados Breno Hirata (sax barítono), Rodrigo Maré (percussão) e Pedro Guinu (moog e efeitos).