Em meio ao isolamento, que tal aproveitar para maratonar alguns filmes dirigidos por mulheres? Por mais que parecemos estar evoluídos quanto à equidade de gênero, a indústria cinematográfica ainda peca na disparidade entre mulheres e homens na direção.
Com poucos recursos, baixas projeções e pouco apoio, muitas mulheres enfrentam barreiras para decolar no cinema. Tanto no mainstream como na cena independente, ainda existem lacunas a ser preenchidas.
Por isso, que tal apoiarmos algumas dessas cineastas? Confira uma lista especial de 10 filmes dirigidos por mulheres para assistir nesta quarentena, para todos os gostos. Ah! E todos disponíveis na Netflix. Vamos lá:
Democracia em Vertigem (2019), de Petra Costa
Começamos nossa lista com um documentário nacional de peso. Petra Costa, indicada ao Oscar de Melhor Documentário, criou uma obra atemporal que explica as controversas transições do governo brasileiro e sua crise interminável.
Elisa y Marcela (2019), de Isabel Coixet
Um drama intenso e extremamente delicado, Elisa y Marcela conta a história de um relacionamento proibido. As protagonistas se apaixonam e lutam por seu amor na Espanha, em 1901, quando era proibido que pessoas do mesmo sexo se relacionassem. Baseado em uma história real.
Batalhas (2018), de Katarina Launing
O drama norueguês conta a história de uma dançarina no caminho do sucesso. Entretanto, conforme segue os passos para sua profissão, ela enfrenta desafios que põem toda sua trajetória em risco. No meio de todo o caos, ela encontra forças em um gênero inusitado: o hip hop.
Bird Box (2018), de Susanne Bier
Diante de um inimigo que não podem ver, um grupo de estranhos têm de se proteger e encontrar maneiras de sobreviver. O suspense aumenta quando a protagonista, interpretada por Sandra Bullock, tem que manter as esperanças para proteger duas crianças.
Lazzaro Felice (2018), de Alice Rohrwacher
O filme italiano, premiado em Cannes, retrata com cenografia impecável duas realidades alternativas, interpretadas pela visão do protagonista Lazzaro, interpretado por Adriano Tardiolo. O longa aborda questões sociais diversas, permeando reflexões sobre relacionamentos, autonomia, liberdade, ambição, consumismo e especialmente a desigualdade social.
Para Todos os Garotos que Já Amei (2018), de Susan Johnson
A comédia romântica é baseada no livro homônimo escrito por Jenny Han, de 2014. No filme, uma família nipo-americana de três irmãs vira de cabeça para baixo quando duas das filhas começam a namorar. A protagonista Lara Jean, interpretada por Lana Condor, interpreta uma menina romântica e super tímida, que tem de enfrentar suas paixões secretas sendo reveladas misteriosamente. O filme já conta com parte 2, também disponível na Netflix.
O Estranho que Nós Amamos (2017), de Sofia Coppola
Indicado à Palma de Ouro, o drama de Sofia Coppola relaciona grandes atuações a um roteiro bem amarrado. O filme conta a história de um soldado da União, ferido em combate durante a Guerra de Secessão. O homem se refugia num internato para mulheres, localizado em território confederado, uma decisão que pode gerar muitas reações.
O Zoológico de Varsóvia (2017), de Niki Caro
Nós já comentamos sobre este curioso filme de guerra aqui no blog. Você pode conferir a crítica neste link. Baseado em fatos reais, o longa conta a história de Jan e Antonina Zabinski, casal responsável por salvar a vida de mais de 300 judeus durante a segunda guerra mundial.
A Voz do Silêncio: Koe no Katachi (2016), de Naoko Yamada
Para os que curtem animações, A Voz do Silêncio: Koe no Katachi é uma ótima pedida. Baseado no mangá homônimo, este delicado romance conta a história de Shouko Nishimiya, uma menina surda, muito gentil e alegre, e Shōya Ishida, um menino mimado que descobre em Shouko o alvo perfeito para praticar bullying. A dupla enfrenta uma longa jornada de autoconhecimento, arrependimento e perdão, passando lições sublimes sobre respeito, preconceito e amadurecimento.
Mamma Mia! (2008), de Phyllida Lloyd
Por fim, uma ótima pedida para os fãs de musicais! Tudo começa quando Sophie (interpretada por Amanda Seyfried), prestes a se casar, resolve procurar seu pai biológico. Por meio do diário de sua mãe, Donna (Meryl Streep), ela encontra três possíveis candidatos. Entretanto, a confusão está montada quando ela convida os três para o casamento. Toda essa confusão é guiada pela trilha sonora icônica de canções do grupo ABBA.