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Entrevista | Bruno Be – “É um som que as pessoas podem escutar com a família em casa”

PABLO MELLO E LUCAS KREMPEL
Transcrição: Carlos Da Hora

Dentro do cenário da música eletrônica não faltam subgêneros. São dezenas de vertentes bem distintas uma das outras. Dentre elas está o deep house, que tem uma predominância das batidas por minuto (BPM) mais baixas do que o house convencional, além dos vocais sintetizados. No Brasil, quem se destaca nesse campo é o gaúcho Bruno Be, que se apresenta no dia 5 (sexta), às 15h15, no Palco Perry.

“Eu faço esse mesmo estilo há uns 12, 13 anos, mas vi que caras como o Lucas Vintage, que agora começou a virar mais, estão popularizando mais esse estilo. Acho que algumas pessoas cansaram do barulho e foram procurar um tipo de som que poderia escutar no carro, mais gostoso de ouvir. Enxergo como um som que as pessoas podem escutar com a família em casa, fazendo um churrasquinho, em bons momentos”, comenta Bruno, que conversou com o Blog n’Roll durante o Chilli Mob Cruise.

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Foto: Bianca Guireli

Curioso pensar que a entrada de Bruno Be na música eletrônica foi bem informal. “Eu era um cara que gravava CDs para os amigos e nesse meio tempo, uma casa de shows, no interior, me chamou para botar som no intervalo entre uma atração e outra, foi onde tudo começou”.

Hoje, Bruno Be é reconhecido internacionalmente pelo seu talento, tendo alcançado por duas vezes a primeira posição do Hype Machine (Hype M).

“O site (Hype M) é um lugar que procura os assuntos mais comentados dentro dos principais blogs do mundo, e em alguns desses músicas minhas foram postadas e começou a espalhar. Primeiro foi o remix do XX da Infinity e depois um remix de Polly do Nirvana. Óbvio que nenhum desses remixes foram licenciados, mas meio que postei no meu SoundCloud e viralizou sozinho, não foi algo pensado”.

O gaúcho já transitou por várias gravadoras como Sony e Warner. Segundo o DJ, não ter exclusividade é uma forma de trabalhar melhor seus singles.

“Não trabalho com nenhuma exclusiva, vai mais pela música e como vai ser a direção dela. Se for pra clube, pista, se é algo voltado para a rádio… É aí que decido para onde vamos. Depende de qual direção a gente quer dar pra cada trabalho”.

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Tanto no cruzeiro da Chilli Beans como no Lollapalooza, Bruno Be divide o lineup com o grande amigo e referência Vintage Culture, o qual ele não poupa elogios.

“Além de várias colaborações com ele, é meu amigo e por mais que seja mais novo, é o cara que me abriu os olhos e me fez pensar coisas que não pensava: ser pé no chão e profissional do jeito que ele é, pensando na música, mas também na maneira de entregar o trabalho. Enxergo ele como um espelho a se seguir”.

Lembranças do Lolla

Pela primeira vez escalado no Lolla, Bruno conta que ano passado fez duas pausas nos shows para poder curtir duas viagens: São Paulo e Califórnia. Os motivos você já deve imaginar.

“Fui ano passado, com a minha namorada, fomos bem escondidinhos na pista mesmo, bloqueei a agenda para ela não tocar e a gente fez duas trips legais: o Lolla e o Coachella”.

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Sobre a experiência no festival californiano, Bruno destacou os shows de Eminem e Beyoncè. “Lá é muito diferente, não é só o som em si, tem a parte do visual, telões e efeitos, por exemplo. O show nesses lugares grandes são diferentes, até como o público reage, e o artista tem que observar bastante.

Empolgado com a participação no Lolla, o DJ afirma que é meio surreal estar diante de uma experiência como essa. “É um sonho, nunca imaginei que teria a oportunidade de tocar em um dos maiores eventos musicais do Brasil. Não consigo nem descrever, é trabalho e mais trabalho que está sendo recompensado”.

Quanto ao repertório, ele promete fazer o mais autoral possível. “É isso que o pessoal procura em festivais, conhecer artistas novos, então nada mais justo do que tocar o que me fez ter sucesso no ano passado e minhas coisas novas”.

Fã de Twenty One Pilots e Kendrick Lamar, ele só deve conseguir assistir ao primeiro, mas tentará curtir outras apresentações durante o festival. “Queria ver o Kendrick Lamar, mas é bem no horário do meu voo de volta”.

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Terminado o Lolla, o produtor gaúcho afirma que focará mais em músicas originais. “Estou procurando vocalistas para tocar mais no rádio e melhorar meu perfil no Spotify”.

Serviço

A oitava edição do Lollapalooza Brasil contará com os headliners Arctic Monkeys, Tribalistas, Sam Smith e Tiësto, no dia 5 de abril; Kings of Leon, Post Malone, Lenny Kravitz e Steve Aoki, no dia 6 de abril; Kendrick Lamar, Twenty Øne Pilots e Dimitri Vegas & Like Mike no dia 7 de abril.

As entradas para o Lollapalooza Brasil 2019 podem ser adquiridas pelo site oficial do evento, bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – Credicard Hall, em São Paulo) e nos pontos de venda exclusivos: Km de Vantagens Hall Rio de Janeiro e Km de Vantagens Hall Belo Horizonte.

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