Micah Davis não escolheu o nome Masego à toa. O músico jamaicano, mas naturalizado norte-americano, encontrou uma alcunha que refletia valores de sucesso: bênçãos e prosperidade.
Aos 26 anos, Masego acumula conhecimento de 20 instrumentos, além de ter um trabalho reconhecido como comediante. O boom do sucesso veio com uma canção em parceria com Fkj, Tadow, que viralizou pelo YouTube e já acumula milhões de visualizações.
Sua paixão pela música veio junto do amor pela mulher, a força motriz de sua inspiração artística. Todas as mulheres em sua vida influenciaram Lady, Lady, seu primeiro álbum completo, lançado em 2018.
“Eu tinha uma paixão na minha professora substituta, e queria aprender o saxofone para impressioná-la. Quando comecei a tocar decentemente, ela já não estava mais na escola”, comenta Masego, em entrevista, via telefone, para o Blog n’ Roll.
Essa foi só a primeira de muitas experiências. De amores e desamores, paixões e frustrações, todo aprendizado impactou em suas canções.
Processo criativo de Masego
O trabalho de composição veio naturalmente, a partir de jam sessions. Todo o processo criativo é instintivo para ele, surgindo conforme sente a música. Em síntese, as combinações de diferentes gêneros e estilos vêm das experiências. “Quanto mais você viaja e vê coisas diferentes, mais combina novas ideias”.
Masego teve uma juventude nômade, sempre se mudando com seu pai que era da Força Aérea e sua mãe. Ambos são pastores e ele viveu o que chamou de vida protegida, eventualmente se estabelecendo na Virgínia para fazer o Ensino Médio. Seu primeiro contato com a música foi na igreja e sua educação era rigorosa.
Atualmente, suas influências vão do trap à música caribenha, eletrônica, r&b e jazz. O hip hop, que era proibido de ouvir na infância, só surgiu em sua vida na faculdade.
Foi a partir de uma banda na faculdade, inclusive, que inventou o Trap House Jazz. Posteriormente, a combinação resultou num freestyle lançado no Soundcloud, chamado Girls That Dance.
O material viralizou e chamou a atenção do DJ Jazzy Jeff, conhecido no Brasil por sua colaboração com Will Smith na série Um Maluco no Pedaço (Fresh Prince of Bel-Air). “Ele tem sido meu padrinho”, afirma Masego, que começou sua relação com o DJ por meio de troca de mensagens diretas no Twitter.
Todavia, a internet desempenhou um papel importante na carreira do músico. Para Masego, é um instrumento essencial nos dias de hoje. “Ela permite que todos possam ter suas vozes ouvidas, que façam parte da cultura”.
Discografia de Masego
Até o momento, a discografia de Masego conta com um álbum cheio (Lady, Lady) e dois EPs: The Pink Polo e Loose Thoughts, ambos lançados em 2016.
No ano passado, o jamaicano ainda chamou a atenção com o single Sleigh, de Smino, com participação de Monte Booker.
Mesmo sem lançamentos previstos para este ano, o músico deixa as oportunidades em aberto. Em resumo, até mesmo colaborações com artistas brasileiros.
“Conheço um pouco de música brasileira, os ritmos, sonoridades, não muito de nome, mas quem sabe o que pode acontecer”.
Lollapalooza e perspectivas
Sobre o festival, Masego não adianta muitas informações. A única certeza é de que o repertório deve contar com boa sonoridade e muita improvisação, partindo de Lady, Lady. “A expectativa é encontrar boas pessoas, muita energia e boa música”. Que assim seja!
Serviço
O Lolla Double (válido para dois dias do Lolla) está à venda. Todavia, custa a partir de R$ 750,00 (meia-entrada), R$ 850,00 (entrada social) e R$ 1,5 mil (inteira).
O Lolla Day (válido para 1 dia), entretanto, custa a partir de R$ 360,00 (05/04) e R$ 405,00 (03/04 e 04/04).
Entretanto, para quem quiser curtir o festival inteiro, o 4° lote do Lolla Pass (válido para os três dias), custa a partir de R$ 945,00.
Os ingressos estão à venda no site do festival e bilheteria oficial (sem taxa de conveniência — UnimedHall, em São Paulo).