Crítica | Dolittle

Se você vai ao cinema com a expectativa de que Dolittle (2020) seja semelhante com a versão interpretada pelo Eddie Murphy (1998), é melhor tirar o cavalinho da chuva.

Antes mesmo de estrear nos cinemas, Dolittle já estava atraindo uma impressão negativa na crítica internacional. A verdade é que o sucesso das versões anteriores interpretadas por Eddie Murphy criou uma expectativa para o filme.

Afinal, o doutor dos animais é um clássico da comédia, em que os adultos podem gargalhar. No entanto, o novo filme está com os dois pés na fantasia, de forma destinada às crianças. A obra é dos mesmos produtores de Malévola (2014) e Alice no País das Maravilhas (2010).

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O longa Dolittle estreou na última quinta-feira (20) nos cinemas brasileiros. A nova versão do amigo dos animais conta com mais de uma hora e meia de aventura e um elenco fantástico. Quem dá à vida ao doutor é Robert Downey Jr., conhecido por interpretar personagens de grandes franquias, como: Homem de Ferro e Sherlock Holmes.

Dolittle: gênio, bilionário, filantropo e amigo dos animais

Desta forma, o Dolittle desta vez não tem nada de cômico. Ele se assemelha muito aos dois personagens citados acima, uma mistura de soberania e mistério.

O filme dirigido pelo americano Stephen Gaghan, de 54 anos, também conta com as interpretações de Harry Collett, Antônio Banderas, Michael Sheen, Jim Broadbent e Jessie Buckley.

Os animais exóticos e amigos de Dolittle são dublados por Rami Malek (um gorila inseguro), Octavia Spencer (um pato otimista), Kumail Nanjiani (um avestruz competitivo), John Cena (um urso polar que sente frio) e Emma Thompson (uma papagaia conselheira).

A trilha sonora fica por conta de Sia, uma cantora, compositora, produtora e diretora australiana.

Sinopse

O Dr. Dolittle vive com uma variedade de animais exóticos e conversa com eles diariamente. Quando a jovem rainha Victoria fica doente, o excêntrico médico e seus amigos peludos embarcam em uma aventura épica em uma ilha mística para encontrar a cura.

A trama

A trama começa com uma voz em off contando uma catarse da história do doutor por meio de animação. Dr. John Dolittle era um homem compreensivo que vivia em perfeita harmonia com todas as espécies, até o dia que conhece a filha de um rei e se apaixona.

A jovem decide viajar até a Terra do Éden em busca de uma planta encantada. No meio do caminho uma terrível tempestade derruba a embarcação e mata todos os tripulantes. As únicas coisas que sobram da mulher são objetos pessoais e um mapa que contém todas as informações secretas.

Decepcionado com a morte da amada, Dolittle se tranca dentro de seu santuário secreto e vive apenas com animais. A depressão faz com que ele assuma o perfil semelhante à de um morador de rua, com uma longa barba e roupas sujas.

É época de caça e um garoto enfrenta o bosque até chegar à mansão Dolittle. Em suas mãos carrega um pequeno esquilo baleado. O menino é filho de caçadores e impressiona os pais com seu comportamento diferente, pois não mata animais. Neste dia, seus familiares o obrigaram a acertar uma ave, mas ele desvia o tiro e atinge sem querer o roedor.

Personagens

Ao mesmo tempo, uma educada menina também entra no santuário. A jovem é parente da Rainha Victória e traz a mensagem que a autoridade está doente, prestes a morrer. Caso a rainha venha falecer, o santuário será destruído. Ambos precisam da ajuda do homem. Será que ele vai sair da “caverna”?

Dentro do grupo de esquisitões, cada um ajuda da sua forma e mostra a importância de acreditar, respeitar e ter união. A narrativa é feita especialmente para as crianças.

Há momentos engraçados com bordões divertidos. Um exemplo são as falas do esquilo Kevin, que após ser baleado guarda rancor e cria um diário de vingança. Ainda assim, o filme é destinado à fantasia.

Desde o início do longa, o objetivo é fazer você embarcar na aventura do conto. Os planos abertos e o cenário são semelhantes à Malévola (2014).

Leve seu filho ao cinema, ele com certeza dará boas risada. Já você – caso esteja querendo ver o Eddie Murphy – precisa entender que as releituras são diferentes, e o nome disso é liberdade de criação.

Em cartaz na Baixada Santista

Roxy 2 – Parque Anilinas
Av. 9 de Abril, s/n – CENTRO, Cubatão

Roxy 5 – Gonzaga
Av. Ana Costa, 443 – Gonzaga, Santos

Roxy 6 – Brisamar
R. Frei Gaspar, 365 – Centro, São Vicente

Para ver horários e valores, acesse o site do Cine Roxy.