A série Expresso do Amanhã, lançada no final de maio (25), é uma das mais vistas pelos brasileiros na última semana. Se consagrando no início de junho, como a grande aposta da Netflix. A trama, inspirada na HQ francesa Le Transperceneige (1982), tem como produtor-executivo Bong Joon-ho, diretor do premiado Parasita (2019).
A produção marca o retorno ao universo do filme de mesmo nome, dirigido por Bong Joon-ho, em 2013, com a atuação de Chris Evans. Em um cenário pós-apocalíptico, a Terra vive a nova Era do Gelo, onde a temperatura ambiente é de 119 graus Celsius negativos, congelando qualquer indício de vida. Diante do fim da humanidade, as Indústrias Wilford construíram um trem enorme que abriga três mil pessoas.
O grande contraponto desta história é que a arca da sobrevivência também é um refúgio dos ricos. No início da série, podemos ver quando o trem se prepara para partir, somente com as pessoas mais importantes do mundo. Porém, o que restou das outras classes será dizimada pelo frio congelante. No entanto, um grupo de rebeldes decide invadir a locomotiva minutos antes dela partir.
O que sobra para eles é viver no fundo de todas estações, afastados das outras classes. Esses “imigrantes” vivem amontoados, com pouca alimentação, sem direito ao bem-estar, entre ratos e suicídios. Enquanto isso, os convidados de honra desfrutam dos prazeres da locomotiva, com vagões exclusivos, festas deslumbrantes, e jantares luxuosos.
Por ora, a série possui poucos episódios, com cerca de 50 minutos cada. A trama se passa sete anos após o trem começar a rodar pelo mundo. Os personagens centrais são Andre Layton (Davee Digs) e Melanie Cavill (Jennifer Conelly). Esses passageiros representam vidas opostas. Com isso, a divergência e carro-chefe da história corresponde à luta de classes, exposição das desigualdades sociais, e sobrevivência humana.
O trem dos ricos não é tão perfeito assim
Diante de situações precárias, os “fundistas” veem amigos e familiares adoecerem e morrerem, sem nenhuma relevância para os outros passageiros. Cansados de tanta discrepância, planejam rebelar-se ao sistema, e dominar os vagões. Entretanto, são surpreendidos ao verem um dos líderes ser requisitado pelo alto escalão.
Andre Layton era um antigo detetive de homicídio, antes da Nova Era. Mas naquele ambiente hostil havia se tornado uma voz ativa entre os fundistas. Por sua antiga carreira ele é chamado para investigar o misterioso assassinato de Sean Wise na terceira classe. Contra sua vontade, parte em busca de respostas deixando para trás sua família adotiva, e reivindicando melhorias para o grupo.
Do outro lado temos Melanie Cavill, uma mulher que ocupa várias funções no trem. Empregada das Indústrias Wilford, empresa que criou a locomotiva, atua como porta-voz da organização, resolvendo problemas e criando uma boa convivência no local. Apesar disso, assim como os vagões, ela também esconde um grande segredo.
Disponível na Netflix, a primeira temporada de Expresso do Amanhã ganha novos episódios às segundas-feiras.