by Caíque Stiva
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Especialista em álbuns com nomes longos, o The 1975 lançou na última sexta (30) A Brief Inquiry Into Online Relationships, seu terceiro disco de estúdio, sucessor de I like it when you sleep, for you are so beautiful yet so unaware of it, de 2016, e The 1975, de 2013.
Em 15 faixas, a banda de Manchester, na Inglaterra, traz um trabalho muito bom, recheado de emoção, introspecção e críticas ao mundo “robótico” onde vivemos. No entanto, mesmo com o marasmo das canções mais lentas, como Inside Your Mind e Be My Mistake, por exemplo, o grupo conseguiu manter um equilíbrio com o agito do indie rock e pop de Give Yourself a Try, It’s Not Living (If It’s Not With You), entre outras.
No meio do álbum, ainda há uma faixa recitada pela voz do Siri, assistente digital do iPhone, chamada The Man Who Married A Robot. Nela, a banda faz uma dura crítica à dependência das pessoas no mundo digital e a falta de interação humana dos dias atuais.
Um ponto negativo de A Brief Inquiry Into Online Relationships é a introdução do álbum. Particularmente, achei desinteressante e robotizada demais. Irônico, não?
Fora a intro, o álbum tem tudo que precisa para estar entre os melhores do ano. Matt Haely e companhia se mostram cada vez mais maduros e experientes para colocar The 1975 no topo do gênero em um futuro não tão distante.
Vale lembrar que a banda já tem seu próximo álbum previsto para maio de 2019: Notes on a Conditional Form. Antes disso, os britânicos passam pelo Brasil para tocar no Lollapalooza 2019, em abril.
Em 2017, The 1975 tocou no mesmo festival, em São Paulo, e agradou bastante o público, mesmo com a ligeira falta de carisma. Confira a resenha da última apresentação deles por aqui.
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