Avril Lavigne finalmente voltou ao meio musical depois de alguns anos afastada por conta da doença de lyme. Seu retorno não poderia ter sido mais preciso que o lançamento do Head Above Water, sexto disco de estúdio da canadense.
A cantora de 34 anos (pasmem!) teve alguns anos para repensar todas as suas ideias para virar uma nova mulher no mundo da música, com melodias diferentes, mensagens distintas e abandonar de vez aquela adolescente problemática que conhecíamos desde Let Go, sucesso em 2002.
O novo álbum de Avril por mais que não seja algo excelente, mostra o esforço dela para se reinventar, além de provar, mesmo que dolorosamente em suas letras, tudo que a artista passou nesses anos de luta contra a doença. Head Above Water, primeira faixa do disco, traz muito bem essa angustia nesse período de tratamento, com trechos diretos que mostram que Lavigne nunca se deu por vencida.
Outro detalhe muito interessante neste novo trabalho são como as canções soam maduras, mesmo com os discos anteriores da cantora (Goodbye Lullaby e Avril Lavigne) que já flertam como um pop mais puro, ainda pareciam algo criado por uma cabeça jovem, sem muito peso nas canções, talvez pela falta de vivência da cantora na época.
Head Above Water é a forma perfeita de uma transição de uma artista que já estava consolidada em um certo nicho musical, mas como vivemos em constante mudança temos que inovar e ter a coragem de apresentar uma nova versão para o público.
O single Dumb Blonde, criado em parceria com Nicki Minaj, mesmo sendo bacana, ainda é o maior erro do disco, destoa completamente das outras faixas. Já a faixa seguinte, It Was In Me merece um grande reconhecimento pelos diferentes tons que a cantora atinge durante a canção.
No fundo, não curti muito o novo trabalho de Avril, mas vai muito pelo fato de que este tipo de música dificilmente me agrada. Ainda assim estou muito orgulhoso pela volta por cima da cantora que marcou uma geração no começo dos anos 2000.