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Canto do Historiador - Aldo Fazioli

Woodstock 50 Anos #01 – Os precedentes do festival

Tudo já se falou do Festival de Woodstock nessas últimas décadas, mas nunca é demais nos remeter àquele evento que ocorreu nos Estados Unidos no verão de 1969. E, que depois de tanto tempo, ainda é lembrado pelos mais diversos meios de comunicação.

Aproximadamente um ano após a realização do festival foram lançados oficialmente um documentário e um álbum com três discos, ambos condensados com os melhores momentos.

Tanto o filme quanto o álbum fizeram muito sucesso. Inclusive, a versão em vinil na época alcançou o primeiro lugar entre os 100 álbuns mais vendidos, como consta na lista da edição de 18 de junho de 1970 da revista especializada Cash Box.

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Nos anos 1990, mais duas edições de Woodstock foram realizadas. Mas nenhuma delas teve a mesma repercussão, nem o espírito daquele realizado lá em 1969. Os tempos já eram outros.

Muitas estórias foram contadas por quem viveu aqueles momentos e estão em livros e publicações com depoimentos com os mais variadas opiniões e pontos de vista. Em 1984, no lugar do antigo palco de Woodstock, foi inaugurado um pequeno monumento com placa comemorativa pela passagem dos 15 anos e ele está lá até hoje.

Bem, este texto em comemoração aos 50 anos de Woodstock não tem a pretensão de esgotar o tema, apenas tem o objetivo modesto e resumido de manter vivo na memória dos mais velhos e transmitir aos mais jovens o que representou e o que ainda representa para o mundo aqueles três dias de paz e música.

Precedentes de Woodstock

Voltando no tempo, lá na década de 1950, o cenário musical dos Estados Unidos ia se transformando e apresentando novos ritmos. Eram influenciados por vários gêneros musicais mais puros, como o blues, jazz, folk, e o country.

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E com os riffs de Chuck Berry e Bill Haley e o vozeirão e requebros sensuais de Elvis Presley, nasce para o mundo aquele que viria a ser um dos maiores fenômenos do século 20: o rock and roll.

Mas como nem tudo é perfeito, toda essa explosão inicial, como um flash histórico, acabou durando muito pouco. Antes mesmo da década terminar, os grandes ídolos daquela geração foram saindo de cena pelos mais diferentes motivos.

Chuck Berry, por exemplo, se envolveu com menores de idade e pegou alguns anos de cadeia. Elvis, por sua vez, foi para a Alemanha, convocado para servir as forças armadas.

Little Richard partiu para a pregação do evangelho, tornando-se pastor de sua própria igreja. Bem diferente de Jerry Lee Lewis, que caiu no ostracismo depois que foi divulgado seu casamento com a prima de apenas 13 anos de idade. Bill Haley, o mais velho deles, já não era o mesmo e abriu espaço para outros artistas.

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No entanto, o pior aconteceu com o jovem Buddy Holly. Ao voltar de um show acabou perdendo a vida num acidente aéreo junto com Ritchie Valens e Big Bopper. Era dia 3 de fevereiro de 1959, data que ficou marcada como o O dia em a música morreu. Esse episódio foi retratado no filme La Bamba, lançado em 1987.

Mesmo com toda essa efemeridade, esse período foi bastante significativo e suficiente para que os pioneiros do rock ‘n’ roll deixassem suas sementes germinando. Seus nomes ficaram marcados para sempre na história do rock.

Os anos 1960

Nesse contexto musical, a década de 1960 começou sem grandes perspectivas, principalmente em terras do Tio Sam. De maneira geral, sem dúvida ela foi agitada, conturbadora e a mais revolucionária em todos os segmentos da era moderna.

Guerras, conflitos generalizados, segregação racial, assassinatos de presidente e de líderes sociais, tudo se misturava a fatos importantes para o desenvolvimento e evolução da humanidade.

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Ademais, o homem conquistava o espaço e chegava à lua. Igualmente importante, cientistas inventavam o raio laser e os microcomputadores. Enquanto isso, os cirurgiões começavam a transplantar corações. Com o aparecimento da pílula anticoncepcional, a mulher se libertou e revolucionou os costumes e o comportamento de toda aquela geração.

Na moda surge a minissaia e o sexo feminino perde o preconceito pela nudez. Logo, a revolução sexual se estabelece para sempre. Ademais, movimentos sociais surgem por todos os cantos. Negros, gays e outras minorias, sempre discriminadas, são cada vez mais aceitos pela sociedade.

Posteriormente, grande parte dos jovens também se revolta, e na busca de uma nova maneira de viver dá origem ao movimento da contracultura, do misticismo e do experimentalismo com o uso indiscriminado das drogas.

Adeptos do “paz e amor”, e do “faça amor, não faça guerra”, surge a geração hippie. Inicialmente se formou em San Francisco, na esquina das ruas Haight e Ashbury. Por lá se concentravam para se expressarem através da música das drogas e do amor livre.

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Festival de Monterrey

Um exemplo marcante desse momento aconteceu em junho de 1967, quando foi realizado o primeiro festival grande festival de música. O Festival de Música Pop Internacional de Monterrey aconteceu na Califórnia. Precursor dos grandes festivais, o Monterrey Pop teve caráter beneficente e sua renda foi destinada à instituições de caridade.

John Phillips, do The Mamas & The Papas e um dos organizadores do festival, compôs o hit San Francisco, interpretado por Scott Mackenzie. A letra dizia: “be sure to wear flowers in your hair” (tenha certeza de colocar flores em seu cabelo).

A música virou o hino daquele encontro, que ficou conhecido como Verão do Amor. O Festival de Monterrey tornou-se modelo para os futuros festivais de música, principalmente o de Woodstock.

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