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Com o português na ponta da língua, Oliver Sykes comanda o BMTH na Audio

Quando conversamos com o baterista do Bring Me The Horizon, Matt Nicholls, no mês passado, comentávamos sobre a mudança sonora da banda inglesa. O deathcore, característico no início da carreira, ficou para trás. Pelo menos nas gravações. O pop rock e o trap aparecem com mais força no último disco, Amo. Mas se você pensa que essa transformação não foi bem digerida pelos fãs, saiba que está completamente enganado.

Na quarta-feira (3), na Audio, logo após o Fever 333, o Bring Me The Horizon mostrou que tem os fãs nas mãos. Não importa a sonoridade mais presente no set. Os discos That’s The Spirit (2015) e Amo (2019), com seis e cinco músicas, respectivamente, dominaram o repertório composto por 16 faixas.

Os dois discos, por sinal, são os melhores exemplos da mudança sonora da banda. E, cientes da paixão dos fãs, os músicos abriram a apresentação com Mantra, uma das canções de Amo. Enquanto o público vibrava e cantava junto com Oliver Sykes. Dois homens da equipe técnica da banda disparavam gelo seco de duas bazucas em cima dos fãs.

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O que chama bastante a atenção no show, além do repertório completamente renovado na comparação com as últimas turnês pelo Brasil, é a comunicação de Oliver com o público. Casado com a modelo brasileira Alissa Salls, o músico se esforça o tempo todo para conversar com os fãs em português. Pede “mais forte” no apoio e solta alguns xingamentos também, sempre na brincadeira.

“Eu quero dizer uma coisa para vocês: vai se fuder!”, comentou em certa parte da apresentação. E repetiu diversas vezes o xingamento. O público respondeu com “ei, Bolsonaro, vai tomar no cu”, o que arrancou risos do vocalista.

No início da apresentação, a banda também tocou Mother Tongue, que traz um trecho curioso em português: “So don’t say you love me, fala Amo“. Em entrevista para o Beats 1 DJ, ele comentou essa parte da canção. “Ela (esposa) não falava muito inglês. E ela falava bem mais português do que eu, mas desde o começo tivemos uma conexão muito, muito forte, e foi uma doidera. E essa música fala sobre essas experiências que não saiam da minha cabeça. Então, realmente, foi uma das mais fáceis de escrever”.

O carismático Oliver é quem comanda o show do início ao fim. E, ele faz isso como poucos. Na reta final, já no bis, emendou um medley com canções da época do seu vocal gutural. The Comedown, (I Used to Make Out With) Medusa, Diamonds Aren’t Forever e Re: They Have No Reflections garantem o circle pit tão pedido pelo frontman.

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Mais eletrônico, menos pesado, mais pop, menos agressivo. Nada disso importa. O Bring Me The Horizon mostrou uma grande capacidade de se reinventar em tão pouco tempo e ainda cativar os fãs mais antigos. No Lollapalooza, o show é sábado (5), às 17h15, no Palco Onix.

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